Os espias

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Oliver

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Oliver

Já estávamos de saída quando Dante nos chamou. Ele veio correndo em nossa direção, e desta vez não havia como escapar. Mais cedo ou mais tarde, precisaríamos enfrentar a situação.

— Não temos nada para falar com você, garoto! — meu pai disparou.

— Sir Phillip, por favor. Eu preciso conversar com o senhor.

Papai suspirou impaciente, mas, considerando por um momento, assentiu com um gesto.

— Certo. Mas o que tiver a dizer, diga na frente de todos.

Dante olhou para nós cinco, que o cercávamos, e engoliu em seco.

— Sei que é difícil acreditar que minhas intenções com sua filha são puras... — Papai ergueu uma sobrancelha. — Admito que não fui sábio em minhas ações, mas amo Penelope. Amo de verdade, e fui um idiota por permitir que as coisas se complicassem desse jeito.

Meu pai franziu o rosto em desaprovação. — Você me decepcionou muito, Dante. Confiei em você. Prometeu cuidar de Penelope, e agora ela mal pode andar pelas ruas sem ser alvo de comentários maldosos!

Os olhos de Dante brilharam. — Sei que é tarde demais para corrigir meus erros e que desculpas nunca serão suficientes. — Sua voz vacilava. — Reconheço que fui tolo, mas tudo o que fiz foi por amor. — Peter e eu trocamos olhares. — Não podia deixá-la ir. E faria tudo de novo por ela.

Meu pai olhou para o céu, inspirando fundo. — Por que está me dizendo tudo isso? Já não conseguiu o que queria? Já não obrigou minha filha a casar com você?

Dante balançou a cabeça. — Estou dizendo isso porque não quero perder a amizade de vocês. Quero que saibam que farei o que for necessário para que Penelope seja feliz, mesmo que não me queira. Porque o amor que sinto por ela é incondicional. Ainda que não seja correspondido, eu continuarei lutando por ela.

Após um longo silêncio, papai assentiu, relutante. Aquilo era o máximo que Dante conseguiria dele. Um abraço de reconciliação seria pedir demais.

— Bem, então vou indo... — Dante virou-se, satisfeito. Nos entreolhamos enquanto ele se afastava.

— Ele parece estar sendo sincero — Peter comentou.

— Você é irmão dele, é claro que diria isso.

— Fred, tenho que concordar com Peet. Dante parece estar sendo sincero, sim.

— O que acha, Phillip? — Andrew questionou.

— Não sei. Espero que seja verdade. Não suportaria viver com a culpa de casar minha filha por conveniência.

— Quer saber? — Abracei meu pai de lado. — Tenho certeza de que Penelope também o ama. Está magoada? Sim, quem não estaria? — Seus olhos azuis encontraram os meus. — Mas ela o ama.

Meu anjo da guardaOnde histórias criam vida. Descubra agora