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Porém, enquanto seu corpo estava tomado de choque e perplexidade, seu lado protetor se despertou. Ele acelerou o carro, correndo pelas ruas, ignorando por completo qualquer lei de trânsito. Todas as suas forças eram direcionadas à única coisa que importava naquele momento: chegar até Yana a tempo.
A condução desesperada de Izana parecia uma corrida contra o tempo. Suas mãos, agora firmemente agarradas ao volante, estavam tensas, enquanto seus olhos se mantiveram fixos à frente, na direção a qual ele seguia. Seus pensamentos eram um borrão, com a única coisa clara sendo a imagem de Yana, na expectativa de que ela estivesse segura quando ele chegasse.
A única coisa que parecia pulsar na cabeça dele era o nome dela, como um mantra que ele repete em sua mente como uma oração desesperada.
Enquanto ele dirigia, seu pulso acelerado batia em um ritmo frenético, como se tentasse acompanhar a batida desesperada com a qual seu coração batia. Cada rua passando, cada luz de sinalização que ele passava em alta velocidade, parecia uma eternidade, prolongando o período até que ele finalmente estaria ao lado de Yana novamente.
Suas mãos estavam suadas, tremendo contra o volante, enquanto o único pensamento na sua mente era chegar a Yana o mais rápido possível.
Finalmente, após o que pareceram horas, ele avistou o beco aonde Yana estava. Era um lugar escuro e sombrio, com pouca iluminação. Ele parou o carro abruptamente, mal tomando tempo para estacioná-lo adequadamente, e então saltou para fora.
Ele correu para o beco, as sombras envolvendo-o enquanto seu olhar percorria o local à procura de Yana.
Próximo a uma caçamba de lixo, Yana estava sentada com a cabeça baixa, o sangue estava por toda sua roupa, além dela se mostrar extremamente pálida. O ferimento em seu ombros ainda sangrava, porém agora bem pouco a ferida se encontrava arroxeada e feia.
A visão de Yana machucada, sentada próximo à caçamba de lixo, atingiu Izana como uma facada no coração. Ele imediatamente correu em direção a ela, ajoelhando-se ao seu lado, os olhos arregalados de pavor enquanto examinava seu estado.
As roupas manchadas de sangue, a pele pálida, o ferimento roxedo... tudo isso o estava deixando transtornado.
— Yana... — ele sussurrou, a voz trêmula enquanto suas mãos rapidamente procuravam por mais ferimentos em seu corpo. — Yana, olhe para mim.
Mas ela não respondeu, o celular estava caído em sua mão a tela cheia de sangue ainda em chamada com ele. Yana não respondia.
A falta de reação de Yana, o silêncio abrupto após sua rápida corrida à sua procura, atingiu Izana como um soco. O terror envolveu-o enquanto ele rapidamente pegou o celular de sua mão, jogando-o de qualquer maneira no chão.
