Capítulo 13

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Fevereiro de 2018

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Fevereiro de 2018

Depois de ter procurado a menina em quem esbarrei na entrada da faculdade sem sucesso, fui para a parada aguardar o ônibus que não demorou muito para chegar.

Alguns minutos depois, desci na parada próxima a casa da irmã de Dulce. Ajeitei a mochila nas costas enquanto o ônibus se afastava e quando olhei para frente, me deparei com Mariana sentada no balanço da pracinha do bairro. O que será que ela estava fazendo exatamente ali?

Num ato de impulso, atravessei a rua e me aproximei devagarinho dela. Eu sempre fui bom em fazer amigos, não sei nem porque estou me sentindo nervoso agora.

— Acabei de entender porque não te encontrei mais depois da aula. — Ela levantou o rosto para me olhar e abriu um leve sorriso assim que me reconheceu.

— Quer dizer então que você me procurou depois da aula? — Eu sorri um pouco envergonhado e me sentei do balanço que estava livre ao seu lado.

— Eu lembrei que não havia te agradecido por ter me levado até a minha sala de aula. — Ela sorriu sem graça e olhou para frente, se balançando um pouco. — Você mora por aqui?

— Sim, moro a uma quadra daqui. — Ela voltou sua atenção para mim novamente. — E você? — Ela perguntou um tanto curiosa.

— Eu estou ficando alguns dias na casa da irmã da minha mãe. — Ela franziu a testa, mas logo assentiu. — Ela mora aqui perto também, me mudei para fazer faculdade no Brasil. — Ela assentiu.

— E você veio de onde? — Ela perguntou curiosa, parecia realmente interessada em me conhecer.

— Estados Unidos, mas minha mãe é brasileira, por isso a minha facilidade em falar português. — Ela assentiu com um sorriso no rosto.

— E ela vai vir ficar com você no Brasil? — Ela franziu a testa e se balançou mais um pouco.

— Na verdade, ela espera que eu volte para casa nos Estados Unidos, mas acho um pouco difícil eu realmente querer fazer isso. — Ela riu pelo nariz assim como eu. — E você, Mariana? Não vai almoçar em casa? — Ela desviou o olhar e sorriu um pouco sem jeito.

— Pode me chamar de Lali. — Eu assenti e abri um pequeno sorriso. Lali é um belo apelido. — Na verdade, estou enrolando para voltar para casa e ter que escutar minha mãe dizer o quanto não sou tudo que ela quer que eu seja. — Senti uma pontada de tristeza naquela frase seguida de um suspiro.

— É realmente difícil quando os pais colocam expectativas absurdas em cima da gente e querem que alcancemos todas elas, quando na verdade, só queremos ser nós mesmos. — Ela me olhou surpresa ao escutar aquilo e logo abriu um sorriso sem mostrar os dentes, assentindo.

— Minha vontade é de ficar o dia todo matando tempo nessa pracinha, mas eu tenho que ir para casa. — Ela disse já se levantando do balanço. Fiz o mesmo.

Por nossos filhosOnde histórias criam vida. Descubra agora