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Capítulo 11: Obsessão e Desgosto

No domingo, o sol mal havia se erguido quando Lena despertou, os primeiros raios de luz invadindo o quarto pela janela semiaberta. Mesmo com a loja de roupas fechada, ela não conseguia ficar na cama por muito tempo. A mente já trabalhava nos desenhos que havia feito há semanas, vestidos que ainda não saíram do papel. Sua rotina matinal era um escape, uma forma de manter algum controle em meio ao caos que a cercava.

Descalça, caminhou pelo apartamento sem pressa, a brisa fresca tocando sua pele exposta. Ela estava apenas de calcinha, sem blusa ou sutiã, os seios nus refletindo sua indiferença quanto à solidão. O silêncio do apartamento era quase confortável, mas o hábito a fez puxar uma blusa antes de seguir até o banheiro. A água do chuveiro caiu pesada, quase como se tentasse lavar os resquícios da noite anterior, aliviando a tensão acumulada nos ombros. Cada gota levava um pedaço de sua inquietação, mas a mente permanecia ativa, tecendo pensamentos sobre o que ainda estava por vir.

Enquanto Lena se preparava para o dia, em outra parte da cidade, Liam estava encostado no carro, o motor desligado, observando fixamente o prédio dela. Ele conhecia cada detalhe daquele lugar. Sabia as horas em que as luzes se acendiam e se apagavam, conhecia os movimentos de Lena como se fossem uma extensão dos seus próprios pensamentos. Hoje não era diferente. As cortinas estavam apenas parcialmente fechadas, e foi assim que ele a viu. A visão da mulher nua, seus seios revelados enquanto ela se movia com uma naturalidade hipnotizante, o fez perder o controle sobre si mesmo.

Sua respiração acelerou, e o jeans começou a apertar de forma desconfortável enquanto sua ereção surgia sem aviso. O desejo o consumiu, seu corpo respondendo de uma forma que ele não conseguia evitar. Ele mordeu o lábio com força, quase com raiva de si mesmo, tentando manter o controle.

"Porra!" xingou entre os dentes, socando o volante com uma força desnecessária antes de arrancar o carro bruscamente. O som dos pneus ecoou pela rua, mas ele sabia que, no fundo, fugir daquilo era impossível.

De volta ao seu apartamento, Lena se olhava no espelho enquanto terminava de passar um batom de cor vinho intenso. O tom contrastava de maneira sedutora com a meia-calça branca que ela vestia, junto da saia vermelha e o suéter branco. Seu visual era cuidadosamente desleixado, algo entre o inocente e o provocante, e ela sabia o efeito que causaria. Os sapatos de salto completavam o conjunto, e os brincos de argola pendiam suavemente dos seus lóbulos.

Com um último olhar para si mesma, Lena pegou suas coisas, mascando um chiclete enquanto descia as escadas do prédio. Na calçada, chamou um táxi. O dia seria longo, e ela estava mais do que preparada para isso.

Liam, por outro lado, não conseguia se livrar da visão de Lena. Mesmo longe dela, cada detalhe daquela manhã estava gravado na sua mente. O modo como ela se movia pelo apartamento, a forma como os cabelos desarrumados caíam pelos ombros nus, os seios firmes que ele vislumbrou por entre as cortinas. Ele podia sentir o calor de seu corpo, o cheiro dela, mesmo sem estar fisicamente perto. Era uma obsessão que o corroía, e ele sabia disso. Mas não conseguia parar.

De volta à sua casa, Liam não encontrou ninguém à sua espera. A solidão da mansão o sufocava, mas era melhor assim. Ele não precisava de distrações. Sentia o corpo ainda quente, o desejo pulsando como uma força incontrolável. Trancou-se em sua suíte, o suor escorrendo pela testa enquanto tirava as roupas com pressa, cada peça caindo ao chão como se o libertasse de uma corrente invisível.

