Capítulo 04 - Reunião

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"A sua futura esposa!" A frase de Ávila ressoava nos ouvidos de Niko com uma mistura de surpresa e preocupação.

Maria Gládis não conseguiu conter o sorriso, divertindo-se com a situação.

— Ávila, assim você vai fazer o seu filho acreditar nisso! — ela exclamou, virando-se para Niko. — Não se preocupe, meu querido. Não dê ouvidos às "pérolas" da sua mãe. Sou apenas sua mais nova amiga... e, claro, amiga da família!

Niko sorriu, mas uma tensão pairava no ar.

— Gente, que clima pesado! Vamos voltar à festa — disse Ávila, tentando quebrar o gelo. — Vou ao meu quarto me trocar para a piscina. Niko, mostre a casa à nossa nova hóspede, e Maria Gládis, fique à vontade; eu já volto... Tenébrio, venha comigo!

— Com licença... "casal"! — brincou Tenébrio, enquanto saíam.

A cena retorna ao interrogatório na delegacia, onde a atmosfera era tensa. Tenébrio, visivelmente nervoso, esforçava-se para se explicar.

— E foi assim que eu conheci Maria Gládis. Nunca tivemos muitos papos...

Aymeê, a delegada, interrompeu.

— E como a sua carteira foi parar no quarto em que estava o corpo da vítima?

Tenébrio hesitou.

— Pode ter caído do meu bolso quando fui usar o banheiro do quarto...

— Com tantos banheiros lá embaixo, por que usou justamente o banheiro de cima? — questionou Aymeê, desconfiada.

— Não posso mais usar o banheiro? E doutora, a suíte de dona Ávila é a mais confortável da mansão! — retrucou Tenébrio.

— E o seu bolso, por acaso estava furado? Logo você, que só usa roupas da mais pura qualidade...

A advogada de Tenébrio, doutora Violeta, interveio.
— A senhora está insinuando algo sobre o meu cliente?
Aymeê respondeu, desafiadora.

— Não estou insinuando nada! Estou apenas fazendo meu trabalho. Diferente de outras, não é?
— Diferente em que sentido? — Violeta perguntou, percebendo a indireta da delegada. — Vamos ser sinceras, delegada. A senhora ainda não se conformou em ter perdido o Tenébrio para mim, não é?

Aymeê soltou uma risada desdenhosa.

— Doutora Violeta, a senhora é realmente cômica..., Mas Tenébrio, você está liberado. Podem ir, mas não pense em sair da ilha! E quanto a você, doutora, ainda vamos nos ver muito!

As duas se encararam intensamente, e Tenébrio "puxa" a advogada para fora da sala.

— Essa mulherzinha não me desce...

Almeida? Alguma atualização do IML? — perguntou Aymeê, voltando à seriedade.

— Vou entrar em contato! — respondeu Almeida, apressando-se para sair.

— Eu vou descobrir o que aconteceu. Eu vou descobrir! — murmurou Aymeê para si mesma.

Fora da delegacia, Tenébrio entrou em seu carro, e Violeta tentou acompanhá-lo, mas ele a interrompeu.

— Obrigado, Violeta, mas não vou poder te levar para casa. Tenho um compromisso.

Ela franziu a testa, pronta para protestar, mas Tenébrio elevou a voz, intimidando-a.

— Não comece, Violeta. Eu já disse que não dá.

Violeta olhou para Tenébrio, hesitante, mas logo baixou a cabeça, aceitando a decisão. A cena deixava claro que Tenébrio se sentia à vontade para tratá-la como quisesse, enquanto ela se via obrigada a aceitar tudo em silêncio.

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