Sorrisos e abraços

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Por muito tempo
fui tomado pelo desejo explosivo de viver,
era tão urgente
que o meu futuro era hoje.

Explodia em hormônios
e transbordava emoções.
Sonhava com alegrias...

As cores e as aventuras
enchiam os meus olhos.
A imaginação e a coragem
me motivaram a viver.

E por muito tempo
senti que apenas tive o desejo,

mas que era incapaz de viver.

Incapaz de ousar,
incapaz de tentar.

Porém eu pensei:
depois de nunca ter vivido
eu aprendi a viver.

mas não era tão assim,
e bem melhor:
eu aprendi
que eu sempre estive vivo
e que eu pude sentir
tudo aquilo.
Todas as manifestações da vida,
como a literatura,
a arte,
a música e a dança,
eu as vivi
com mais intensidade.

Deixe-me contar
que aquele sorriso simples
eu realmente senti.
e claro,
na minha perspectiva
ele foi eterno,
e tudo mais também foi.
Da felicidade à tristeza,
eu sentia tudo com mais profundidade.

Eu sempre estive vivo
e enquanto eu pensava que estava morto,
na realidade,
a vida passava pelos olhos
sem que eu percebesse.

E ao contrário do que se pode entender
a vida sempre nos arrasta pelo percurso.
Por mais que nos protejamos
com nossas casquinhas,
o tempo deixa um lembrete,
seja por meio da alegria,
da dor ou da saudade:
não se pode fugir da vida.

Ela o encontrará
nos sorrisos,
olhares,
beijos e prazeres.
nas lembranças,
lágrimas,
saudades e abraços.

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