𝗱𝗼𝗿

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𝗛𝗔𝗡'𝗦
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐

O dia estava sendo mais longo do que eu esperava, e minha cabeça ainda latejava com os resquícios da ressaca

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O dia estava sendo mais longo do que eu esperava, e minha cabeça ainda latejava com os resquícios da ressaca. A manhã passou num borrão de tarefas mecânicas e tentativas frustradas de me concentrar. Finalmente, a hora do almoço chegou e, com ela, a oportunidade de escapar por um tempo. Eu, Felix e Hyunjin, que eu e meu amigo loiro "adotamos", já que ele se isolava, decidimos ir ao refeitório para comer algo. Meu estômago embrulhado por conta da bebedeira da noite anterior estava aos poucos voltando ao normal, e qualquer coisa sólida parecia uma boa ideia.

Sentamos numa mesa no canto do refeitório, longe do barulho, tentando manter a conversa leve. Felix, sempre o piadista, tentava me animar contando sobre uma reunião absurda que teve mais cedo, mas minha mente vagava. Desde que o vi na palestra, Minho não saía da minha cabeça. Aquela frieza, aquela distância, como se eu não fosse ninguém. Eu precisava falar com ele, entender o que estava acontecendo.

Terra chamando Han — Hyunjin, sempre bobo, brincou, me cutucando com um sorriso travesso. — Você tá com a cabeça nas nuvens de novo.

— Ah, desculpa, cara. Acho que 'tô um pouco distraído. — Tentei rir, mas ele me conhecia bem demais para ser enganado.

Felix, do outro lado da mesa, levantou uma sobrancelha. — Isso aí tem nome e sobrenome? Ou é só ressaca mesmo?

Antes que eu pudesse responder, algo chamou minha atenção pelo canto do olho. Lee Minho. Ele estava passando pelo corredor que levava ao refeitório, com sua postura impecável e aquele ar sério que parecia comandar o espaço ao redor dele. Ao lado dele, Jeongin, seu secretário, o acompanhava, conversando com uma expressão amigável no rosto. A visão de Minho ali, tão próximo, fez meu coração acelerar. Era minha chance de falar com ele. Esclarecer tudo. Talvez eu estivesse sendo dramático, mas precisava de alguma resposta.

— É agora ou nunca — murmurei, me levantando apressadamente, sentindo o sangue correr mais rápido pelas veias. Meus dois amigos trocaram olhares confusos, mas eu não me importava. Precisava falar com Minho.

Comecei a caminhar rapidamente, quase correndo na direção deles. Cada passo era uma mistura de nervosismo e determinação. Eu precisava alcançá-lo, precisava que ele me ouvisse dessa vez. Só que, no meio do caminho, algo deu terrivelmente errado. Meu pé escorregou num pequeno degrau, e, antes que eu pudesse me equilibrar, tropecei com força.

Senti o chão se aproximar rapidamente, e meu corpo foi jogado em direção a um pequeno jardim de pedrinhas que decorava o corredor. Tentei amortecer a queda, mas foi inútil. Meu joelho bateu com força no chão coberto de pedras, e a dor imediata fez meu corpo inteiro se contrair. Era como se uma onda quente e latejante tomasse conta da minha perna, espalhando-se por todo o meu corpo.

Eu caí de lado, gemendo baixo, e, quando olhei para baixo, vi que meu joelho estava ralado, sangue começando a se misturar com a poeira das pedras. A dor física se misturava com uma sensação de humilhação crescente. A adrenalina, que antes me movia, agora se transformava em desespero.

𝗺𝗲𝗿𝗱𝗮! 𝗳𝗶𝘇 𝗮𝗺𝗼𝗿 𝗰𝗼𝗺 𝗼 𝗖𝗘𝗢, 𝗆𝗂𝗇𝗌𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora