Luas De Sangue E Prata: A Guerra Das Sombras.

Prólogo

Grécia antiga
Fim da guerra
500 milhões de anos atrás

No silêncio da noite, quando a lua cheia se escondia atrás de nuvens escuras, o campo de batalha outrora agitado agora estava quieto. O cheiro de terra molhada e sangue fresco pairava no ar, enquanto os corpos dos caídos - vampiros, lobisomens, bruxas, elfos, demônios e humanos - jaziam espalhados entre as ruínas de uma fortaleza esquecida. O conflito entre as raças finalmente havia chegado ao fim.

Mara, a última de sua linhagem vampírica, observava de uma colina próxima, os olhos vermelhos fixos no horizonte. Ao seu lado, Aiden, o alfa da matilha de lobisomens, exibia cicatrizes de batalhas recentes. Seu corpo ainda pulsava com a adrenalina do combate, mas seus olhos, agora humanos, refletiam cansaço e dor. Juntos, eles haviam selado uma aliança improvável entre suas espécies, uma que custara muitas vidas, mas prometia uma trégua jamais sonhada.

- Acabou - Aiden sussurrou, com a voz rouca - Pelo menos por enquanto.

Mara assentiu lentamente. Ela sabia que a paz nunca era duradoura no mundo dos seres sobrenaturais. Havia muitos segredos, traições enterradas no passado, e desejos insaciáveis de poder. Mas, por ora, havia silêncio. Havia espaço para a esperança.

- Vamos reconstruir - disse ela, virando-se para encará-lo. - Mas faremos diferente desta vez. Humanos, vampiros, lobisomens... todos juntos. Nenhuma guerra, apenas coexistência.

Aiden a observou por um momento, a expressão impassível.

- Espero que esteja certa, Mara. O mundo não suportaria outra guerra como essa.

O vento soprou suavemente entre eles, carregando os murmúrios das almas perdidas. E enquanto a lua finalmente se libertava das nuvens, banhando a terra com sua luz prateada, eles se afastaram, deixando para trás o campo de batalha. O futuro era incerto, mas pela primeira vez em séculos, havia uma chance de redenção.

No horizonte, outras criaturas emergiam das sombras. Demônios, bruxas, fantasmas... todos aguardando o que viria a seguir, observando de longe, silenciosos, mas atentos. A era das trevas não havia acabado, apenas mudado de forma. O verdadeiro teste ainda estava por vir.