Ligou o chuveiro, a água quente mal tocando sua pele quando sua mão já descia pelo corpo, os dedos firmes envoltos em seu membro, já ereto. Fechou os olhos e lá estava ela novamente. Lena. Com seus olhos negros, misteriosos, o corpo entregue a ele, vulnerável, suplicante. O calor da água não era nada comparado ao calor que ela provocava nele. Ele se imaginava dominando-a, o corpo dela sob o seu, as mãos fortes segurando seus quadris, o som de seus gemidos ecoando em seus ouvidos.

As cenas se misturavam em sua cabeça. A memória do balcão da cafeteria, o jeito como ela o olhou naquela noite, o desejo não correspondido que queimava dentro dele. Ele a via de joelhos diante dele, submissa, sua boca próxima, pedindo por mais. O ritmo de seus movimentos aumentava, o prazer atingindo níveis insuportáveis. Ele estava prestes a explodir.

Imaginando-a nua, totalmente submissa, com aqueles olhos negros e provocadores, ele começou a se tocar, o prazer aumentando enquanto se via dominando-a por completo. A lembrança da noite na cafeteria, os gemidos, o toque dela... tudo vinha em flashes, intensificando seus movimentos. Ele podia quase sentir o calor do corpo dela, ouvir seu nome sussurrado entre os lábios dela. Foi quando ouviu batidas na porta.

"Liam?" Era Mary, sua voz hesitante.

"Porra, Mary! Que merda você quer?" Liam rugiu, a irritação evidente em sua voz rouca e cansada.

Mary entrou no quarto, sentando-se na cama e esperando que ele saísse do banheiro. Quando ele finalmente saiu, uma toalha enrolada na cintura e gotas de água escorrendo por seu peito definido, Mary mordeu o lábio inferior ao ver a cena. Mas Liam não se importava.

"O que você quer, Mary? Quer uma gorjeta por aparecer aqui sem ser chamada?" A voz dele era carregada de desprezo.

"Pensei que você fosse ficar feliz em me ver... você mal aparece em casa." Mary tentava não demonstrar a decepção, mas falhava miseravelmente.

"Estou procurando um apartamento," ele respondeu, indiferente, enquanto pegava roupas limpas.

"Você vai embora? Vai me deixar?" O tom de Mary agora era desesperado, mas Liam apenas revirou os olhos.

"Que saco, Mary. Você tá me irritando. Vai embora."

"Você está obcecado por outra pessoa, não está?" Ela se levantou, tentando se aproximar, mas Liam se afastou, seu olhar gélido.

"Você tá maluca. Que merda você tá falando?" Ele a encarou, sua paciência se esgotando.

"É isso, não é? De novo essa merda! Quem é a vadia que você tá comendo agora?!" Mary gritou, desesperada.

O rosto de Liam se contorceu de raiva. Ele avançou em sua direção, segurando seu rosto com força, apertando suas bochechas. "Você é uma idiota, Mary. Uma vadia burra. Não se mete na porra da minha vida!"

Mary estava apavorada, lágrimas começavam a escorrer por seu rosto. Mas Liam não a soltou de imediato. Quando finalmente o fez, a jogou com brutalidade na cama, como se ela não passasse de um peso morto.

"Por que não comigo, Liam? O que eu fiz de errado?" Mary soluçava, a voz cheia de desespero.

Ele riu, uma risada seca e cruel. "Você é um passatempo, querida. Só isso."

Mary se levantou aos tropeços, as lágrimas agora caindo livremente. Ela saiu correndo do quarto, batendo a porta com força. Humilhada, destruída, sabendo que nunca seria nada além de uma sombra na vida dele. Ela podia ter tudo... mas não o tinha. E isso a matava.

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Desculpem qualquer erro. Espero que tenham gostado!

YOU ARE MINE, LENA - Nicholas Alexander ChavezOnde histórias criam vida. Descubra agora