Capítulo 15 - Pai?

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O confronto ia começar. O ambiente estava carregado de tensão.

Jane, com o coração acelerado, encarava Aldo e Mara na cama. A confusão e a traição pulsavam em seu peito.

— Mara: Comadre?

— Aldo: Jane?

— Jane: Aldo? — pergunta Jane, ofegante e com a voz embargada pelo choro.

— Jane: Aldo? Mara? Não, isso não pode ser real!

— Aldo: Jane! — ele tenta se aproximar.

— Jane: Tira essa mão de mim!

— Aldo: Jane, por favor!

Aldo tentou segurá-la, mas Jane se afastou, com desprezo.

— Jane: Não toca em mim nunca mais, monstro!

Jane dá um tapa em Aldo.

— Aldo: Você... você bateu em mim? Sua!

Aldo, ferido e indignado, estava prestes a reagir, mas Mara interveio.

— Mara: Não, não, Aldo, não!

— Jane: O que é? Vai bater em mim? De novo? Como fez a vida toda? — ela se virou para Mara. — E nela? Você batia também? Ou era só na "SUA MULHER"?

— Mara: Comadre, por favor!

— Jane: Comadre? Eu não sou sua comadre, vagabunda! — Jane dá um tapa em Mara. — Eu tenho nojo de vocês!
— Mara: Jane, por favor!

— Jane: Não me dirija a palavra! Eu não falo com rameiras!
— Mara: Não, comadre, eu não sou isso não!

Aldo, ao tentar ir pra cima de Jane, foi novamente impedido por um tapa.

— Jane: Não se aproxima de mim, e não fala comigo, vadia. Vocês não são gente, não têm nenhum sentimento humano, não têm...

Aldo interrompeu.

— Aldo: Jane, você está fora de si!
— Jane: Fora de mim? Não, eu não estou, não! Se tem uma coisa que eu não estou, é fora de mim. Eu estou bem lúcida! Mas, pensando bem, se é que a burra aqui pensa, vocês devem ter se divertido muito com a minha burrice e com a minha inocência enquanto se deitavam nessa cama!

Alê entrou no quarto, confuso e preocupado. Tita, ouvindo os gritos, também entrou na casa de Mara e ficou observando tudo em silêncio.

— Alê: O que é que está acontecendo? Que gritaria é essa? Madrinha, a senhora...

— Jane: Ele sabia? Ele também sabia?

— Alê: Sabia de quê?

— Jane: Sabia de quê?

— Mara: Por favor, Jane, não!

— Jane: Por favor, Jane? — Jane riu com sarcasmo. — Por favor é o escambau! Não está vendo, Alexandre? A sua mãe, ou melhor, a minha comadre — com o meu marido na cama!

— Alê: Minha mãe, isso... isso é verdade?

— Jane: Há quanto tempo, me diz? Quanto tempo? Me fala, há quanto tempo isso acontece!

— Aldo: Não importa!

— Alê: Não importa? Mãe, fala alguma coisa!

— Jane: E eu em casa, trabalhando e apanhando quase todo santo dia, sendo maltratada por mais de 20 anos, e mesmo assim estava lá, cuidando do seu conforto, cuidando de você, isso depois que você chegava da casa dessa... dessa...

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