26 - novo

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AYLA NEVES

Mil pessoas para conversar nessa escola, mas não, Pamela Rodrigues ainda prefere ser "amiguinha" da Amanda, logo Amanda. A minha ex melhor amiga, a garota que me explanou para o morro todo, fala sério.

Chego na cantina quase voltando só para não ter que passar ao lado das amiguinhas. Logo depois de pegar o meu lanche, me sento ao lado da Mayara que estava conversando com uma menina nova, creio que não seja daqui, deve ter entrado recentemente na escola.

Mayara: olha, amiga - me chama - essa aqui é a Rebecca, ela está no mesmo grupo do trabalho que eu.

Ayla: oi, tudo bem? - tento forçar o máximo o sorriso, tenho certeza que tô com uma cara de cu enorme.

Não me julguem pelos palavrões, agora que pago minhas contas e não sou 100% da igreja, eu posso fazer o que eu bem entender, tem gente que faz coisas piores, são apenas palavras para se expressar.

Rebecca: aí, beleza - solta um sorriso tímido - bom, eu já vou indo, tem um pessoal me esperando, até mais.

Mayara: nossa, que carão de cu em - me puxa para mais perto dela assim que Rebecca sai - conta vai.

Ayla: acredita que Rodrigues está de amizade com Amanda - may abre a boca lentamente desacreditada - foi exatamente essa a minha reação.

Mayara: eu não acredito nisso - segura meu braço ainda surpresa - conta, como isso? - contei a ela a cena que tinha visto agora a pouco - que vadia.

Ayla: nem me fala - bufo - mas deixa quieto, não é como se eu fosse esperar consideração da Rodrigues , logo dela.

Mayara: tem que esperar sim, ela que te tirou de casa justamente pela palhaçada dessa garota e agora tá de amizade com ela - pensa um pouco - tem caroço nesse ambu.

Ayla: aí, deixa elas - tento ignorar um pouco a situação.

[...]

Tive que confirmar que iria sair com Mayara hoje umas cinco vezes, a garota tá insuportável, se eu não for, capaz dela aparecer no quarto de madrugada e puxar o meu pé. Muito chata.

Escuto algumas risadas vindo da cozinha enquanto abro a porta da sala, deixo a mochila no sofá e vou até a cozinha colocar o meu almoço. Levo um pequeno susto de surpresa assim que vejo Ana Vitória, irmã da Rodrigues na cozinha.

Ayla: boa tarde - falo com ela que estava de costas para a entrada da cozinha enquanto lavava os pratos.

Vitória: ah, oi - diz olhando para trás - boa tarde - dá um sorriso simples, o que é totalmente estranho para vitória já que ela não é nada simpática - a minha irmã tá lá no quarto se arrumando para trabalhar, caso queira saber - ela tá a muito tempo simpática... Estranho.

Ayla: ok - forço um sorriso, já tô fazendo tanto isso que nem sei como é sorrir de verdade.

Vou em direção ao armário e pego um prato. Sinto uma vibração no bolso da minha calça, pego meu celular para ver o que era.

Ayla: isso - comemoro baixo.

A cama que eu comprei chega hoje mesmo, ainda bem. É horrível dividir uma cama de solteiro para duas pessoas, principalmente quando as duas não se falam. A casa é pequena, mas é composta por três quartos, dois em cima e um no andar de baixo, vou ficar com um dos quartos lá em cima mesmo, é melhor porque se algum dia tiver visita é só dormir no quarto aqui de baixo, bom que já fica perto do banheiro.

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