capítulo 7

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Os olhos dele estavam colados nos dela, enquanto a respiração de Yana se tornou mais rápida, mais intensa

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Os olhos dele estavam colados nos dela, enquanto a respiração de Yana se tornou mais rápida, mais intensa. Ele se aproximou ainda mais, seu corpo se encaixando ao dela perfeitamente. A camisola fina deixava sua pele completamente visível aos olhos dele, aumentando a intensidade do momento.

A mão dele se moveu lentamente, subindo desde a cintura dela até o ombro, deixando um rastro de fogo em sua passagem.

—....O que..— ela sussurrou — esta fazendo?

— Só fazendo uma...observação — ele respondeu, a voz low e rouca, enquanto sua mão subia mais pelo ombro dela e acariciava o pescoço delgado.

Ele podia sentir como o coração dela estava disparado, a tensão no corpo da menina aumentando a cada segundo. Sua mão se prendeu no queixo dela, fazendo-a olhar diretamente para ele.

Os olhos dele encontraram os dela, o olhar fixo e intenso. Ele podia ver todos os detalhes do rosto dela assim de perto, a forma como os olhos dela se alargaram, a respiração errante.

Ele inclinou ainda mais o rosto, aproximando-se do dela, enquanto abaixava a cabeça na direção do pescoço dela. A mão que estava no ombro agora se prendeu na cintura dela, mantendo-a presa entre ele e a pia.

— Mikey me contou...que você saiu hoje da prisão — Yana sussurrou baixinho — Você é perigoso não é...

— Perigoso? Ah, é verdade — ele murmurou, sua voz quase um resmungo contra o pescoço dela. A mão que estava no queixo dela se deslocou para o cabelo, dedilhando os fios macios, enquanto a outra mão aumentava seu aperto na cintura dela.

Ele moveu a cabeça até o ouvido dela, seu hálito quente contra a pele dela. — Mas eu não sou perigoso para você, sweet raspberry.

— Por que foi preso? — ela se virou de frente pra ele, seus olhos negros mostrando uma curiosidade pura, sem malícia

A pergunta inesperada pareceu pega-lo de surpresa, mas a forma sincera de Yana despertou uma sinceridade nele também. Enquanto ele a encarava, a mão ainda presa no cabelo dela, ele respondeu:

— Por assassinato. Entre outros pequenos crimes menores. — Ele deu de ombros. — Nada que você devesse se importar, de qualquer forma.

— Valeu apena? — ela murmurou

A pergunta simples fez um sorrir irônico surgir no rosto dele. Ele observou o rosto dela, sua expressão genuína e interessada, antes de responder:

— Não foi exatamente uma escolha. Mas, de qualquer modo, eu não me arrependo. — A mão do cabelo deslizou até o rosto dela, dedilhando levemente a bochecha. — Por que se importa?

— Foi difícil? — Yana inclinou a cabeça para o lado — ficar tanto tempo preso?

O olhar sombrio de Izana se fixou nela novamente, enquanto ele absorvia a pergunta. Houve uma leve demora antes dele responder, um momento da verdade enquanto ele decidia o quanto revelar.

— Foi...esgotador. — Ele murmurou, sua mão deslizando da bochecha dela até a nuca, passando no pescoço com um carinho quase gentil. — Tão solitário.

— Mas, mesmo assim, há algo a mais. — Ele se inclinou novamente, de modo que seu rosto foi mais perto do dela, enquanto sua mão descia novamente para a cintura dela, prendendo-a na posição.

Sua voz baixou até ser quase um resmungo contra o ouvido dela, enquanto sua outra mão puxava delicadamente os fios castanho dela. — Algo pior que a solidão ou a exaustão. — a mão deixou os cabelos dela e desceu até a nuca — Algo...quase insuportável.

— o que seria pior que isso? — ela balbuciou curiosa, seus olhos meigos mostrando interesse como se tivesse ouvindo uma história sendo contada.

A pergunta sincera dela, novamente, surpreendeu Izana. O jeito inocente dela fazer as coisas, sem malícia e sem segundas intenções, era quase alienígena para ele. Ele a observou por um momento, enquanto uma expressão confusa e reflexiva marcava seu rosto.

Ele suspirou, a mão se prendendo na nuca dela enquanto a outra envolvia a cintura dela num abraço apertado.

— Uma tentação constante. Uma obsessão irracional. — A voz estava baixa e rouca.— Ficar preso em uma cela, solitário, enquanto a única coisa em que você consegue pensar é em alguém que você quer alcançar, e que, de qualquer forma, nunca poderia ser seu. — Enquanto falava, ele se movia em direção a ela, até que ela ficava completamente encostada na pia. Ele se moveu um pouco para frente, prendendo-a entre o corpo dele e a beirada da pia.

— Não pode ser seu? Ou você não quer que seja? — Yana murmurou — por quê até mesmo as coisas mais impossíveis, que já perdemos as esperanças, podemos conseguir no momento certo.

Era mágico, a forma como ela falava, era a mesma forma que estava presente naquelas cartas que ele lia na prisão. A mesma doçura, a mesma inocência....e o doce aroma de framboesa que vinha nas cartas era nada mais que o perfume dela, presente nesse momento em seu corpo

A leveza da voz dela, as palavras escolhidas, o aroma doce. Tudo parecia soar como uma música em seus ouvidos, cada palavra um acorde perfeito, uma nota doce de um instrumento mágico.

Ele riu baixo, sua mão deixando a cintura dela e se apoiando na pia, enquanto ele se inclinava mais para frente, ficando ainda mais próximo dela. Sua respiração estava lenta, quase como se ele estivesse em uma espécie de transe.

— Até mesmo as coisas mais impossíveis, é? — ele murmurou.

Aproximar-se dela parecia quase um desejo instintivo, como se fosse algo incontrolável. Ele podia sentir o cabelo dela perto do rosto dele, a cintura pequena dela sob a mão dele, o corpo dela encaixado perfeitamente no dele.

Ele soltou um suspiro quase irritado, enquanto seus olhos fitavam os dela. Sua expressão era quase confusa, como se tivesse acabado de perceber algo. — E se a pessoa for uma tentação? Ou melhor, uma obsessão?

— É normal, as pessoas terem obsessões — ela murmurou

Ele franziu a testa em confusão genuína, como se não entendesse de onde vinha essa ideia tão inocente. Ele moveu a mão novamente, dessa vez segurando de leve a bochecha dela, enquanto a fazia olhar diretamente para ele.

— Não é normal, sweet raspberry. Não é normal ter uma obsessão tão intensa que você não consegue nem pensar em outra coisa. — Ele apertou as palavras, quase como se tentasse fazer com que ela entendesse.

JINGOKU - Kurokawa IzanaOnde histórias criam vida. Descubra agora