Contrato de sedução com o ceo bilionário

Capítulo 17

CLARA

Eu mal conseguia pregar os olhos durante a noite, a cabeça rodando com todos os pensamentos e emoções que me assolavam. Como Victor havia me deixado com tão pouco tempo para me preparar para esse casamento?

Ele simplesmente me informou que nos casaríamos amanhã, sem dar qualquer chance de eu organizar algo. Eu precisava encontrar um vestido, cuidar da maquiagem e do cabelo, tudo em um curto espaço de tempo.

— Meu Deus, o que eu vou fazer? — murmurei para mim mesma, rolando na cama de um lado para o outro.

Não havia tempo a perder, então, quando o despertador tocou, forcei-me a levantar, mesmo que meus olhos pesassem de cansaço. Pulei da cama e fui direto para o banheiro, tomando um banho rápido para tentar me despertar.

Ao sair, vesti o primeiro vestido que encontrei, colocando minhas sapatilhas confortáveis. Precisava ir atrás de todas as coisas de que precisava sem me preocupar com a aparência nesse momento.

Peguei minha bolsa e meu celular, saindo de casa apressada. Tomei o metrô em direção ao centro da cidade, rezando para que conseguisse resolver tudo a tempo.

Já eram sete horas da manhã e meu cabelo ainda estava molhado. Precisava parar em uma cafeteria para tomar um café e, então, encontrar um salão que pudesse cuidar da minha aparência rapidamente.

O tempo estava correndo e eu não podia me atrasar. Tudo tinha que estar pronto antes que Victor chegasse para o casamento. Eu não tinha escolha a não ser correr contra o relógio.

Conforme seguia no metrô, senti meu celular vibrar. Olhei para a tela e vi uma mensagem de Victor, informando que precisava de uma testemunha para o casamento.

Suspirei pesadamente, respirando fundo. Eu não tinha muitas opções, então respondi um simples "ok" e saí do metrô.

Já caminhando pelas ruas, decidi ligar para a minha melhor amiga, Isabella. Ela era a única pessoa em quem eu podia confiar nesse momento.

— Isa, preciso de você com urgência! — exclamei, assim que ela atendeu.

— Clara? O que houve? — ela perguntou, preocupada.

— Eu... Eu vou me casar hoje — falei, a voz tremendo um pouco. — E preciso que você seja minha testemunha. Não posso contar com a minha mãe para isso.

Ouvi Isabella rir do outro lado da linha.

— Você está brincando, não é? Como assim você vai se casar hoje? — questionou, incrédula.

— Não é brincadeira, Isa. Victor me pressionou e eu não tive escolha a não ser aceitar — expliquei, a frustração evidente em minha voz.

Minha amiga ficou em silêncio por alguns segundos.

— Ai, meu Deus, Clara! Claro que eu vou ser sua madrinha, querida. Mande o endereço e a hora que eu estarei lá — ela afirmou, gentilmente.

Sorri, aliviada.

— Muito obrigada, Isa. Você é a melhor! Vou mandar tudo por mensagem — agradeci, antes de nos despedirmos.

Assim que desliguei, corri para a primeira cafeteria que vi pela frente. Precisava de um café gelado para me ajudar a ficar mais focada.

Quando finalmente peguei meu pedido e comecei a caminhar, um ciclista passou rapidamente por mim, quase me fazendo derrubar o café.

Segurei as lágrimas de raiva e frustração que ameaçavam cair. Não podia me permitir desmoronar agora. Tinha que encontrar um salão de beleza e resolver minha aparência o mais rápido possível.

Apertei o passo, olhando desesperadamente em cada vitrine que via, até finalmente encontrar um local que parecia promissor.

Meu coração batia acelerado, mas sabia que não havia outro jeito. Precisava me preparar para me tornar a Sra. Calderón . Mesmo que isso não fosse exatamente o que eu sonhava.

Assim que entrei no salão, me aproximei da recepção, quase implorando pela atenção da atendente.

— Por favor, eu preciso de ajuda urgente! Eu vou me casar hoje e não tenho muito tempo para me arrumar — expliquei, a voz soando desesperada.

A moça me olhou, parecendo um pouco surpresa.

— Tudo bem, querida. Vamos ver o que podemos fazer por você — ela respondeu, com um sorriso gentil. — Como você quer ficar?

— Algo bem simples, só uma maquiagem básica e que você possa secar meu cabelo — pedi, tentando manter a calma.

— Sem problema. Se você ainda não tiver lavado o cabelo, nem vou precisar mexer muito — a atendente tranquilizou, me indicando uma cadeira.

Respirei aliviada e me sentei, ainda segurando meu café gelado. Fiquei em silêncio, apenas observando a moça trabalhar, secando delicadamente meus cabelos.

Quando ela terminou, aplicou uma maquiagem leve e natural em meu rosto. Olhei-me no espelho, satisfeita com o resultado.

— Obrigada, ficou ótimo! — agradeci sinceramente.

Paguei o valor e saí apressadamente do salão, segurando minha bolsa e o restante do café. O casamento seria em breve e eu precisava chegar a tempo.

Confesso que ainda estava um pouco nervosa e ansiosa, mas me senti mais preparada. Afinal, eu não tinha escolha a não ser me tornar a Sra. Calderón . E era melhor me acostumar com essa ideia.

Enquanto caminhava, apressei o passo, rezando para que tudo corresse bem. Precisava encarar essa união como uma nova oportunidade, uma chance de mudar minha vida e a de meu irmão.

Só me restava esperar que Victor se revelasse um bom marido, que pudesse me fazer feliz, mesmo que não fosse por amor.

Continuei minha corrida pelas ruas, procurando desesperadamente uma loja de noivas. Já eram quase 11 horas da manhã e eu precisava estar na cerimônia em meia hora.

Finalmente, avistei uma loja que parecia promissora. Apressei o passo e entrei, olhando ao redor com certa ansiedade.

Ao olhar no relógio, percebi que já eram 10:50. O tempo estava realmente se esgotando.

Lembrei-me então que Victor havia me enviado o endereço do local, e rapidamente enviei a informação para Isabella.

"Aqui está o endereço, Isa. Muito obrigada por fazer isso por mim!"

Ela respondeu quase que imediatamente: "Não se preocupe, querida. Estarei lá e será um prazer ser sua madrinha!"

Suspirei, aliviada por ter minha amiga me apoiando nesse momento tão turbulento.

Olhei ao redor da loja e percebi que aquele não era um ambiente simples. Os vestidos pareciam incrivelmente caros e elaborados. Senti um desconforto crescer dentro de mim ao constatar que, provavelmente, eu não teria condições de comprar ou alugar nada ali.