– Sr. Kim… terra chamando Sr. Kim – a voz insistente de Jennifer me fez voltar a prestar atenção na reunião.
Estávamos na sala de conferências da Kim Tec. há quarenta minutos. Há dias que voltei de Dubai e o contrato com os árabes era a
prioridade antes da abertura de capital.– Ahn… Vocês sabem o que fazer, senhores – eu disse – ainda hoje me reunirei com a equipe de criação que ficará encarregada do design dos aplicativos. Não preciso ressaltar o quanto esse contrato é importante.
Todos concordaram oferecendo uma gama de sugestões. Levantei a manga no paletó do meu terno e olhei as horas, 11:30. Meu corpo ainda não entendia que esse horário não significava mais nada.
O cheiro, o gosto e a voz de Jisoo estavam entranhados em mim. Meu cérebro parecia
comprometido por alguma doença infecciosa, não conseguia me concentrar em nada.Encerrei a reunião antes que todos percebessem o meu estado. Eu tinha que voltar ao meu normal e acima de tudo, eu precisava saber o que aquele imbecil queria na minha empresa.
Encerrei a reunião e no caminho até minha sala, deparei com Josh discutindo com Kevin, o gerente do T.I. Intrigado, fui até eles.
– Posso ajudar? – perguntei.
– Que susto kim, chegando assim em silêncio! Eu já não sou tão jovem – Josh respondeu.
– Algum problema que eu deva saber.
– Problema? Não estou entendendo.
Olhei para Kevin que retorcia as mãos.
– Eu não quero… – Kevin começou a dizer, mas foi interrompido pela chegada de Jennifer.
– Jin, nós precisamos conversar – ela disse sem rodeios.
– Os senhores ainda precisam de mim? Preciso coordenar a atualização nas máquinas do terceiro andar – disse Kevin.
Josh balançou a cabeça e se afastou enquanto o gerente saía apressado. Algo estava errado, mas Jennifer me observava com ansiedade nos olhos.
– Venha até minha sala – chamei.
Andamos juntos pelos corredores em silêncio. Ela estava taciturna e com o pensamento longe.
– Ashley, segure minhas ligações, não quero ser incomodado. – avisei minha secretária assim que chegamos.
– Sim, senhor kim.
Dentro do meu escritório, escureci as paredes de vidro. Ninguém poderia nos ver do lado de fora. Fui direto até o aparador e servi uma dose de whisky.
– Um para você? – ofereci.
– Jin, é meio-dia. – Ela disse franzindo o nariz em total reprovação.