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Hyori
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Meus dias no castelo sem Zoro eram uma doce antecipação de tudo o que estava por vir. Eu preparava cada detalhe para sua chegada, sabendo que ele me pediria em casamento. Mesmo que ainda faltassem duas semanas, tudo já estava em movimento. Mas não era por amor. Meu coração não batia por ele, e sim pelo poder que estava ao meu alcance. O trono, o direito de ser Rainha. Era isso que me importava.
Mas então eles chegaram. E desde o primeiro momento, algo estava errado. Eu soube, como se pudesse sentir o veneno no ar. Zoro não veio sozinho, havia um intruso Sanji. Aquele maldito que ousava interferir no meu caminho. Desde então, todas as minhas ações foram friamente propositais, como as peças de um jogo de xadrez sombrio. Eu não queria Zoro. Eu o precisava.
Sanji. Era o obstáculo que eu não hesitaria em eliminar. Não era por amor a Zoro que eu suportaria todo aquele teatro que estava por vir. Era pelo trono. Eu nasci para governar, para ser Rainha. Sou uma Roronoa também, e isso exigia mais do que simples sentimentos. Isso exigia sacrifícios.
Desde nossa discussão no campo de treinamento a ideia veio a mim, uma mentira perfeita, um veneno mais letal do que qualquer lâmina e que depois de toda aquela notícia sobre o pobre Sanji seria o mais doce veneno que ele provaria, encaixaria de uma maneira tão suave e cruel; a gravidez. Farei um teatro grande o suficiente para que Zoro acreditasse. Eu o farei pensar que carregava seu herdeiro. Isso tornaria o pedido de noivado inevitável. Com um filho em jogo, ele não teria escolha. E com isso, o poder seria meu.
Mas claro havia um último problema. Sanji. Se Zoro acreditasse que eu estava grávida dele, Sanji teria que desaparecer. Sua presença ameaçava tudo, e uma vez que eu tivesse o anel no dedo, seria o fim dele. Matar Zoro não era uma opção, mas Sanji? Ele era descartável. Eu já imaginava sua morte, uma armadilha cuidadosa, limpa, sem rastros. E então, o castelo, o trono, o futuro, tudo seria meu.
Zoro cairia na minha rede, acreditando na mentira que eu tão habilmente teci. Eu fingiria amor, e ele, cegado pela ideia de uma família que Sanji não poderia oferecer, me daria tudo o que eu sempre quis. O poder.
E Sanji? Bom, ele não faria parte dessa bela história de amor.
O jogo estava apenas começando, e eu, com um sorriso frio nos lábios, já sabia como ele terminaria. Mesmo que realmente existisse um bebê em meu ventre, e eu tinha a certeza que estava ali, ele precisava estar. Essa manhã foi a garantia disso e essa noite seria a garantia que faria Zoro acreditar que fosse dele.
