017 - storm dance

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A chuva começou a cair com força, e em questão de segundos, estávamos encharcados. Era como se o céu tivesse decidido fazer sua própria festa, e nós éramos os convidados de honra. A areia sob nossos pés se transformou em uma mistura escorregadia, e os risos ecoavam na praia, tornando a cena ainda mais caótica e divertida. JJ me puxou pela mão e começou a correr, arrastando-me para longe da toalha e dos lanches que agora pareciam um pouco esquecidos.

— Vamos dançar na chuva! — ele gritou, sua voz quase sendo abafada pelo som do trovão que ecoava no céu.

— Você está louco! — eu ri, tentando acompanhar seu ritmo. Mas, para ser honesta, a adrenalina pulsava em minhas veias, e a ideia de dançar na chuva com JJ era irresistível.

No instante seguinte, todos nós estávamos correndo e pulando na água, rindo e gritando como se fôssemos crianças novamente. As ondas estavam altas, e o mar se agitava, mas a energia do grupo era contagiante. Em meio ao caos, eu me sentia mais viva do que nunca.

— Vem aqui! — JJ gritou, me puxando para mais perto dele. Nossos olhares se encontraram por um segundo, e tudo ao nosso redor parecia desaparecer. Era como se a tempestade não fosse nada comparado ao que estávamos sentindo. A eletricidade no ar não se comparava à que sentia sempre que estava perto dele.

— Você sabe que isso é insano, certo? — eu brinquei, mas não queria sair dali. Não queria que aquele momento acabasse.

— Insano é ser normal! — ele respondeu, sua risada ecoando com o som da chuva. Era impossível não se deixar levar pela empolgação. Cada gota de água que caía parecia apagar as preocupações do mundo, e, de repente, eu não queria que a tempestade parasse.

Naquele instante, JJ se aproximou mais e pegou minha mão, seus dedos entrelaçando-se nos meus. Era uma conexão simples, mas poderosa, como se o universo estivesse conspirando para nos unir. Com o vento agitando nossos cabelos e a chuva batendo em nossos rostos, ele começou a dançar, seus movimentos fluindo com a liberdade que só a natureza poderia proporcionar.

— Você é um ótimo dançarino! — eu gritei, tentando imitar seus passos desajeitados. Ele deu uma volta, segurando minha mão e puxando-me para mais perto, enquanto nossos corpos se moviam ao ritmo da tempestade.

— E você é uma surfista incrível! — ele retrucou, seus olhos brilhando. Então, em um momento de ousadia, ele me puxou para um abraço e, sem pensar duas vezes, inclinei a cabeça e coloquei meus lábios nos dele. O beijo foi intenso, cheio de emoção e eletricidade, e, para minha surpresa, tudo ao nosso redor parecia desaparecer novamente. Era apenas eu e ele, cercados por chuva e tempestade.

Assim que nos separamos, um sorriso gigante se espalhou pelo meu rosto. — Uau! Você realmente sabe como transformar um dia chuvoso em uma festa, não é?

— Eu faço o melhor que posso! — Ele riu, um brilho nos olhos. — Mas, sério, você não tem ideia de como estava esperando por esse momento.

— Esperando? Para dançar na chuva ou para me beijar? — brinquei, tentando manter o tom leve, mesmo que meu coração estivesse pulando de alegria.

— Ambos! — ele admitiu, com um olhar travesso. — Você sempre foi uma onda perfeita para mim, só precisava ser surfada.

Antes que eu pudesse responder, Pope e Cléo se aproximaram, molhados e rindo, parecendo tão felizes quanto nós. — O que vocês estão fazendo? Dançando como se não houvesse amanhã? — Pope perguntou, com uma expressão divertida.

— Exatamente isso! — JJ respondeu, puxando-me para mais perto novamente, como se quisesse me proteger da chuva e da tempestade.

Cléo, com um sorriso malicioso, sugeriu: — Por que não fazemos uma competição de dança? Os dois pares dançam e o resto do grupo julga!

Ouvindo isso, a ideia de uma competição me deixou ainda mais animada. — Isso parece divertido! — eu disse, olhando para JJ, que sorriu de volta, como se soubesse que estávamos prestes a viver mais um momento incrível juntos.

Assim, começamos a nos organizar. JJ e eu nos posicionamos, prontos para mostrar nossas melhores danças. A música da tempestade e o som das ondas se tornaram nosso fundo musical, e, enquanto a chuva continuava a cair, nós começamos a nos mover.

Nossas danças eram desajeitadas, mas cheias de energia. Pulávamos, rodávamos e girávamos, rindo de nós mesmos a cada movimento. A alegria de estarmos juntos naquele momento, cercados por amigos, tornou tudo ainda mais especial. Quando JJ girou e me puxou para mais perto, senti como se estivéssemos no centro de um furacão de felicidade.

— É assim que você dança? — ele provocou, fazendo um movimento exagerado. — Pensei que você fosse uma surfista, não uma bailarina.

— Apenas espere até eu mostrar minhas melhores jogadas! — eu ri, e, em um momento de pura ousadia, fiz um movimento improvisado e terminei quase caindo na areia, mas JJ me segurou.

— Cuidado! Não quero que você se machuque antes da próxima onda! — ele brincou, e todos nós rimos.

Finalmente, depois de muito riso e competição, Pope e Cléo decidiram que era hora de encerrar a dança, proclamando que nós éramos os campeões indiscutíveis da competição. E, claro, isso resultou em mais um beijo apaixonado entre mim e JJ, que, por sinal, não tinha nada a ver com a vitória, mas tudo a ver com a eletricidade que nos cercava.

Com a chuva começando a diminuir, todos nós decidimos nos sentar na areia, ofegantes e molhados, rindo e conversando sobre a loucura que acabávamos de viver. A tempestade tinha passado, mas as memórias e a alegria permaneciam.

— Então, qual é o plano agora? — Sarah perguntou, secando-se com uma toalha.

— Pra mim, a resposta é simples: surfar! — JJ respondeu, seus olhos brilhando novamente.

— Você está louco! O mar deve estar cheio de correntezas! — Cléo alertou, mas o entusiasmo de JJ era contagiante.

— E se não for, essa pode ser a melhor oportunidade para tentarmos pegar aquelas ondas maiores! — eu disse, sentindo a adrenalina correr em minhas veias novamente. O que mais poderia dar errado, certo?

O olhar de JJ se iluminou. — Você está pronta para se jogar novamente, Kiara?

— Sempre! — eu respondi, e assim, fomos em direção à água, como se a tempestade e suas consequências não tivessem importância. O que importava era que estávamos juntos, prontos para enfrentar qualquer desafio que o mar pudesse nos oferecer.

Ao entrar na água, a sensação de liberdade tomou conta de mim novamente. Cada onda que quebrava ao nosso redor era um lembrete de que a vida é feita de momentos inesperados, e eu estava determinada a aproveitar cada um deles ao lado de JJ e nossos amigos. Naquele dia, sob o céu tempestuoso, a tempestade se transformou na nossa dança, e a conexão que construímos se tornava cada vez mais forte. O que mais poderíamos querer?

𝐄𝐍𝐃𝐋𝐄𝐒𝐒 𝐀𝐔𝐆𝐔𝐒𝐓 . . . ʲᶦᵃʳᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora