O sorriso e a lágrima

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Quando era criança sonhava em fazer tantas coisas... pensava em ser tantas coisas... eu queria ser piloto de avião, biólogo, astronauta, aventureiro, ou talvez professor! O mundo fica muito mais bonito e interessante nos olhos de uma criança feliz. Eram tantas coisas, tantos sonhos. E pelo que sabia, eu poderia ser tudo! Entretanto, aprendi tantas coisas que parecia impossível realizar tantos sonhos, por mais que eu queria, faltava-me dinheiro, faltavam-me recursos e tempo. O mundo foi ficando menor a cada vez que eu ia à aula... Cada vez que eu colocava o uniforme igual e cada vez que vez que me diziam que minha vida seria igual a todas as outras. O meu mundo foi acabando a cada coisa que me ensinavam. A cada vez.

E cada dia que passava, eu morria.

Porém, acima de tudo aprendi uma coisa: eu não quero ser nada. Me parece mais sensato e muito mais divertido. O que mais importa mesmo é a alegria de permanecer vivo e não me matar a cada segundo para variar, não me matar de novo.

Eu quero viver um dia por vez.

Mas por melhor e mais lógico que possa ser meu pensamento: sou obrigado a sobreviver, não mais viver, não mais sorrir. Preciso de dinheiro e sou obrigado a escolher alguma coisa. Não o que eu quero – óbvio –, não um dos meus sonhos, mas o que preciso. O que dizem ser necessário para continuar vivo, somente amanhã.

Eu morro a cada dia que passa.

Então o que ser? O que devo escolher?  Não há dúvida, é óbvio:

Vou escolher o que todos escolhem, apenas como estratégia.Pois ainda posso ser tudo...

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