A chegada em Yunmeng foi silenciosa. Jiang Cheng não conseguiu nem se expressar adequadamente, manteve a boca fechada e guiou os enfermos para as instalações corretas. Wangji colapsou pouco depois de deixar Wuxian na cama. Seu núcleo ainda não totalmente curado e pouco treinado, estava exausto depois de todo o esforço que fez. Como também precisou ser medicado, Jiang Cheng o deixou descansar na cama ao lado de Wuxian.
Jingyi e Sizhui estavam monitorando o sono deles, esperando pacientemente que se recuperassem logo. O bebê ainda era bastante choroso, mas havia aceitado a ama de leite escolhida. Por sorte Qingyang era paciente e tinha uma bebê com 1 aninho que ja estava desmamando, seu corpo acolheu bem o recém nascido.
Quem não estava bem de forma alguma era Xingchen. Seu corpo inteiro era um desastre e tudo que conseguia viver e reviver eram as imagens de seu companheiro com uma espada atravessada no peito, agonizando de dor, enquanto cuspia sangue.
O sangue do Song em seu rosto secou e ele se recusou a limpar. Parecia que estar melado com ele, lhe trazia uma sensação irregular que mantinha seu corpo funcionando.
Nem conseguiu ir ver a filha. Muito menos dormir. Seu corpo se movia para frente e para trás num balançar maníaco, enquanto lagrimas dolorosas se arrastavam no seu rosto sem cessar. Não tinha voz para soluçar. Seu choro ficou preso na garganta enquanto observava os médicos examinarem o Song pela 10° vez.
Graças ao uso rápido do anímico, Wuxian conseguiu salvar Song Lan, mas não tudo. Se estivesse bem, com certeza teria feito melhor, certamente Song Lan ja estaria acordado, mas na situação que estavam, manter sua vida naquela corda bamba, foi o máximo que conseguiu e Xingchen era agradecido por isso. Ouvir seu marido respirar era uma sensação de desespero reconfortante. Foi como se o Wei tivesse dado a eles a oportunidade de se despedir.
Xingchen não sabia quanto tempo tinha, mas pedia aos céus que lhe dessem mais tempo para aceitar. Ia se despedir eventualmente, mas não queria que fosse tão catastrófico, principalmente agora que seu corpo só conseguia se balançar sem permiti-lo fazer outra coisa.
Seu peito doía tanto que gostaria de arrancar seu coração. Se pudesse fazê-lo, o daria para Song Lan poder viver novamente. O que seria injusto, visto que o homem se sacrificou por que não queria o ver machucado.
- Me perdoa - conseguiu soltar com tanta dor que sua voz foi morrendo aos poucos.
Escondeu o rosto dentro dos braços, botando pra fora tudo que estava sentindo.
Qing precisava dele, precisava saber o que estava acontecendo, mas ele não tinha forças para explicar a sua garotinha que o seu outro papai estava indo embora para nunca mais voltar. Agora nem o Huīfù shì tinham para brincar com seus espelhos para poderem ver sua alma de vez em quando. Ficariam sozinhos.
Sem contestar, foram necessários mais 4 dias até Wei Wuxian acordar e ser informado do que acontecia de fundo por Jiang Cheng. Wangji havia acordado 2 dias antes e decidiu por livre e espontânea vontade, ir até seu irmão, mas não levou Jingyi, preferiu manter a farsa de que o menino estava morto para ver a reação do irmão e foi melhor o jovem Lan não ter ido ver como seu pai foi tão indiferente a sua morte.
Cheng não soube muito, mas Wangji deu um tapa muito forte no rosto de Xichen, uma vez que, ao entregar sua refeição, os guardas viram hematomas roxos na bochecha do antigo líder. Desde então Wangji não foi mais até la e se manteve meditando para recuperar o núcleo. Além de cuidar das crianças.
- Você ja tem sorte para adotar filhos - o Jiang brincou - Qingyang esta com ele no outro cômodo - apontou pela janela para o quarto mais a frente - Ja seu amigo... Ele não esta muito bem - evitou o olhar preocupado do Wei - Sinto muito, mas nem todo o ensinamento que me deu, foi capaz de reduzir ou contornar.
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Convivência
FanfictionWei Wuxian e seu filho voltavam para casa em meio a uma nevasca, quando encontraram dois corpos quase sem vida cobertos de neve. Decidiram leva-los para trata-los e durante a recuperação e convivência, acabaram criando laços muito maiores do que dev...