Capítulo 1

142 9 2
                                    



Eram 05:00h da manhã quando o meu despertador tocou, olhei pelas frinchas da janela e já via os primeiros ráios de sol a querer aparecer, o meu cão um Lavrador preto com mais de 25 quilos, já olhava para mim impaciente para dar a primeira caminhada da manhã como estava habituado. Só morávamos nós os 2 no apartamento que comprei com a pequena herança que o meu pai me deixou, sim o meu pai faleceu à 10 anos devido a um traumatismo craniano, foi e continua a ser uma grande dor para mim tinha apenas 15 anos e era muito apegada a ele muito mesmo, mas tinha que ser forte para ajudar a minha mãe que tinha acabado se ficar viuvá com 3 filhas para criar, tenho 2 irmãs gémeas com 18 anos elas sem dúvida são a minha vida adoro a minha família sempre fomos unidas e estamos sempre lá para o que uma ou outra precisar.

Quando fiz 20 anos, decidi viver sozinha já tinha o meu próprio emprego era contabilista numa grande superfície e achei que era o meu momento de encarar a vida, não vou mentir custou-me muito sair debaixo das saias da minha mãe, os primeiros 6 meses foi uma agonia pensei mesmo em desistir passava mais tempo em casa da minha mãe do que na minha, mas quando a minha mãe foi passar umas pequenas férias a Suíça a casa dos meus tios não tive outra alternativa, tinha mesmo que ficar sozinha, a partir dai não quero outra coisa adoro o meu cantinho, e adoro viver com o meu Flick, o meu cão tem 8 anos sofre de ansiedade por separação faz muitas asneiras mas eu já não sei viver sem ele é uma companhia.

Consegui finalmente levantar-me já não aguentava a choradeira:

- Calma Lick a menina já esta a pé.

Fiz a minha higiene pessoal vesti um fato de treino e lá fui eu, custava muito levantar cedo mas eu adorava estas caminhadas pela fresquinha dava-me outro animo para começar o dia quando cheguei ao parque sentei-me na relva e soltei o flick para ele poder ir ao lago como ele adorava, era uma das razões de eu vir a esta hora não havia crianças nem muita gente e ele podia andar a vontade sem trela, sempre foi obediente e não gostava de o ver preso sem a liberdade já basta o tempo que fica sozinho quando vou trabalhar sei bem o que é isso e não desejo isso nem para o meu pior inimigo.

Enquanto admirava a passagem, senti algo muito pesado vir contra mim fiquei tão aflita que quando dei conta era uma cadela lavradora beije linda, não parava de me lamber e saltar para que eu lhe fizesse festas tão linda, tão linda, que não resisti e no meio de gargalhadas fazia-lhe festas sem parar. O problema foi que não me lembrei do flik que veio em nossa direcção com o seu grande porte reclamar a minha atenção, deitaram-se os 2 de barriga para cima para que eu fizesse festas.

De repende ouvi uma voz grossa masculina ao fundo:

- DRICA, DRI onde estás????

Levantei-me e agarrei a cadelinha com medo que ela fugisse afinal eu não a conhecia e podia me fugir, o homem chegou mais perto de mim e falou

- Desculpe, esta cadela é maluca não pode ver ninguém ela aleijou a Menina?

Levanto a minha cara e fico sem palavras, nunca vi um homem tão bonito em toda minha vida alto, moreno de cabelos castanhos, olhos castanhos, barba rasa e corpo perfeito com certeza digno de um desportista.

- Não, Drica não é ? Ela é um amor. Respondo com sinceridade gostei mesmo dela.

- Sim, ela ainda é nova somos novos aqui e vim a está hora porque pensei que não havia ninguém me desculpe. Diz ele enquanto me olhava nos olhos.

Dei um sorriso e respondi - Como eu faço todos os dias, realmente a esta hora não costuma estar muita gente no parque, eu trago sempre o meu flick aqui para ele poder ser um bocado "livre".

-Flick? Gosto do nome muito Original. Responde

- Obrigada

Ficamos em silencio assentados na relva enquanto olhávamos os nossos bichos no lago, fiquei admirada como o meu flick gostou da drica. Como se adivinhasse o que estava a pensar o rapaz fala.

O Desabrochar de um AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora