AYLA NEVES
É muito bom beijar mulher!
Meus Deus, não sei o que aconteceu comigo, não sei de ontem tirei coragem para pedir um beijo para Pamela Rodrigues.
Meu coração está completamente fora do ritmo, meu corpo tremolo e gelado só confirma isso. Não sabia que o meu primeiro beijo seria tão bom, e nem imaginava que seria com uma garota.
A mão da Rodrigues que estava a poucos minutos atrás no meu rosto, agora se encontra em minha nuca me causando um arrepio gostoso.
Suspiro fundo virando minha cabeça para o outro lado aprofundando ainda mais o beijo, é como se meu corpo já soubesse o que fazer, o que era um terror para mim tá sendo uma sensação inexplicável, é como se minha língua já estivesse acostumada mesmo sendo a primeira vez que faço isso.
Rodrigues: puta merda - essa é a primeira reação da Rodrigues assim que a gente se afasta encerrando o beijo.
Ayla: desculpa, desculpa - olho em seus rosto que parece assustado - foi tão ruim assim?
Rodrigues: ruim? - pergunta juntando as sombrancelha - garota, tá mentindo todo esse tempo, o seu beijo é perfeito, esse claramente não é o seu primeiro.
Ayla: jura? - abro um sorriso - juro que tô falando a verdade.
Rodrigues me olha com um sorriso de canto enquanto dou risada de tão nervosa que estou, sinto sua mão na minha nuca novamente fazendo meu rosto se inclinar e olhar em seus olhos.
Sinto seus lábios entrar em contato com os meus novamente fazendo toda aquela sensação se repetir, o arrepio no corpo, coração acelerado, uma onda de prazer no meu corpo.
Rodrigues: juro que é perfeito - apoia a testa na minha fechando os olhos e abrindo um sorriso e encerramos o beijo com um selinho.
J
oyce: Ayla, você viu o gus- ah, gente, eu não sabia, e-eu - olho para o lado vendo a minha chefe e dou um sorriso, calma ai É A MINHA CHEFE?!
Ayla: Joyce - me solto do corpo da Rodrigues ficando quase de frente para a Joyce - desculpa, desculpa de verdade, eu...
Joyce: Ayla, calma - coloca as dias mãos para a frente - cadê o Gus?
Ayla: e-ele tá na sala - meu Deus, nem voz eu tenho - ele ficou na sala.
Joyce: eu acabei de sair de lá e não vi ele - arregalado os olhos preocupada.
Gustavo: mãeeeeeee - entra na cozinha correndo - chegou cedo, mamãe?
Joyce: oi, amor - pega o filho no colo - é, a mamãe chegou cedo. Onde você tava?
Gustavo: estava no banheiro fazendo xixi - abraço a mãe passando a mão no rosto dela - e eu não lavei a minha mão - esfrega suas mãos na bochecha dela.
Joyce: eca, Gustavo - põe ele no chão.
Eu juro que tem horas que eu não aguento o Gustavo, enquanto eu me controlo para não rir da cena que acabei de presenciar, escuto uma gargalhada alta, olho para trás e vejo Rodrigues rindo com a mão na barriga olhando para o Gustavo.
Rodrigues: desculpa - nega com a cabeça sem parar de rir - desculpa, Joyce - fala quase sem ar - e que eu esperava tudo menos isso agora - Gus também não facilita.
Joyce: tá tudo bem - diz com um sorriso - eu só vou lavar a mão dessa benção de Deus e já volto.
Joyce sai da cozinha gritando com Gustavo que passou a mão de xixi em seu rosto, volto a olhar para trás e ainda vejo Rodrigues rindo do Gustavo, ela realmente tá tendo uma crise de risos.
Ayla: tá tudo bem aí? - brinco chamando ela.
Rodrigues: bom, por essa eu não esperava, Gustavo é uma comédia - é, realmente - mas agora você precisa conversar com sua chefe.
Ayla: aí, não tô afim de levar bronca, será que ela vai brigar muito com a gente? - coloco a mão na boca mordendo a unha.
Rodrigues: a gente quem? - cruza os braços - você é o Gustavo, né?
Ayla: não, tô falando de você e eu - aponta para nós.
Rodrigues: dessa aí eu tô saindo fora - Rodrigues sai da cozinha em passos largos como se tivesse fugindo.
Ayla: ei, ei! - chamo sua até enquanto ela abre a porta - aonde pensa que vai?
Rodrigues: eu, vou para casa - aponta para ela mesma - e você - aponta para mim - vai se resolver com sua chefe.
Ayla: você não vai fazer isso! - falo indignada.
Rodrigues: fui - saiu batendo a porta.
Ayla: que pilantra - susurro.
[...]
Joyce: podemos conversar? - escuto a voz de Joyce atrás de mim então eu termino de arrumar a mesa da cozinha, fecho os olhos já esperando a broca - senta aí, por favor - aponta para uma cadeira.
Ayla: claro - sento na mesma cadeira que sentei antes.
Joyce: não quero que vá embora, não entendo o porquê de sair assim do nada e deixar o Gus, sei que gosta dele. O que aconteceu? Arrumou outro trabalho? Alguém ofereceu um salário maior? Eu fiz alguma coisa que não gostou?
Ayla: calma ai, estamos falando do Gus? - e a minha bronca por tá beijando uma desconhecida dentro da casa dela - pensei que ia falar alguma coisa da cena que viu.
Joyce: mas o que eu vi foi você dando um selinho na sua namorada - fala como se fosse óbvio - não era só isso?
Ayla: era, na verdade não era, mas era - me atrapalha na hora de falar - tipo, foi o que você viu, mas ela não é minha namorada.
Joyce: não? Mas eu pensei que... Deixa para lá - estrala a língua - só quero que pense na ideia de continuar com o Gustavo para mim, sei que não é um salário dos sonhos, mas é o que eu posso fazer no momento - concordo com a cabeça.
Ayla: claro, vou pensar - forço um sorriso sabendo que meu pai não pode nem sonhar com isso.
Joyce: bom, em relação a Rodrigues, não vejo problema dela aqui em casa, mas eu só não quero que traga mais pessoas aqui sem o meu consentimento, e peço que tenham respeito ao meu filho acima de tudo. Tipo, eu estou criando meu filha para ser um homem e sei que ele gosta da Rodrigues e de você e vai respeitar vocês ao máximo, só tô pedindo para não rolar mais que selinhos e abraços na frente dele, sabe que ele é criança.
Ayla: não, Joyce. Pelo amor de Deus, eu jamais faria nada disso na frente do Gus e nem na frente de nenhuma outra criança.
Joyce: ótimo - da um sorriso se levantando da mesa - era só isso mesmo - vai até a metade da cozinha e volta - ah! Da próxima vez que eu fizer lasanha de frango com queijo vou ter que fazer bastante, pelo visto a Rodrigues gosta mesmo da lasanha.
Ayla: como sabe que ela gosta?
Joyce: bom, o Gus não come muito, você nem almoça direto... Quem mais seria? - diz rindo - aliás, cadê ela?
Ayla: fugiu assim que você foi lavar o Gus, tava com medo de levar bronca - eu sou x9 mesmo - quando ver ela na rua, por favor, promete que vai ficar encarando ela de um jeito esquisito e cochichando.
Joyce: você é mal - gargalhada - claro que faço!
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OPOSTAS - LÉSBICO
FanficPâmela Rodrigues & Ayla Neves Duas garotas criadas em um morro no Rio de Janeiro sem muitas condições financeiras. Rodrigues e Neves, vivem em um pé de guerra acreditando serem completamente OPOSTAS uma da outra, mesmo vivendo no mesmo ciclo de ami...