𝘂𝗺𝗮 𝗰𝗵𝗮𝗻𝗰𝗲

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𝗛𝗔𝗡'𝗦
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐

Os dias se passaram lentamente, cada um deles parecendo uma eternidade

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Os dias se passaram lentamente, cada um deles parecendo uma eternidade. Após o encontro no terraço, o que deveria ser um alívio se transformou em um mar de incertezas. Minho havia tentado se aproximar, mas eu cortei qualquer tipo de contato com ele. A dor ainda estava fresca e não conseguia suportar a ideia de vê-lo novamente. Cada mensagem que chegava ao meu celular, com o nome dele piscando na tela, era um lembrete constante de que tudo havia mudado.

Minho tentava. Ele me enviou mensagens perguntando como eu estava, se precisava de algo, mas eu não respondia. Era como se a ausência de palavras fosse a única maneira de mostrar minha dor. Quando cheguei ao escritório, ele estava lá, em seu lugar habitual, mas havia uma distância estranha entre nós. O olhar dele estava cheio de preocupação, mas eu me recusava a corresponder.

As fofocas sobre Minho na empresa continuavam. As conversas sussurradas que antes eram um murmúrio tornaram-se gritos, e cada vez que ouvia alguém mencionar o nome "Momo" em meio ao caos, um nó se formava em meu estômago.

— Será que eles ainda estão se pegando? O presidente Lee e aquela tal "Momo"? — ouvi uma voz feminina dizer em um canto da sala de descanso. Uma onda de ciúmes me invadiu, mas apenas me virei e continuei a caminhar. O que eles pensavam não importava. O que realmente doía era o que eu sentia.

Passaram-se dias e, com o tempo, a ausência de Minho se tornava mais pesada. Ele não parava de tentar entrar em contato, mas eu ignorei suas chamadas e mensagens. O silêncio na tela do meu celular era ensurdecedor. À noite, eu me encolhia na cama, a escuridão me envolvendo enquanto as lágrimas escorriam pelo meu rosto. O que eu realmente queria era sentir seu toque novamente, ouvir sua voz, mas o medo de ser machucado outra vez me paralisava.

Minho tentou entrar em contato com amigos comuns, mas eu os informei que não queria ver ninguém. Hyunjin, meu colega de trabalho, que sabia sobre meu relacionamento com Minho, veio até mim várias vezes, preocupado. Ele era uma das poucas pessoas que sabia a profundidade do que estava passando. Tentou me convencer a conversar com Minho, mas eu não estava pronto.

— Jisung, você precisa dar uma chance a ele — disse o Hwang certa manhã, enquanto tomávamos café. — Ele realmente se importa com você. Isso não é só uma fase.

— Ele me traiu, Hyunjin! — respondi, a frustração se acumulando. — Não posso simplesmente ignorar isso e voltar ao normal. Como você espera que eu olhe para ele e faça como se nada tivesse acontecido?

Hyunjin suspirou, sabendo que eu estava em um lugar doloroso. Ele tentava me apoiar, mas a verdade é que ninguém podia entender completamente o que eu estava passando. Aquela ferida estava profunda, e a ideia de ceder e dar uma chance a Minho parecia impossível. Em vez disso, optei por me isolar ainda mais, mergulhando em uma rotina monótona que me afastava de qualquer dor. O trabalho se tornou um refúgio, e eu me atirei em meus projetos, ignorando o mundo ao meu redor.

Os dias se transformaram em semanas, e eu me esforçava para manter a mente ocupada. O silêncio entre mim e Minho se tornou ensurdecedor. As mensagens continuavam a chegar, mas eu as ignorei como se fossem ruídos distantes. O que mais me machucava era pensar que ele meteu em outra pessoa, que havia me deixado de lado como se fosse apenas um capítulo descartável de sua vida.

Certa manhã, ao chegar ao escritório, vi Minho conversando com Felix. Ele parecia tão distante, tão diferente. O olhar dele não tinha a mesma alegria que costumava ter, e algo dentro de mim se partiu ao notar a tristeza em seus olhos. Mas eu rapidamente me lembrei da razão pela qual não podia voltar atrás. Eu precisava me proteger. Não podia me deixar ser machucado novamente.

Apenas algumas horas depois, ouvi Felix falando com um grupo de colegas. O tom dele era carregado de raiva e ciúmes.

— Ele acha que pode simplesmente fazer o que quiser e depois voltar como se nada tivesse acontecido — o loiro disse, sua voz alta o suficiente para eu ouvir. Senti um nó se formar em meu estômago. Eu não queria ser o assunto de conversa.

— Você viu a forma como ele olhava para Momo nas fotos? — outro colega comentou. — É como se ele estivesse se afundando em tesão.

— Claro que ele estava! — Felix retrucou. — Deve ter sido uma noite incrível para os dois, né?

A dor que eu sentia era como um eco distante, e a fala de Felix me atingiu de forma inesperada. Ele estava certo em algumas coisas, mas não era isso que eu queria ouvir. Meu coração batia acelerado, e eu tentei ignorar a conversa. O que mais me machucava era saber que todos estavam cientes da situação. O escândalo havia se espalhado muito rapidamente.

Naquela noite, quando cheguei em casa, recebi outra mensagem de Minho. Mas desta vez, ao invés de ignorá-la, meu coração se acelerou com a curiosidade. A mensagem dizia: "Jisung, por favor, me ouça. Eu preciso falar com você. Posso ir até a sua casa?"

O impulso de responder foi quase avassalador, mas eu segurei o celular com força. A ideia de vê-lo novamente me deixou dividido. Parte de mim desejava vê-lo, precisava da confirmação de que ele ainda se importava, mas outra parte queria se proteger da dor que poderia surgir.

Respirei fundo e me forcei a ignorar a mensagem. O que quer que ele tivesse a dizer poderia esperar. Eu não estava pronto para ouvir mais promessas vazias. No entanto, aquela noite, enquanto tentava dormir, o peso de sua ausência pesava ainda mais sobre mim. As lembranças de nossos momentos juntos inundavam minha mente, e eu lutava contra a sensação de que tudo estava desmoronando.

Os dias continuaram a passar, e a pressão aumentava. Eu ainda não tinha coragem de enfrentar Minho, mas também não conseguia evitar o que sentia por ele. Era um ciclo interminável de dor e confusão, e, a cada dia que se passava, parecia que a chance de consertar as coisas diminuía. Mas eu não estava pronto para desistir. Não ainda.

𝗺𝗲𝗿𝗱𝗮! 𝗳𝗶𝘇 𝗮𝗺𝗼𝗿 𝗰𝗼𝗺 𝗼 𝗖𝗘𝗢, 𝗆𝗂𝗇𝗌𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora