ꞋꞌꞋ💋.༆˖ ࣪—Bem-vindos
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❥・・ ┈┈┈┈┈༚༅༚˳ . ୨୧ . ˳༚༅༚┈┈┈┈ ・・❥Rosalyn olhou pela janela do táxi enquanto Nova York passava como um borrão, uma cidade cheia de vida que contrastava com o silêncio que agora habitava sua casa. A mudança não era apenas de lugar, mas de tudo o que ela conhecia. Sua mãe, Celeste, ao seu lado, mantinha os olhos fixos na estrada, segurando as lágrimas que há dias tentavam escapar. A casa que as aguardava era pequena e simples, uma tentativa de recomeço em meio à dor. O pai de Rosalyn, que outrora preenchia seus dias com risadas, agora era apenas uma lembrança, carregada com elas nessa nova jornada.
O jantar na casa vazia foi doloroso,essa mudança tinha sido tão planejada pelo meu pai, não tê-lo aqui é a pior punição que o mundo pôde nos dar. O ar não estava apto para conversas mas eu não consegui ficar calada.
–Mãe, quando estávamos se mudando para cá,eu andei pensando em começar à trabalhar—Eu disse,enquanto cortava o pedaço de bife que confesso eu,estava bem borrachudo mas eu não iria comentar sobre isso. Ela levantou a cabeça dela que estava cabisbaixa e me olhou,as bolsas embaixo dos olhos dela me deixavam com um nó horrível na garganta
— Ah.. não precisa disso,você ainda é muito jovem para pensar nisso Rosalyn– ela disse com um pequeno sorriso, eu sabia que ela não daria conta de tudo aquilo sozinha. Se eu pudesse mudar o passado o meu pai ainda estaria aqui com nós duas,mas eu não poderia deixar minha mãe fazer este trabalho sozinha.
— Celeste por favor,eu não quero me sentir um peso nas suas costas,ser a matriarca da família sem auxílio do patriarca não é fácil!– Eu disse e soltei o ar que estava preso em minha garganta,Eu vi a expressão dela murchar um pouco e ela mexeu a boca para dizer algo mas eu à cortei
— Eu não me importo se o meu primeiro emprego seja como uma empregada ou faxineira,eu só quero ser capaz de te ajudar com tudo que eu puder.– Ela suspirou e me olhou
— Rosalyn..,eu vejo o seu pai em você,tão forte e corajosa para enfrentar o futuro,obrigada..– Celeste deu um sorriso e eu retribui,era reconfortante num momento de perda como agora.
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03 De Março de 1960Fazia 1 mês que eu e minha mãe nos mudamos para Nova York, a rua que nós moramos é bem calma e os vizinhos são gentis mas bem barulhentos dependendo da ocasião. Porém um certo dia eu ouvi o sininho da bicicleta do carteiro,que sempre trazia os jornais da gazeta mais famosa de Nova York na década de 60,ele lançou o jornal na porta e eu fui até a porta e a destranquei,abri e peguei o jornal que estava no chão rústico e entrei devolta,desamarrei a fita que envolvia o papel,e abri o jornal,vendo quais seriam as notícias de hoje.
Resumidamente seria sobre a guerra que estava acontecendo em outro país então nem dei importância,até que cheguei na parte de que estavam contratando para faxineira em uma empresa,arqueei minhas sobrancelhas e fui até a gaveta do armário e peguei a caderneta e anotei o nome do bairro e da rua,e guardei o jornal na gaveta.
Peguei um pedaço de papel e escrevi um bilhete à mamãe,quando ela chegasse do trabalho de costureira dela,ela iria ver. Fui ao meu quarto e me direcionei até o meu pequeno armário de roupas e sapatos, abri e fui escolher uma roupa que remetesse à ocasião que eu iria enfrentar
— hm,muito colorido e esse é muito chamativo – fiquei minutos tentando escolher uma roupa que fosse simples o bastante,até que achei uma blusa verde oliva e uma saia rodada branca longa,eu gostava de saias que marcavam minha cintura,era o charme na época e desde pequena vi muitas modelos usando.
