Melhores amigos desde que nasceram, Dulce e Christopher estavam sempre grudados e, juntos, acabam descobrindo um sentimento a mais. Porém, o destino é algo que não se pode prever, e assim muitas coisas acontecem, bagunçando tudo e fazendo com que am...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Outubro de 1999
Depois de ficarmos um tempo esperando a liberação para ver a bebê de perto, Christopher finalmente pode pegá-la nos braços.
Nos colocaram em um quarto de maternidade mesmo, onde tinha aquelas poltronas enormes. Christopher sentou nela com a filha nos braços, que dormia tranquilamente.
Fiquei admirando e não acreditando que alguém teve a coragem de deixar essa coisinha tão linda para trás.
Christopher suspirou profundamente enquanto acariciava a mãozinha da bebê que ficava minúscula perto da dele. Ele a olhava com toda ternura e amor que poderiam existir dentro dele. Sorri sem mostrar os dentes.
— Não faço ideia de que nome dar para ela. — Sorrindo de canto. — Você consegue pensar em algo? — Ele me olhou rapidamente e eu dei de ombros.
— Não sei. — Suspirei. — O único nome de criança que eu consigo lembrar é daquela minha boneca que acompanhava a gente nos chás que eu inventava. — Eu ri pelo nariz e ele me olhou com a testa franzida.
— Como era o nome dela mesmo? — Dei de ombros de novo e fiz uma caretinha.
— Era Mariana. — Nós dois rimos e ele voltou a atenção dele para a bebê.
— Mariana. — A bebê reagiu com o nome, o que fez Christopher abrir um sorriso. — Você gosta desse nome, pinguinho de gente? — Ele acariciou a mãozinha dela. — Mariana Uckermann é um bom nome.
— É um nome lindo, Chris, e eu acho que combina com ela. — Eu disse abrindo um sorriso. Ele me olhou e sorriu também.
— Quer segurá-la? — Eu fiquei apreensiva no início, mas logo assenti com a cabeça que sim.
Christopher levantou da poltrona em que estava sentado, me dando seu lugar. Sentei e ele me entregou Mariana nos braços. A peguei com todo o cuidado e carinho do mundo, como se fosse capaz de quebrar. Olhei para ele e sorri, logo voltando a olhar para ela.
Mariana tinha cara de bebê recém-nascido, desses que a gente não consegue definir com quem se parece, mas, agora com ela em meus braços, posso perceber alguns traços. Ela tem o nariz e os olhos de Christopher, suas orelhas são pequenas, mas parecem com as dele também, a diferença maior, é que ela não é loira, coisa que ele era quando bebê.
Não há muito cabelo em sua cabeça, mas é fácil de perceber que são fios escuros, indicando que ela será morena. Seu nariz é pequeninho, mas seus lábios são grandes para um bebezinho desse tamanho.
É sério, admirando essa bebezinha em meus braços, não faz sentido nenhum alguém querer abandoná-la. Tão linda, tão pequena, tão frágil. Era óbvio que eu precisaria ficar ao lado de Christopher, agora mais do que nunca.
Levantei o rosto de novo e percebi que Christopher estava olhando pro nada, pensativo. Eu sabia o quanto ele estava preocupado com as últimas coisas que haviam acontecido.
— Você sabe que eu não vou te abandonar por nada nesse mundo, não sabe? — Ele ergueu o rosto, me olhando e sorrindo de leve.
— Eu juro que eu não sei o que seria da minha vida sem você, Dul. — Sorrindo de canto mais uma vez.
— Eu sempre vou estar aqui, Chris. — Sorri sem mostrar os dentes. — Vai ser divertido cuidar de uma bebê. — Ele balançou a cabeça e eu voltei a admirar Mariana, mas fomos interrompidos pelos pais dele que entraram no quarto.
— Sinto muito, filho, mas ela realmente foi embora do hospital. — Abri a boca e logo relaxei o rosto de novo, não era uma boa ideia demonstrar os meus sentimentos agora sabendo que meu melhor amigo ia desabar.
— Eu jurei que ela voltaria atrás, mãe. — Christopher resmungou. — O que eu vou fazer agora? — Passando a mão nos cabelos, preocupado.
— Filho, vai dar tudo certo. — Victor falou dando alguns tapinhas nas costas de Christopher. — Nós iremos te apoiar sempre, você não está sozinho.
— Você não está sozinho mesmo, Chris. — Completei. — Eu falei sério sobre ajudar a cuidar dela. — Sorri olhando para Mariana que dormia tranquilamente em meus braços.
— Dul, você não pode pegar essa responsabilidade para você. — Ele suspirou algo.
— Você é meu melhor amigo e eu nunca deixaria você passar por algo assim sozinho. Eu falo muito sério em ajudar a cuidar. — Pisquei para Christopher que suspirou alto e passou as mãos nos cabelos.
Eu tinha a plena certeza de que Mariana era perfeita e que ela tinha uma missão grande na terra e com certeza era me testar para saber se eu realmente sou responsável.
Depois de algumas horas, voltei para casa e encontrei meus pais na cozinha, os dois voltaram sua atenção para mim assim que eu entrei.
— E aí filha, como foi lá no hospital? Ale só me mandou uma mensagem dizendo que a bebê tinha nascido. — Minha mãe me olhou bem curiosa.
— Ela é linda, mãe. — Sorri sem mostrar os dentes. — Ela tem vários traços do Christopher. — Meus pais assentiram, mas me olharam com a testa franzida. — E também, a mãe dela a abandonou. — Os dois arregalaram os olhos no mesmo instante.
— Como assim a abandonou? — Meu pai disse sem entender, e incrédulo com a informação.
— Ela conseguiu a alta e falou pros pais do Christopher que estava indo embora. Os pais dela concordaram com tudo e eu até acredito que tenha sido influência deles isso, porque a menina é de uma família bem rica. — Dei de ombros.
— E o que Christopher vai fazer? — Minha mãe colocou a mão no peito. — Ele está bem? — Dei de ombros.
— Bem ele não está, mas ele tem um motivo pra ficar bem. Fora que eu disse pra ele que vou estar com ele sempre e ajudar com tudo. — Dei de ombros e eles me olharam com os olhos arregalados de novo.
— Dul, você é só uma adolescente, tem um grande futuro pela frente. — Meu pai disse preocupado.
— Christopher também é só um adolescente. — Suspirei e os dois assentiram com a cabeça. — E podem ficar tranquilos, não vou esquecer do meu futuro, pretendo manter a ideia da faculdade com intercâmbio. — Os dois assentiram, mas ficaram em silêncio. Eu sabia que eles estavam desconfiados e até preocupados, mas eu tinha mais coisas pra fazer e para organizar, precisava estar ao lado de Christopher em qualquer momento.
Eu sempre quis estudar numa faculdade fora do Brasil, e como sempre demonstrei esse interesse, meus pais acabaram juntando dinheiro para que eu pudesse realizar esse sonho. E eu vou realizar, só nesse momento, meu melhor amigo precisa de mim, e eu vou estar.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Oiii gente! Trouxe mais dois revisados pra vocês. Espero que gostem. Besos da Blan ♥