time to death

98 16 48
                                    

billy loomis

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

billy loomis.

Dera uma última olhada no espelho antes de sair. Usava uma camisa polo bege que se ajustava bem ao corpo, destacando seus ombros largos. A calça cargo preta pendia folgada nos quadris, e no pulso direito, uma pulseira prateada refletia a luz do quarto, cada elo cintilando conforme ele movia a mão. Seu cabelo estava coberto de gel, penteado para trás, sem uma única mecha fora do lugar. O aroma discreto de loção pós-barba se misturava ao cheiro amadeirado de seu perfume, invadindo o ar com uma presença sutil, mas marcante. Ele olhou para si mesmo com indiferença, examinando cada detalhe como se procurasse por algo errado - algo fora de lugar. Mas não havia nada. Tudo estava no controle, ou pelo menos, deveria estar.

Ele suspirou, pegou as chaves do carro e saiu, deixando o som da porta batendo ecoando pelo corredor vazio de sua casa.

Chegara na casa de Stu Macher poucos minutos depois de ler sua mensagem. Ainda era dia, mas o sol estava coberto por nuvens de todo canto. Não me esforcei para descer do carro ou apertar a buzina, o próprio motor já deixava claro que havia um carro ali.

O nervosismo no meu peito estava insuportável. Era estranho, uma sensação que não fazia sentido. Como se eu tivesse um zumbido incessante nos ouvidos, mas não tinha. Ou como uma coceira no fundo da garganta que eu não conseguia alcançar. Toda vez que eu respirava, parecia que o ar ficava preso na metade do caminho e não completava o ciclo.

Eu sabia por quê. Claro que sabia. O simples pensamento de ver Stu me deixava assim. Era como estar em cima de uma montanha-russa, segundos antes da queda. O aperto, a tensão acumulada, esperando o impacto. Cada vez que eu me aproximava da casa dele, o peito parecia mais pesado, como se uma mão invisível estivesse me comprimindo por dentro.

Stuart abriu a porta, com aquele sorriso desleixado que sempre parecia provocativo, mesmo quando ele não tentava. Mickey Altieri estava logo atrás, balançando a cabeça como um cachorro que segue o dono por todo canto.

- Ei, Stu, não vai me apresentar pro seu namoradinho? - Mickey soltou a frase com aquele tom de deboche usual, e Stu deu uma risada seca antes de virar para ele, a expressão endurecendo.

- Cala a boca, Mickey! - Stuart resmungou, dando um empurrão leve no ombro dele. Ele ergueu as mãos, rindo, mas o sorriso não tocou os olhos.

Eles desceram os degraus da entrada, Mickey ainda jogava provocações pelo caminho. Quando chegaram ao carro, Stuart olhou pela janela do motorista e sorriu, aquele tipo de sorriso que parecia saber mais do que deixava transparecer.

- Fala aí, Billy - O amigo alheio tentou puxar assunto, inclinando-se para mais perto da janela, mas eu o ignorei.

Não propositadamente, quer dizer, não gostava daquele garoto e definitivamente não se importava se seria chamado de antipático por aquele grupinho específico. Mas além disso, não tinha o que falar com ele. O que poderia responder? "E aí"? Eu acho que não.

LIBERTÁRIOSOnde histórias criam vida. Descubra agora