31. The Call of the Wild

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A discussão já durava horas, e ninguém parecia chegar a um consenso. Minha paciência estava se esgotando. Regina insistia que poderia usar magia novamente, mas Emma dizia que Peter sentiria isso de longe. Encantado, sempre o otimista, sugeriu capturar os Garotos Perdidos e encurralar Peter, mas Killian, meu pai descartou a ideia, argumentando que Peter nos anteciparia antes mesmo de fazermos qualquer coisa.

Suspirei, irritada com a falta de um plano decente. Limpei a garganta, chamando a atenção de todos.

- E se eu fingir que não lembro de nada? - comecei. - Deixo Peter acreditar que me quebrou. Assim, ele baixa a guarda e ganhamos tempo para agir.

O silêncio que se seguiu durou pouco. Josh soltou uma risada cínica, mal contendo seu sarcasmo.

- Finalmente! Uma ideia útil vinda de você. Já estava na hora de fazer algo que preste. - ele comentou.

Revirei os olhos, irritada. Claro que ele faria uma provocação.

- Interessante você falar de utilidade, Josh - respondi com doçura venenosa. - Talvez se você não tivesse falhado miseravelmente da última vez, já teríamos acabado com isso.

- Quem você pensa que é pra falar assim? Você é a principal razão de estarmos nessa confusão! - Ele ficou vermelho de raiva, se levantando- de um salto.

Eu estava prestes a responder à altura, mas Atlas nos interrompeu com uma voz dura e autoritária.

- CHEGA! - Ele gritou, sua voz ressoando pela sala. - Vocês dois estão atrapalhando. Isso aqui não é uma briga de ego. - Seus olhos se fixaram em mim, como se eu fosse a única culpada pela confusão. - Galadriel, foque no plano. Pare de criar mais problemas!

Fiquei boquiaberta, mas antes que pudesse reagir, Avril decidiu intervir, com um sorriso amargo nos lábios.

- Na verdade, ele tem razão. Talvez você devesse ir mesmo, Galadriel. Afinal, estamos nessa por sua causa. - Ela deu de ombros, como se a culpa já estivesse decidida.

Atlas se virou para ela, seu olhar gelado.

- Avril, cala a boca. - Sua voz era cortante, sem espaço para discussão. - Ninguém aqui precisa das suas opiniões venenosas agora. Se não for para ajudar, fica quieta. G Ele a fuzilou com os olhos, e ela, surpresa com a brutalidade, abriu a boca para retrucar, mas ele a cortou antes que qualquer palavra escapasse. - Se você realmente quisesse ajudar, não estaria jogando mais lenha na fogueira.

Avril ficou em silêncio, mas seu olhar cheio de rancor ainda queimava. Meu pai, que havia assistido tudo, finalmente se pronunciou.

- Galadriel não vai fazer isso. É arriscado demais. - O encarei, levantando uma sobrancelha.

- E você tem alguma ideia melhor? - Eu perguntei e ele ficou em silêncio.

Regina olhou para mim e acenou em aprovação. Henry, mesmo relutante, também concordou. Eu sabia que o plano era arriscado, mas, naquele momento, parecia ser a nossa única opção.

- Não mostre seus pontos fracos. Peter vai tentar usá-los contra você. - Regina me olhou com firmeza, como só ela sabia fazer, e disse.

Assenti, absorvendo o conselho. Ela estava certa, como sempre. Eu teria que ser cuidadosa, não poderia me permitir vacilar diante dele.

Minha mãe, que havia estado em silêncio por um tempo, se aproximou de mim com aquele olhar preocupado. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, senti seus braços ao meu redor, me envolvendo em um abraço apertado.

- Por favor, tome cuidado - ela sussurrou em meu ouvido. - Nós vamos logo atrás de você, só ganhe o tempo que precisamos.

Eu a abracei de volta, sentindo o peso da preocupação de todos. Quando Emma se afastou, Mark se aproximou e, sem dizer uma palavra, me entregou uma faca. O cabo era frio em minhas mãos.

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⏰ Última atualização: 16 hours ago ⏰

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