AYLA NEVES
Graças a Deus meus pais não estavam em casa no dia em que aconteceu tudo, mandei mensagem para Rodrigues mandando ela ir embora, eu ia lá fora falar com ela pessoalmente, mas minha mãe disse que já estava chegando então preferi evitar.
Meus pais estão me tratando normalmente, não sei se eles sabem ou não, mas o clima lá em casa tá bem agradável.
- oi, licença - escuto uma voz feminina e me viro olhando uma moça tão linda que parece ser modelo - sabe onde fica a lanchonete da dona Cleide - claramente ela não é daqui, olha a roupa dela, toda de grife - já morei aqui a muitos anos atrás, não me lembro de tudo.
Ayla: bom, a casa da minha patroa fica em direção a Cleide, pode ir comigo se quiser - ela da os ombros confirmando.
- não é muito nova para trabalhar? - fomos andando.
Ayla: até sou, mas não tem muitas opções quando a pessoa é de favela - noto ela baixar a cabeça concordando, meu Deus, acho que ela entendeu errado - não, eu não quis...
- tudo bem, eu nasci aqui, se o negócio da minha mãe e do meu pai não tivesse dado certo eu estaria na mesma situação - concordo com cabeça.
Ayla: a sua mãe trabalhava aqui no morro - concorda.
- sim, ela tinha um salão aqui, lá em baixo - acho que sei quem é - mas agora ela conseguiu abrir um maior lá na pista.
Ayla: aí meu senhor, a sua mãe é a moça dos biscoitos, Isadora - ela concorda sorrindo - sempre que meus amigos e eu passávamos na porta do salão dela, ela dava biscoitos a gente, mas depois ela sumiu, não sei onde foi parar.
- ela saiu daqui para abrir outro salão - que bom, a gente pensava que um ET tinha levado ela.
Rodrigues: caralho - apareceu do meu lado do nada ofegante - tá surda? Mó tempão que eu grito é nada - olha para a moça ao meu lado - te conheço de algum lugar?!
Ayla: ela é filha da mulher dos biscoitos, a que foi abduzida - olho para a mulher que olhava estranho - então, a gente pensava que a sua mãe tinha ido para outro planeta, abduzida por aliens. Tudo ideia da Rodrigues - aponto para ela.
Rodrigues: para, era uma ótima história, todo mundo acreditava - tenta se defender.
Miah: ainda bem que achei você - escuto a voz da prima da Rodrigues - oi gatinhas - fala comigo e Rodrigues. Dou um tchau com a mão - tão indo para aonde?
Ayla: eu tô indo trabalhar - olho meu relógio - aliás, preciso ir logo, tchau meninas, e tchau... - olho para a moça.
- Laura, Laura Salvatore - me comprimenta com um breve sorriso - tchau, bom trabalho.
Ayla: tchau, agora preciso ir - sorrio e saiu.
Rodrigues: tá fugindo de bandido? - aparece no meu campo de visão novamente.
Ayla: eu? - pergunto confusa.
Rodrigues: de polícia que não é, mora em favela - agora sim eu rir.
Ayla: não te aguento, sério.
Como a casa da Rodrigues fica na mesma direção que a casa da Joyce, a gente foi conversado até chegar lá, nós despedimos e entrei na casa da Joyce vendo Gustavo assistindo desenho no sofá.
Gustavo: oi titia - desce do sofá e vem correndo me abraçar - eu Tavo com saudades - não aguento seus erros de fala, eu não corrijo por achar bonito.
Ayla: Gus, a gente se viu hoje de manhã na padaria - lembro a ele que passava com sua mãe enquanto eu ia a escola.
Gustavo: mas eu ainda Tavo sim - me abraça mais.
Ayla: cadê sua mãe? - coloco ele no sofá novamente - por que tá com a farda da escola ainda?
Gustavo: tá lá em cima - fala sem tirar os olhos do desenho - tô com preguiça, banho não é nada legal.
Ayla: aí que porquinho - faço cócegas em sua barriga que começa a rir.
Joyce: Ayla? - minha chefe aparece na sala - escutei Gustavo conversando, imaginei que seria com você.
Ayla: oi, Joyce - coloco minha mochila no sofá.
Joyce: caso não tenha almoçado, tem comida na geladeira, agora eu preciso ir, pego mais cedo hoje - beija a cabeça do gus se despedindo - beijos amore - beija minha cabeça brevemente, sinto muito carinho por Joyce, ela é um amor - faz esse rapazinho tomar banho, ok - concordo - até mais tarde - sai batendo a porta.
Ayla/Gustavo: e então, agora é só você e eu - falamos ao mesmo tempo.
Ayla: tá me imitando? - cruzo os braços olhando ele.
Gustavo: não, tia - diz dando uma gargalhada sapeca - você sempre diz isso quando mamãe sai - isso aí é real - do que vamos brincar hoje?
Ayla: não tenho ideia, que tal escolhermos depois do almoço? - cutuco sua barriguinha.
Gustavo: a moça bonita não vem mais aqui?
Ayla: fala da Rodrigues? - olho ele se levantar do sofá.
Gustavo: sim, sim - diz animado - chama ela de novo que nem naquela dia, vai ser bem legal.
Ayla: não posso chamar seus vizinhos para a sua casa sem sua mães está aqui, Gus.
Gustavo: não faz isso comigo, senhorita cachinhos - chamou de senhorita cachinhos já sei que vem manipulação - você não gosta de me ver triste, né?
Ayla: eu vou pensar em seu caso, ok? - ele cruza os braços fazendo bico - quem sabe se você tomar banho, fazer as tarefas e almoçar eu posso chamar ela.
Gustavo volta a sentar no sofá fazendo bico com os braços cruzados. Ele não vai fazer isso né?
Gustavo: liga - não, ele não tá fazendo isso - só tomo banho se a moça bonita vinher, ou então, fico cinco dias sem banho - disso aí eu não duvido.
Ayla: para de ser porquinho, Gus - reclamo.
Ele não responde e continua olhando para a parede com o maior bico no rosto possível.
Gustavo não está me fazendo fazer isso. Abro minha mochila pegando meu celular, entro no whatsapp me direcionando a um contato em específico. Que garoto birrento.
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OPOSTAS - LÉSBICO
FanficPâmela Rodrigues & Ayla Neves Duas garotas criadas em um morro no Rio de Janeiro sem muitas condições financeiras. Rodrigues e Neves, vivem em um pé de guerra acreditando serem completamente OPOSTAS uma da outra, mesmo vivendo no mesmo ciclo de ami...