𝗽𝗼𝗿 𝗾𝘂𝗲 𝘃𝗼𝗰𝗲̂ 𝗲́ 𝗮𝘀𝘀𝗶𝗺, 𝘀𝗲𝘂 𝗺𝗲𝗿𝗱𝗮?

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𝗔𝗨𝗧𝗢𝗥𝗔'𝗦
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐

O sol mal havia surgido no horizonte quando o Han despertou, sentindo os primeiros raios de luz filtrarem-se pelas cortinas do quarto

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O sol mal havia surgido no horizonte quando o Han despertou, sentindo os primeiros raios de luz filtrarem-se pelas cortinas do quarto. Ele piscou lentamente, ainda grogue pelo cansaço da noite anterior. Ao seu lado, Felix dormia tranquilamente, o rosto relaxado em uma expressão de paz que fazia Jisung sorrir, ainda que de maneira frágil.

Ele se virou na cama, encarando o teto enquanto a mente começava a processar os eventos da noite passada. O calor e a intimidade entre ele e o sardento ainda estavam presentes, gravados em seu corpo e mente. No entanto, por mais que tentasse, algo parecia... faltando.

Foi bom — pensou, enquanto sua mão vagava distraída sobre o lençol. — O Lix foi incrível, como sempre. Mas...

Uma inquietação se instalou em seu peito. Não era que o Lee não soubesse como tocá-lo, como fazê-lo se sentir desejado. Pelo contrário, o loirinho sempre tinha sido atencioso, carinhoso até demais. Mas, ainda assim, havia algo diferente. Algo que não estava ali, que não preenchia o vazio que o Han tentava ignorar desde o escândalo envolvendo Minho.

Ele não conseguiu me deixar de pernas bambas como o Minho fez... — A verdade passou por sua mente, nítida como um raio em um dia claro. Aquela confissão interna o fez suspirar profundamente, como se uma parte de si estivesse tentando resistir a essa constatação, mas sem sucesso.

Jisung fechou os olhos, relembrando da última vez que esteve com o Lee mais velho. A intensidade do toque, a forma como Minho o fazia se sentir completo, como se o mundo ao redor não importasse quando estavam juntos. Ele se lembrava de como suas pernas fraquejaram depois daquela noite, como seu corpo parecia não ser mais capaz de funcionar corretamente, completamente rendido ao prazer que Minho havia proporcionado.

— Por que eu 'tô pensando nisso agora? — se repreendeu, tentando afastar aquelas memórias. Ele se mexeu na cama, mas não conseguiu impedir que a mente voltasse àqueles momentos intensos com Minho. Cada beijo, cada toque, cada gemido compartilhado entre eles parecia gravado em sua pele.

Virou a cabeça para o lado, observando Felix ainda profundamente adormecido. Sentiu uma pontada de culpa se misturar à confusão. — Eu queria isso, não queria? Tentei me afastar de Minho, me convencer de que era o melhor para mim. Felix é seguro, é gentil... Então por que ainda estou preso a ele?

O Han se levantou da cama com cuidado, tentando não acordar o mais velho. Precisava de um pouco de ar, de um momento sozinho para colocar os pensamentos em ordem. Caminhou até a janela e abriu as cortinas, deixando a luz inundar o quarto. A brisa matinal entrou suavemente, trazendo consigo uma sensação de frescor que contrastava com o turbilhão que acontecia em sua mente.

Enquanto observava as ruas lá fora, Jisung se pegou pensando em como a vida havia se complicado tão rapidamente. Antes, ele e Minho eram apenas conhecidos que se pegavam de vez em quando, mas a relação nunca foi fácil. Minho tinha essa habilidade única de tirá-lo do eixo, de bagunçar tudo o que Han acreditava ser verdade sobre si mesmo.

— O que eu 'tô fazendo? — sussurrou para si mesmo, apertando as mãos contra o peitoril da janela. — Por que, mesmo depois de tudo, ainda me sinto assim por ele?

A sensação de vazio que Felix havia deixado, apesar de todo o carinho, só aumentava a dúvida em Han. Ele sabia que não era justo com o loiro, que merecia alguém que estivesse completamente entregue a ele, mas Jisung não conseguia. Não conseguia tirar Minho da cabeça, e isso o machucava profundamente.

Felix começou a se mexer na cama, o que fez o Han se afastar da janela e caminhar até o banheiro, buscando algum espaço para si. Fechou a porta silenciosamente, encarando seu próprio reflexo no espelho. Seus olhos estavam inchados de tanto chorar nos últimos dias, o rosto marcado pelo cansaço emocional.

— Por que você é assim, seu merda? — ele se perguntou, sentindo a frustração crescer. — Por que é tão difícil deixar ele para trás? Ele não teve um pingo de empatia com você e, mesmo assim...

As memórias das noites com Minho voltavam, cada vez mais vívidas. A forma como o Lee mais velho o beijava com urgência, como suas mãos grandes sabiam exatamente onde tocar, como ele sussurrava seu nome de um jeito que fazia o Han perder o fôlego. Não era só sobre o físico, havia uma conexão entre eles que Jisung não conseguia explicar. Uma conexão que Felix, por mais que fosse carinhoso e atencioso, não conseguia replicar.

Ele passou as mãos pelo cabelo escuro, tentando se concentrar. — Eu preciso parar de pensar nisso. Eu preciso seguir em frente. — Mas cada vez que tentava, a comparação entre os dois Lee's ficava mais clara. Felix o confortava, mas não o consumia. Felix o desejava, mas não o fazia desmoronar por dentro. Minho, por outro lado, o bagunçava completamente.

O Han suspirou, sentindo o peso de tudo isso em seus ombros. Ele sabia que não poderia continuar assim, perdido entre dois mundos, entre dois homens que, de formas tão diferentes, mexiam com ele. Precisava tomar uma decisão, mas, naquele momento, parecia impossível escolher entre o conforto e a segurança do loiro e a paixão avassaladora que Minho provocava em seu coração.

Ao sair do banheiro, encontrou Felix já acordado, sentado na cama e olhando para ele com uma expressão tranquila, mas curiosa.

— Bom dia, Ji — disse com um sorriso suave, enquanto se espreguiçava. — 'Tá tudo bem? Você parecia um pouco distante agora há pouco.

O Han tentou forçar um sorriso, mas sentiu a dificuldade de sustentar a fachada.

— Sim, tudo bem... só preciso de um pouco de ar fresco. A noite passada foi intensa — respondeu, tentando desviar a conversa de seus sentimentos confusos.

O Lee sorriu, se levantando e indo até Han. Ele envolveu os braços ao redor de sua cintura pequena, puxando-o para perto.

— Eu sei que foi. E você 'tava um gostoso... — murmurou contra a pele do menor, deixando um beijo suave em seu pescoço. — Podemos repetir quando quiser.

O toque de Felix era carinhoso, mas a mente de Jisung estava a quilômetros de distância, presa entre o que sentia por Felix e o que não conseguia esquecer sobre Minho.

Enquanto o loiro o segurava, o Han olhou para o reflexo de ambos no espelho do quarto. Por fora, tudo parecia certo, mas por dentro, a tempestade de emoções continuava a devastá-lo.

𝗺𝗲𝗿𝗱𝗮! 𝗳𝗶𝘇 𝗮𝗺𝗼𝗿 𝗰𝗼𝗺 𝗼 𝗖𝗘𝗢, 𝗆𝗂𝗇𝗌𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora