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Izana Kurokawa se movia com uma determinação implacável, seus passos ecoando em um ritmo constante e ameaçador pelas ruelas sombrias de Yokohama. A atmosfera ao seu redor era carregada de tensão, como se o ar estivesse impregnado com o desejo de confrontação. Ele havia recebido informações sobre o paradeiro do tio de Yana, e a ideia de encontrá-lo o consumia. A necessidade de justiça, ou talvez de vingança, pulsava dentro dele como um estalo elétrico, intensificando cada batida do seu coração.
O céu estava coberto por nuvens escuras, refletindo sua ferocidade interior. As ruas estavam desertas naquela noite, e o distante som de sinos de templo ressoava, quebrando o silêncio sombrio. À medida que Izana se aproximava do local onde o tio de Yana estava escondido, uma chama de ódio visceral começou a surgir dentro dele. O que poderia ter sido um simples encontro, rapidamente se tornava uma plataforma para a ira que ele mal conseguia conter.
Finalmente, ele o avistou. O tio de Yana estava encostado em uma parede, cercado por sombras, como se estivesse esperando por algo — ou alguém. Quando seus olhares se cruzaram, foi como se o ar se tornasse elétrico. Os olhos violetas de Izana, que antes exudavam calma e controle, agora brilhavam com uma intensidade quase sobrenatural. Era como se eles habitassem as chamas do inferno, refletindo um abismo de raiva e dor.
A imagem do homem diante dele, um sorriso sarcástico nos lábios, provocou um surto de fúria em Izana. Ele poderia sentir seu corpo queimando com a emoção, as entranhas se contorcendo de raiva. Para Izana, aquele homem não era apenas o tio de Yana — ele era o símbolo de tudo que estava errado naquele mundo. Cada malfeitor, cada injustiça que ele havia testemunhado, parecia se personificar naquela única figura. O desejo de confrontá-lo se transformava em necessidade.
— Izana Kurokawa— o homem disse, tentando manter uma presença não intimidada, mas o tremor em sua voz deu um sinal claro de que ele também sentia a gravidade do momento. — O que você está fazendo aqui?
Izana se aproximou com um passo firme, sua presença dominadora ofuscando qualquer tentativa de bravura que o homem pudesse exibir. O ambiente ao redor deles parecia se estreitar, como se o próprio espaço estivesse ciente da tensão crescente. Seu olhar violáceo, agora ardente como um incêndio, queimava em direção ao tio de Yana, e era impossível desvincular a fúria que emanava dele. Cada palavra que ele proferia estava impregnada de venom: — Eu vim cobrar a sua dívida.
No instante seguinte, a atmosfera explodiu em ação. Izana, tomado por uma energia quase primal, se lançou para frente. As chamas do inferno em seus olhos se refletiam na expressão do homem, que, por um momento, viu seu próprio fim naquelas profundezas furiosas. O ódio visceral de Izana não era apenas uma emoção passageira; era uma força que o consumia, que lhe fazia lembrar de todas as injustiças sofridas por aqueles que amava. Ele não estava apenas buscando revanche; estava fazendo uma declaração de que um novo caminho precisava ser trilhado.