Já vestida nas peças de roupa,me sentei na penteadeira e molhei o meu cabelo só para umedecer,usei meus dedos para pentear os fios castanhos claros com uma definição não muito ondulada,eu peguei uma escova e nas pontas penteei para fora—fazendo uma pequena onda,peguei uma tiara branca e coloquei,me olhei no espelho da penteadeira e sorri levemente,eu não me considerava feia e nem tão bonita,eu era um padrão normal da época. Me apressei em sair mas antes arranquei a folha com o endereço da empresa e saí de casa,deixando a chave embaixo do tapete e fui andando,olhando ao redor e vendo os carros passando,respirei o ar fresco para me acalmar e olhei o endereço e perguntei à alguns lojistas se poderiam me guiar até tal rua e uma doce mulher me deu as direções e eu às segui.
Cheguei na frente da empresa,era enorme e muito bonita..,respirei fundo e entrei pela porta que balançou o sino quando eu entrei,chamando a atenção de uma mulher mais de idade que estava no balcão,ela me olhou enquanto arrumava alguns papéis e limpou a garganta.
— como posso ajudar? – ela perguntou e eu me aproximei do balcão,respirei fundo e a olhei
— hoje eu vi no jornal que tem uma vaga para faxineira aqui nessa empresa e eu me interessei – eu disse no tom mais calmo que consegui embora o meu coração estivesse acelerado.
— A vaga ainda está disponível?– perguntei e a mulher me olhou e deu um sorriso meigo
— Sim querida,ainda tem a vaga,você é a primeira jovem que compareceu aqui interessada nessa vaga – ela disse e colocou a pilha dos papéis em outro canto e pegou um caderno e uma caneta de pena e folheou para a outra página.
— poderia me dizer seu nome,querida?
— Eu me Chamo Rosalyn Toccheton,mas me chame de Rosalyn ou Rosa – eu disse com um sorriso e ela retribuiu o sorriso e anotou o meu nome
— Qual a sua idade?
— 16 anos.
— Certo,eu irei avisar ao Sr. Benjamin,pode aguardar ali— se quiser café ou chá tem dentro daquelas duas garrafas,fique a vontade.
A mulher desapareceu em uma porta e subiu pelas escadas,eu me sentei na cadeira e observei a furnitura da empresa e os quadros dos possíveis anteriores donos e foto dos herdeiros da empresa. O nervosismo era grande e cravei levemente minhas unhas na minha coxa por cima da fábrica da minha saia, a mulher desceu as escadas e um homem veio logo atrás e os olhos dele pousaram em mim e ele deu um pequeno assento de cabeça
— Você é a Rosalyn,certo? – Ele me perguntou e eu assenti com a cabeça
— me acompanhe por gentileza – ele disse e eu me levantei indo atrás dele.
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E lá estava eu sentada na frente dele enquanto ele folheava alguns papéis e me fazia uma surra de perguntas,eu respondia mas por dentro eu ficava:"valha meu pai"
— penúltima pergunta,O que te trouxe até aqui,Senhorita Rosalyn? – ele me olhou profundamente nos olhos e eu engoli seco e suspirei,me dava gatilhos de lembrar da expressão melancólica e exausta da minha mãe e lembrar do meu pai sendo velado em um caixão de madeira robusta
— eu vim aqui para poder ajudar a minha mãe em casa,não quero depender dela e quero ajudar nas nossas necessidades – eu disse sincera e o olhei nos olhos e ele assentiu e sorriu levemente
— você é diferente das outras garotas da sua idade Rosalyn – ele disse enquanto terminava de fazer a ficha
— você é destemida e quer ser independente,tem muita empatia dentro do seu coração e eu admiro isso,será um prazer tê-la em minha empresa. – ele disse tudo com um sorriso singelo e os meus olhos brilharam e eu senti todo o peso sair das minhas costas
— Oh meu Deus,muito obrigada mesmo! – Eu disse aliviada e ele me entregou a ficha e iria dizer algo até que um jovem rapaz abriu a porta numa disparada e entrou dentro da sala. Os olhos âmbar pousaram em mim e os meus olhos mel pousaram nele.
Trocando olhares...
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⭒❃.✮:▹Notas da autora: ficou bemmm longo😞,mas espero que sua experiência tenha sido boa,até logo anjinho!
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𝐎 𝐝𝐢á𝐫𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐮𝐝𝐚𝐧ç𝐚
RomansaNos anos 60, Rosalyn se viu enfrentando um dos maiores desafios de sua vida quando seu marido, Baltazar, foi convocado para a Guerra do Vietnã. Este conflito, que se tornou um dos mais notórios da época, envolveu os Estados Unidos e outros países em...