𝘂𝗺 𝗷𝗼𝗴𝗼 𝗱𝗲 𝗺𝗮́𝘀𝗰𝗮𝗿𝗮𝘀

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𝗔𝗨𝗧𝗢𝗥𝗔'𝗦
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐

Felix sempre soube que sua vida era um jogo de máscaras

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Felix sempre soube que sua vida era um jogo de máscaras. Desde o dia em que entrou no mundo sombrio da máfia, ao lado de seus irmãos, Lee Jeongin e Minho, ele compreendeu que nunca poderia ser completamente ele mesmo. O Felix alegre, cheio de sorrisos sinceros e abraços apertados, era uma fachada. E, com o tempo, aquela fachada se tornou tão parte dele que às vezes ele mesmo esquecia o quão fundo estava enraizado nesse teatro.

A responsabilidade de ser o secretário pessoal de Jeongin, o chefe da máfia, era algo que o loirinho carregava com a serenidade que aprendera a desenvolver. Cada ordem que transmitia, cada transação que coordenava, era um lembrete do peso que tinha sobre os ombros. O mundo à sua volta era cruel, mas ele se acostumara a essa crueldade. O que nunca deixou de incomodá-lo era o quanto tudo isso precisava ser mantido em segredo de Minho.

Lee Minho, seu irmão mais velho, vivia completamente alheio à verdade. Ele não fazia ideia de que Felix, seu doce irmão caçula, estava envolvido até o pescoço em algo tão perigoso. A mentira, embora necessária, tornava-se um fardo insuportável às vezes. Especialmente quando Minho ligava para Felix, perguntando sobre seu dia ou tentando marcar um jantar para relembrar os bons tempos. Era nessas horas que Felix sentia o peso de tudo o que escondia. A saudade dos momentos normais.

Pior ainda, havia Jisung. Han Jisung era o amigo mais próximo de Felix e, de certa forma, sua salvação. Ele era a única pessoa no círculo social de Felix que ainda trazia um pouco de leveza à sua vida. Eles eram cúmplices nas aventuras, nas piadas, no dia a dia. E Jisung nunca desconfiou. Nunca percebeu que Felix era muito mais do que o amigo confidente que sempre estava ali para oferecer uma cerveja ou um ombro para chorar.

Na verdade, tudo fazia parte do plano.

Lee Felix havia sido instruído por Jeongin a se aproximar de Jisung. Ele seria a peça chave para encontrar Minho, que, de forma inesperada, estava destinado a ser envolvido na máfia de alguma maneira. Ainda que Minho não soubesse, seu envolvimento com a máfia era inevitável. Jeongin tinha planos maiores para os três irmãos, e Minho seria a última peça do quebra-cabeça.

Agora, Felix estava preso em uma teia de mentiras. Fingir gostar de Jisung – ou pelo menos dar a entender que havia algo mais do que amizade – fazia parte da estratégia. Mantê-lo perto, cego para a verdade, enquanto todos os movimentos eram cuidadosamente orquestrados. Mas não era fácil, principalmente porque Jisung sempre foi muito genuíno. Havia uma doçura nele que tornava essa tarefa muito mais difícil. Às vezes, Felix se pegava imaginando como seria se tudo fosse verdade – se pudesse viver uma vida sem mentiras, onde ele e o Han pudessem ser apenas amigos de verdade.

Você está pensando demais de novo — sussurrou para si mesmo, enquanto caminhava pelos corredores sombrios da sede da máfia. O prédio, um armazém abandonado reformado com luxo decadente, era o coração da organização. As paredes, frias e escuras, refletiam a natureza das atividades que aconteciam ali. Felix era meticuloso em seus passos, sua expressão calma, impenetrável.

𝗺𝗲𝗿𝗱𝗮! 𝗳𝗶𝘇 𝗮𝗺𝗼𝗿 𝗰𝗼𝗺 𝗼 𝗖𝗘𝗢, 𝗆𝗂𝗇𝗌𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora