"Corridas ilegais, diversas mortes, gângsters, trapaças, crimes, ambição, drogas e uma rivalidade sem fim".
Para os mais próximos eu me chamo Cassie, como eu poderia esquecer da noite em que o inferno na minha vida começou?
Eu vim para Tokyo em bus...
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Existem alguns estágios do Luto que todo mundo passa ou vai passar quando acaba de perder algo ou alguém importante. Em primeiro lugar vem a negação, o que seria a negação? A negação é quando você tem uma extrema dificuldade de aceitar o que aconteceu, você se recusa de todas as formas acreditar naquilo e pra mim é o pior estágio. Um tempo depois vem a raiva, a fúria de toda aquela coisa, toda aquela situação, voce se sente abandonada pela pessoa, por esse motivo acaba se estressando principalmente pelo fato de achar que a pessoa partiu porque ela quis, a raiva te faz se sentir egoísta. A negociação vem depois da raiva, você está neutro, nem feliz e nem triste, nem bem e nem mal, sua ficha já caiu sobre o tal acontecimento, isso não te deixa tão pra baixo como antes, meio que você só está "existindo". O penúltimo estágio é a depressão, a depressão no luto acontece quando você se pega preso nas melhores memórias, melhores momentos com a pessoa, você dissocia e quando volta para realidade leva um choque, ela não voltará mais, ela apenas existe na sua cabeça. E finalmente depois de todo o inferno do luto vem a aceitação, "felizmente" você aceitou o que aconteceu, então o gatilho não te deixa tão gatilhada mais, até porque agora toda as memórias e lembranças da pessoa querida sempre estará com você, por esse motivo dificilmente você vai se ver mal como antes, a saudade sempre vai existir, mas com o tempo você amadurece e vê que o que aconteceu precisava acontecer, não daquela forma, mas que a missão da pessoa na terra já havia sido concluída.
Eu ainda não consigo diferenciar e nem saber em que fase eu estou, um lado de mim aceitou a morte de Suki, o outro ainda tem uma certa dificuldade de aceitar que nunca mais verei a minha amiga de novo, e embora os dias nesse lugar não tem ajudado ninguém Suki jamais gostaria de ver sua "família" desse jeito.
Novamente eu não conseguia me lembrar de nada, e depois de tanto tempo eu estava no quarto de Tom, minha cabeça latejava como nunca, era como se tivessem jogado um tijolo nela.
—Finalmente você acordou. Dizia o mesmo me observando com seu corpo escorado na parede.
—Por quanto tempo eu apaguei? Perguntei confusa.
—O suficiente. Respondeu ele.
O silêncio mais uma vez se instalava naquele quarto, eu odiava aquela tensão, odiava a forma que Tom me encarava com aqueles malditos olhos sem brilhos, eu odiava aquele olhar dele, odiava tudo.
—Já estou bem, obrigada. Disse me levantando de sua cama.
—Espera aí. Dizia ele se aproximando de mim.
—Você sabe o motivo de Suki ter saído aquele dia? Ela foi se encontrar com alguém? Perguntou.
—Sim, ela me disse que iria se encontrar com um homem, ele se chamava Ren-Zu, alguma coisa assim.
—Vem comigo. Tom pegava no meu braço enquanto descia as escadas para a sala.
Eu estava sem entender nada, além de TokioHotel estarem escorados de braços cruzados na parede próxima ao grande sofá que havia naquela sala, haviam mais duas pessoas ali, eles estavam virados de costas para mim, ambos pareciam um casal o que me deixava extremamente confusa, afinal de contas quem são eles? Tom não recebia ninguém em sua casa, exceto quando tinha aquelas festas com toda sua gangue, mas eu reconheceria facilmente, até porque 99% são homens e as únicas mulheres eram Suki, Maya e eu.
