Dezembro de 1998
16 anos de uma nova Dulce que já conta os dias para chegar nos 18. Eu sei que faltam dois anos ainda, mas é menos do que três e é isso que importa.
Eu não quis comemorar muito dessa vez, apenas fiz algo pequeno em minha casa com as pessoas mais próximas de mim, que se tratavam dos meus pais, minhas irmãs, meu melhor amigo e seus pais, e dois amigos da escola que eu ando para cima e para baixo.
Depois que assoprei as velas, me dei conta do quanto eu gosto de estar apenas com essas pessoas que me conhecem tão bem. Anahí e Christian se tornaram meus amigos na quarta série, quando começaram a frequentar a mesma escola que eu. E Christopher, que era meu melhor amigo da vida. Nos conhecíamos desde a barriga das nossas mães, já que elas eram grandes amigas do colégio. E é por isso que depois de conseguir realmente apagar as velas, senti o dedo dele tocar a ponta do meu nariz com um pouco de chantilly.
Rolei os olhos e fiz o mesmo nele, e nos olhamos sorrindo. Christopher era uma das únicas pessoas que conseguia um sorriso facilmente de mim. Era difícil me fazer rir por qualquer coisa, a não ser que eu ficasse bêbada, aí sim, você poderia dizer qualquer palavra aleatória que eu estaria gargalhando.
Depois de abraçar as pessoas, roubei os docinhos que estavam na mesa enquanto minha mãe cortava a torta. Vi meus amigos sentados na sala de estar da minha casa, e me aproximei deles, colocando o docinho na boca.
— Candy, você já pensou no after? — Anahí me olhou com os olhos brilhando, louca pra encher a cara de álcool. Rolei os olhos porque já tinha dito para ela que não estava muito afim.
— Barbie, o que foi que falei pra você assim que você chegou? — Foi a vez dela de rolar os olhos.
— Docinho, para de ser chata. — Christian cutucou meu braço. — Os meus pais estão viajando, você sabe que é perfeito fazer o after lá em casa. — Ele falou um pouco mais baixo, se certificando que meus pais não iam escutar. — Não é sempre que a gente tem essa oportunidade. — Ele piscou para mim e eu ri, balançando a cabeça. — Ai bebezinho, dá um jeito nessa sua amiga insuportável. — Foi a vez de ele cutucar Christopher, que deu de ombros e riu.
— Vamos, Dul. Vai ser divertido. — Olhei para ele e rolei os olhos novamente, com um sorriso debochado nos lábios.
— Você está dizendo isso porque quer levar a sonsa da Mabel. — Ele riu.
— Não vou levar ninguém, Dul, eu já consegui o que eu queria com ela. — Ele piscou o olho pra mim e abri a boca incrédula. Cafajeste!
— Você não vale o que come, Uckermann. — Nós dois rimos. — Tudo bem, mas com a condição de que não vamos chamar ninguém que não nos conheça. — Falei séria e Anahí fez uma careta. — Tá, Tinker, você pode chamar o Poncho, mas só deixo porque eu quero que você saia dessa seca.
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Por nossos filhos
FanfictionMelhores amigos desde que nasceram, Dulce e Christopher estavam sempre grudados e, juntos, acabam descobrindo um sentimento a mais. Porém, o destino é algo que não se pode prever, e assim muitas coisas acontecem, bagunçando tudo e fazendo com que am...