Capítulo 18

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Lauren estava frustrada por não ter conseguido uma vaga para Camila. Para seu azar, a galeria já estava cheia. Após o encontro que tivera com a sua acompanhante, ligou para S e pela Selena pura cara de pau, algo que sinceramente, não fazia, pediu o contato da dona da Galeria Lux, mas quando entrou em contato com Ingrid e mostrou o desenho de Camila através de uma foto, a mulher garantiu que não mais havia vaga, mas disse que dentro da lista de artistas dela, o nome Camila pipocava. Aquilo pegou Lauren de surpresa, estava feliz, pois se fosse realmente sua Camila, significava que a mulher de cabelos castanhos estava conseguindo uma oportunidade, por outro lado, encontrou-se irritada, primeiro, por Camila não contar essa novidade para ela. Segundo, porque alguém poderia ter arranjado esse contato antes, talvez, uma outra cliente. Talvez a própria dona da galeria fosse uma cliente. Mas, talvez, Camila tinha contatos que pudessem fazer com que ela chegasse até a sua exposição. Sinceramente, sentiu ansiedade ao ter todas essas avalanches de pensamentos. Depois que viu a linda ilustração de Camila, emoldurou-a e a colocou na sala, esperava que seu próximo encontro a sua acompanhante percebesse o local de destaque que lhe foi dado. Lauren estava compelida a ajudar Camila, iria tentar através de sua agente encontrar outras galerias para que a acompanhante pudesse vender suas pinturas. Não estava menosprezando o trabalho de Camila, mas achava que o seu dom artístico deveria ser visto e remunerado. Em sua mente ansiosa e de escritora, trabalhava com a ideia de Camila abandonar o serviço que fazia, dedicando-se às suas pinturas e ilustrações. E, em um pensamento mais profundo e isolado, pensou que, talvez, elas pudessem ter uma chance juntas.

Selena, Normani e Lauren dividiam um carro particular e, juntas, foram em direção ao bairro de Icaraí com suas ruas apertadas, que praticamente eram engolidas por altos prédios, mas sua avenida principal, continha um lindo litoral de vista privilegiada para o Rio de Janeiro. Pararam em frente à galeria de fachada totalmente envidraçada e bem iluminada. O estabelecimento era um grande retângulo de pé direito alto, com holofotes que eram posicionados sobre as obras, obras essas que estavam disponíveis em todas as paredes e em expositores ao centro, formando um S até o outro lado da galeria e erguidos por cabos de aço fixados no teto. Estava cheio, ao menos era o que Lauren achava. Seus olhos capturaram logo na entrada lindos quadros, mas Normani não a deixou observar por muito tempo, pois logo a puxou.

— Quero te apresentar Ingrid, ela é a idealizadora do projeto — apresentou Normani, colocando as mãos sobre os ombros da dona da galeria. Ingrid era uma mulher preta, que usava um trançado que permeavam até o seu quadril, vestia um lindo vestido folgado estampado com cores vibrantes. Era voluptuosa em suas curvas e continha um sorriso branco e de dentes lindos. Parecia estar na casa dos cinquenta anos e Lauren a achou atraente.

— Então essa é a famosa Lauren Jauregui, nos falamos por telefone — informou Ingrid, ao erguer a mão.

— Já li dois romances seus, eu e minha mulher somos sua fã. Fico feliz em recebê-la no meu espaço. Lauren a cumprimentou, sentindo os anéis grossos contra a sua pele.

— O prazer é todo meu, espaço lindo que tem aqui.

— Você ligou pra ela? — perguntou Normani, curiosa.

— Sim, lembrei que tinha uma conhecida que pintava, Selena comentou comigo que Ingrid estava à procura de novos talentos, mas acho que cheguei tarde.

— Façamos o seguinte, porque vocês não dão uma volta e, mais tarde, a gente se reuni para tomar um drinque ou dois — ofereceu Ingrid.

— Eu acho uma excelente ideia — comentou Selena.

— Ótimo. Bem, boa exposição e, moças, abram as suas carteiras — disse Ingrid ao se afastar.

Normani olhou em volta e assobiou. — Realmente, a galera aqui tem talento. Tenho certeza que vou deixar uma parte do meu fígado aqui.

Desejo ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora