capítulo 31

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Enquanto se colocava de pé, Izana sentia como se estivesse se libertando de um peso

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Enquanto se colocava de pé, Izana sentia como se estivesse se libertando de um peso. As lembranças do homem e da violência que acabara de cometer começavam a se afastar, sendo substituídas pela expectativa de finalmente ver Yana novamente.

— O médico acabou de me avisar — Kakucho disse — Yana já subiu pro quarto, ela está estável e dormindo

O coração de Izana se encheu de alívio e expectativa enquanto ouvia as palavras de Kakucho. A ideia de que Yana estava finalmente estável e dormindo era quase uma bênção.

— Eu quero ver ela — ele disse determinado, a necessidade de estar próximo dela quase o consumindo.

— Você irá ver, primeiro um banho — Kakucho disse — Não pode ver ela assim meu rei.

Uma leve irritação cruzou o rosto de Izana, mas ele sabia que Kakucho tinha razão. Ele estava coberto de sangue, e a ideia de ir ver Yana assim era realmente absurda.

— Certo — ele disse finalmente, cedendo à razão. — Eu vou tomar um banho. Mas depois eu quero vê-la.

(…)

Já era noite, quando Izana retornou ao hospital, agora limpo e arrumado ele apenas foi em direção ao quarto VIP no hospital a qual Yana estava hospedada – E assim que entrou fechando a porta em seguida, ele a viu. Os monitores mostravam seus batimentos, ela já estava respirando sem a máscara de oxigênio, estendo em um aparente estado de sono profundo.

O coração de Izana deu um salto enquanto ele fitava Yana, dormindo serenamente na cama do hospital. Ela parecia tão vulnerável e ao mesmo tempo tão linda. Cada detalhe de seu rosto era uma lembrança viva da ternura e do amor que ele sentia por ela.

Lentamente, ele se aproximou da cama, seus passos quase silenciosos enquanto ele se sentava na cadeira ao lado dela. Esticou a mão e acariciou suavemente seu rosto, sentindo a maciez de sua pele sob as pontas dos dedos.

Os olhos dela lentamente se abriram, mostrando aquele delicado tom negro brilhante, que aos poucos focava nele.

—....Izzy?

O som de sua voz, suave e frágil, foi como música aos ouvidos de Izana. Ele sorriu de leve enquanto encarava seu olhar, e assentiu em silêncio.

— Sim, sou eu — ele disse baixinho, seu tom de voz tão suave quanto o dela.— Você está bem agora — ele acrescentou, enquanto continuava a acariciar seu rosto com delicadeza. Os monitores do quarto marcavam seus batimentos cardíacos, que aos poucos começavam a ficar mais estáveis à medida que ela acordava.

—....Você conseguiu me achar — ela sussurrou novamente, com os olhos brilhando

Um suspiro quase inaudível escapou de Izana enquanto ele continuava a acariciar seu rosto, sentindo toda a emoção daquele momento.

— Claro que sim — ele respondeu com a voz suave — Prometi que iria te encontrar, não prometi?

— Prometeu...— ela curvou os lábios em um sorriso fraco, porém genuíno

Aquele sorriso fraco, apesar da fraqueza que ainda a consumia, foi o suficiente para deixar o coração de Izana palpitando.

— E um rei sempre cumpre suas promessas — ele respondeu, enquanto deslizava os dedos pelo rosto dela com leveza.

Uma leve risada suave escapou dela em retorno, enquanto fechava os olhos novamente para sentir melhor a carícia da mão dele. Ela parecia tão vulnerável e ao mesmo tempo tão amada, e isso fazia com que o peito de Izana se enchesse de ternura.

— Eu fiz você se preocupar...— Yana sussurrou com os olhos fechados

A mão de Izana parou momentaneamente enquanto sua expressão se contraiu em uma sombra de dor. Ela tinha razão, é claro; ver o estado em que ela estava o deixara preocupado além da conta.

— Isso não importa — ele respondeu finalmente, enquanto continuava a acariciar seu rosto — O que importa é que você está aqui agora. Está segura.

Ela abriu novamente os olhos, encarando-o com uma mistura de ternura e culpa em seu olhar.

— Sinto muito... — ela sussurrou, a voz suave, como se estivesse tentando compensar os momentos de preocupação que o colocara em agonia.

O peito de Izana se contraiu com a ternura e a culpa presente em seu olhar, mas ele rapidamente negou com a cabeça, com um gesto delicado.

— Não se desculpe — ele disse, enquanto continuava a acariciar seu rosto com dedos gentis — Nada disso foi culpa sua.

— Izana...— Yana murmurou — Eu te amo.

O coração de Izana se encheu de emoção com as palavras dela, enquanto uma sensação quente se espalhava por seu peito como uma corrente elétrica. Ele sorriu enquanto se inclinava mais próximo dela, aproximando seu rosto do dela de forma protetora.

— Eu também te amo — ele disse, enquanto seus lábios praticamente roçavam os dela — Mais do que qualquer coisa no mundo.

Ela sorriu em retorno, com aquela delicadeza que só aquela mulher era capaz. A luz do luar que entrava pela janela banhava seu rosto com um brilho prata, deixando-a ainda mais irresistível aos olhos de Izana.

Um suspiro suave escapou dos lábios dela enquanto cerrou as pálpebras novamente, sentindo a proximidade do rosto dele, como se buscasse ainda mais aquele contato.

O momento parecia quase mágico, com a luz do luar e a tranquilidade do quarto de hospital, como se o tempo tivesse parado naquela cena. Izana permaneceu próximo dela, aproveitando a proximidade de Yana, enquanto continuava a acariciar seu rosto com dedos delicados, quase reverenciando-a.

JINGOKU - Kurokawa IzanaOnde histórias criam vida. Descubra agora