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Alice Veiga

Depois de um café da manhã animado, onde tentamos esquecer a confusão da manhã, todos nós decidimos que era hora de aproveitar a praia. O sol estava brilhando, e a brisa fresca fazia parecer que aquele dia seria perfeito. Eu estava animada para colocar meu novo biquíni, que comprei especialmente para a viagem, e me sentia confiante.

Quando cheguei ao quarto, me vesti rapidamente. O biquíni era de um tom azul vibrante, com detalhes em dourado que faziam parecer que eu estava pronta para um dia de glamour à beira-mar. A sensação de liberdade e leveza me invadiu enquanto eu me olhava no espelho. Meu cabelo ainda estava um pouco molhado da manhã, e eu o deixei solto, permitindo que as ondas naturais caíssem sobre meus ombros.

Assim que saí do quarto, encontrei Richard na sala, com uma expressão que misturava surpresa e admiração. Ele estava com uma camisa regata que realçava seu corpo atlético, e por um segundo, nossos olhares se cruzaram. Eu senti meu rosto aquecer, mas logo Richard deu um sorriso, quebrando a tensão.

— Uau, Alice! — ele exclamou, e eu não pude deixar de sentir um frio na barriga. — Você tá parecendo uma sereia.

— E você tá pronto pra ser o príncipe encantado, então? — respondi, tentando fazer uma piada e esconder minha timidez.

Antes que ele pudesse responder, Pamella apareceu. E, para minha surpresa, ela estava usando um traje que parecia ter saído de um armário de alguém muito mais velho. Era uma combinação de estampa floral e cores desbotadas que, honestamente, não faziam justiça ao corpo dela. O resultado foi tão inesperado que os meninos não conseguiram segurar as risadas.

— O que você tá usando, Pamella? — Endrick perguntou, rindo descontroladamente. — Parece que você tá indo pra um piquenique com a vovó!

Gabriely se juntou à diversão, tentando conter a risada enquanto olhava para Pamella.

— A gente poderia chamar você de "Vovó da Praia", — ela brincou, fazendo com que Richard também soltasse uma risada.

Pamella, percebendo que estava no centro da atenção, tentou agir com naturalidade. Mas o olhar dela denunciava que ela estava incomodada. Enquanto isso, Richard e os outros meninos continuavam rindo, e eu não pude deixar de sentir um pouco de pena dela, mas a situação era tão engraçada que não consegui me segurar.

— Ah, vocês são tão engraçados — Pamella disse, cruzando os braços. — Só porque eu gosto de estar confortável.

— Confortável é uma coisa. Isso aí... — Veiga comentou, apontando para a roupa dela e rindo mais uma vez. — Não sei se é bem assim que funciona.

Com o clima leve e divertido, decidimos finalmente ir para a praia. Eu estava um pouco nervosa, mas a energia contagiante do grupo fez com que eu me sentisse mais à vontade. A areia estava quente sob meus pés, e o som das ondas batendo era hipnotizante.

Richard e eu começamos a andar juntos, e a conversa fluiu naturalmente. Ele falou sobre como estava animado para jogar vôlei na areia e me convidou para participar. Enquanto isso, Endrick, Gabriely, Veiga e Pamella começaram a montar um espaço na areia com toalhas e guarda-sóis.

— Você tá pronta pra perder pra mim no vôlei? — Richard provocou, piscando um olho.

— Ah, eu não vou perder pra você! — eu disse, desafiando-o. — Prepare-se!

Aproveitamos a energia do grupo e começamos a jogar. Enquanto jogávamos, a cada ponto que eu ganhava, Richard ficava mais impressionado e, de alguma forma, isso me fazia sentir ainda mais confiante. Era como se cada risada e cada troca de olhares nos aproximasse mais.

Mas mesmo com a diversão, eu não conseguia ignorar o olhar de Pamella, que observava tudo de longe. A frustração dela era visível, e eu me perguntei se a diversão que Richard e eu estávamos tendo estava afetando seu humor. No fundo, não queria ser a causa de mais problemas, mas a conexão com Richard parecia crescer a cada instante.

O dia foi passando em meio a risadas, brincadeiras e algumas competições amigáveis. E, enquanto a luz do sol começava a se pôr, eu percebi que aquele dia estava se tornando um dos melhores da minha vida. A praia, a companhia, e, principalmente, os momentos ao lado de Richard estavam gravados em minha memória, como um dia que eu nunca iria esquecer.

Continua...

Lisboa, Entre Nós, Richard Rios Onde histórias criam vida. Descubra agora