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P.o.v S/n
— não! — me agarrei em um dos braços de Ju-Kyung — ele é insuportável, me ajuda vai, por favor...—
Ju-Kyung — eu até queria te ajudar, mas acho que você tem que resolver sozinha — eu bufei.
— mas o irmão é seu, eu só preciso que dê um jeito nele pra mim...por favor! — por ser mais nova estava uma série abaixo da de Ju-Kyung e seus colegas.
Ju-Kyung — fica tranquila, eu sei que meu irmão é um chato, mas por que você não tenta dar mais uma chance, as vezes pode acabar dando certo...— vi um garoto bonito se aproximar de nós duas.
Su-ho — o que tá acontecendo aqui? — eu me curvei pois ele era mais velho que eu.
— Su-ho, eu gosto de uma pessoa mas não me sinto pronta para ficar com ela, porém a pessoa fica me enchendo o saco, o que eu faço...— ele sorriu para Ju-Kyung.
Su-ho — era isso que ela tava te enchendo o saco? É? — perguntou diretamente para Ju-Kyung.
— hey — dei um tapinha de leve em seu braço — não estou enchendo o saco de ninguém, apenas estou querendo dicas de como fugir das coisas um pouco...— murmurei.
Ju-Kyung — eu posso até tentar dar umas "indiretas" pro meu irmão dizendo que ele pode estar muito grudento com você, mas eu duvido que ele acredite, ele é teimoso de mais e ainda me odeia nunca vai seguir alguma dica minha...— eu bufei. Escutei o garoto me chamar no corredor ao lado, o desespero me bateu, eu olhei para todos os lugares e o único que achei onde eu sabia que iria poder ficar com paz seria no banheiro feminino.
Ju-young — S/n, finalmente te achei! — assim que me viu no corredor foi se aproximando de mim, Ju-Kyung e Su-ho.
— aí meu deus! Pra onde eu vou...— voltei a olhar para a porta do banheiro — se ele perguntar de mim digam que eu estava passando mal e fui ao banheiro — corri em disparada a porta e quando entrei notei meu coração bater rápido e sentir minha respiração ofegante — esse garoto meche tanto comigo! — encostei as costas na parede e a arrastei até ficar sentada no chão, lembro de ter mandado uma mensagem para Ju-Kyung agradecendo pela "boa vontade" em tentar me ajudar.
Ju-young — o que deu nela? — Ju-Kyung soltou um sorriso tentando disfarçar.
Ju-Kyung — ela disse que estava passando meio mal e foi ao banheiro...—
Ju-young — tudo bem, eu espero ela sair pra podermos conversar...— Su-ho não sabia o que falar diante da tal situação, o coitado estava sendo trouxa e ele sabia que lá no fundo o garoto tinha total noção disso e queria continuar desse jeito pois realmente gostava de mim.
Su-ho — eu aviso ou você avisa? — sussurrou para Ju-Kyung que apenas intercalou o olhar entre o próprio irmão e Su-ho.
Ju-Kyung — deixa quieto, eu falei pra ela resolver os próprios perrengues sozinha, e além disso, ela não vai ficar dentro do banheiro pra sempre — estava perto do sinal da próxima aula tocar e por falta de atenção no horário e falta de aviso dos meus colegas também acabei ficando no banheiro.
— merda, Ju-young eu vou te matar!...— bufei. Era impossível que ele estivesse na porta do banheiro ainda, mas por precaução coloquei a cabeça devagar para fora da porta e olhei para os dois lados do corredor, levei um susto com o menino parado ali no canto encostado na parede. Eu até tentei voltar para dentro do banheiro novamente mas ele se pronunciou primeiro.
Ju-young — sabe que não pode ficar presa nesse banheiro pra sempre, não é...— eu olhei ao redor.
— cara eu já fiz de tudo pra você me deixar em paz, te obedeci por um dia todo, fiz algumas das suas tarefas de casa, já te paguei comida...o que tanto você quer de mim? — ele se aproximou e me entregou o próprio celular.
Ju-young — sério que eu vou ter que repetir de novo? Eu quero seu número de telefone, não precisaria ter feito nada dessas coisas que você disse se tivesse me passado o seu número desde o começo...é só passar e tudo acaba...— eu brevemente olhei para o celular e depois tentei devolvê-lo, porém Ju-young continuava insistindo naquilo.
— tábom, se é meu número que você quer eu vou passar...— coloquei o número em seu celular — e agora...quer mais alguma coisa?...— ele sorriu.
Ju-young — talvez um abraço, um beijo quem sabe...— disse fazendo biquinho, fechando os olhos e se aproximando.
— cai fora garoto! — coloquei o dedo em sua testa fazendo com que ele se afastasse — você pode até ter o meu número agora, mas se quer que eu realmente te dê uma chance precisa me agradar...— eu sorri de ladino, com um sorriso safado no rosto, cara de quem iria aprontar — eu fui feita de empregada por um dia todo lembra? Agora você vai ser meu empregado...porém será por 2 dias inteiros —
Ju-young — ah não! — murmurou, ele quase se ajoelhava no chão
— ah sim! Sem A, nem B, nem C e nem o resto do alfabeto todo, entendeu? — olhei ao redor — fala mais baixo, a gente praticamente tá pra fora da aula então quer dizer que estamos "cabulando" — estiquei a mão para ele — levanta...vamos voltar pra sala, qualquer coisa você fala pro professor que eu tinha passado mal e que você tava comigo na enfermaria — ele se levantou, porém ainda continuava meio emburrado.
Ju-young — por quê e tão difícil te amar hein? Por que? — seus lamentos vieram meio altos demais, nos escutaram.
××× — o que vocês estão fazendo fora da sala? Seus delinquentes! Voltem já para a aula, caso o contrário irei comunicar os pais de vocês...—
— sim senhor! — peguei no braço de Ju-young e sai o arrastando até a sala — eu conheço a sua mãe e sei que ela iria odiar ser chamada por uma idiotice assim, agora para de reclamar e vem! — continuei puxando o mesmo. Quando chegamos na sala usamos a desculpa que eu disse, mentimos de que estávamos juntos na enfermaria e vimos algumas reações incrédulas pois todos sabiam que eu sempre ficava fugindo de Ju-young.
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