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— perdão, mas acabou de acontecer uma comoção nesse momento, não foi ela que teve duas paradas cardíacas? — Kakucho disse.
O médico negou com a cabeça, olhando-o
— Há outra paciente na emergência, uma senhora que foi brutalmente esfaqueada com uma espécie de estilhaço de cerâmica no peito. Infelizmente ela acabou de vir a óbito — O médico disse — ela chegou bem antes da namorada desse rapaz. Porém....vou precisar chamar a polícia.
Kakucho olhou para o médico enquanto ele explicava a situação na emergência, Izana, no entanto, permaneceu atento, assimilando cada palavra. Por mais que o bem estar de Yana fosse sua maior prioridade, a notícia da outra paciente ter falecido, e a possibilidade de a polícia ser chamada chamaram sua atenção.
Ele franziu a testa, a curiosidade e a cautela surgindo enquanto ele aguardava ouvir mais.
— As duas são avó e neta — o médico olhou para Izana — e acredito que o mesmo que aconteceu com a senhora iria acontecer com aquela moça.
As palavras do médico pesaram no ar, enquanto Izana processava a informação. A notícia de que as duas eram avó e neta, e a suspeita de que o que aconteceu com a senhora, poderia ter acontecido com Yana, foi perturbador.
Ele cerrou o maxilar, enquanto sentia a raiva e a frustração começarem a surgir novamente. Mas antes de ele pudesse falar qualquer coisa, o outro assunto mencionado pelo médico chamou sua atenção.
— Por que você vai chamar a polícia? — ele perguntou, tentando manter a voz suave, embora a tensão ainda estivesse perceptível.
Izana não podia evitar sentir um certo desconforto com a ideia de envolver a polícia, especialmente considerando seu próprio histórico e a natureza de seus negócios.
— De acordo com o acompanhante daquela senhora, que é um empregado. Foi um caso sério de tentativa de estupro seguido de assassinato. O causador de tudo isso é o filho da velha senhora e tio da sua namorada, um homem viciado e transtornado. Parece que ele tentou estrupar a moça, e a velha se colocou na frente, e foi atacada várias vezes no peito, o mesmo tipo de corte no ombro da sua namorada. Isso é um caso de polícia
A raiva que fervia dentro de Izana aumentou significativamente enquanto ele ouvia as palavras do médico. A ideia de que alguém ousaria tentar algo tão hediondo com Yana e sua própria avó, era insuportável. Seu maxilar se contraiu, enquanto ele tentava se controlar, porém, sua voz saiu em um tom sombrio e perigoso.
— Você já chamou a polícia? — ele perguntou, sua expressão ficando ainda mais tensa.
— Irei chamar agora — o médico disse
— não chame! — Izana respondeu com seus olhos violetas carregados de uma fúria sombria — Eu vou resolver isso.
— perdão, meu jovem. Mas isso..
— Ele é Kurokawa Izana — Kakucho disse simplesmente — o Rei de Yokohama, doutor. E a moça lá dentro é a sua rainha.
O rosto do médico ficou pálido enquanto ele ouvia a introdução de Kakucho, sua boca se abrindo num claro sinal de surpresa. A reputação e o poder de Izana eram conhecidos em todo o país, especialmente em Yokohama, onde ele controlava tudo com mãos de ferro.
Ele olhou para Izana, sua expressão refletindo a incerteza.
— Você vai resolver isso? — o médico perguntou, a voz agora ligeiramente trêmula.
— Eu vou — Izana respondeu, sua voz calma e segura. Seus olhos, ainda mais sombrios do que antes, refletiam determinação absoluta.
Ele se afastou da parede, endireitando-se enquanto se preparava para ir em direção a saída. Porém, ele se deteve, lembrando-se de algo importante.
— Ela...está recebendo o sangue — o médico disse com a voz trêmula...— Mas venha comigo, vou deixar que a veja.
Izana se virou rapidamente, encarando o médico enquanto ouvia suas palavras. A possibilidade de poder ver Yana, ainda que fosse por um breve momento, era algo que ele não podia recusar, mesmo com todos os outros problemas que ele teria de enfrentar.
— Me leve até ela — foi a única coisa que ele respondeu enquanto caminhava ao lado do médico.
O médico o guiou em direção a sala de emergência, abrindo a porta enquanto sinalizava para que ele entrasse. Izana rapidamente entrou, sua visão se focando imediatamente na forma desacordada de Yana na cama, sendo conectada a várias máquinas que monitoravam seu corpo.
Ele se aproximou dela, seu olhar se fixando em seu rosto enquanto ele observava cada detalhe dela.
Ele sentiu a dor no peito se intensificar enquanto ele a via, tão frágil e vulnerável assim. Seu rosto geralmente pálido, agora parecia quase amarelado, enquanto seu cabelo prateado estava desorganizado.
Ele estendeu a mão, com cuidado, colocando algumas mechas de cabelo atrás de sua orelha enquanto ele pousava a mão em sua bochecha.
Seus olhos a examinaram novamente, notando cada detalhe, de seu rosto até seu corpo conectado aos aparelhos, e apesar da dor, havia uma nota de alívio lá, agora que ele podia vê-la, segura e fora de perigo.
Ele respirou fundo, fechando os olhos por alguns segundos enquanto se preparava para partir. Mas, antes de deixar a sala de emergência, ele encarou o médico.
— Cuide dela — ele pediu, sua voz quase fria, mas um tom protetor se infiltrando na última palavra.
Com isso, ele se virou e saiu da sala, novamente determinado a encontrar o culpado por tudo aquilo.
Enquanto se afastava da sala de emergência, seus olhos encontraram o olhar de Kakucho enquanto ele o encarava com expressão preocupado. Izana não precisava nem mesmo dizer uma palavra, a determinação em seu olhar era clara, ele ia buscar justiça, de uma maneira ou de outra.