(História 5) Em meio ao brilho da aristocracia francesa, Delilah Montgomery vive um casamento sombrio com um conde violento, enquanto o peso das expectativas sociais sufoca seus verdadeiros anseios. Quando Oliver Crane, o carismático herdeiro de um...
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Oliver
Delilah e eu nos entreolhamos surpresos com a revelação de Frederick e percebo uma preocupação genuína da parte dela. Provavelmente, durante o tempo em que moraram próximas uma da outra, senhorita Montgomery e Georgie criaram fortes laços de amizade.
— Eu procurei você em todo o lugar, mas não encontrava! Agora entendo o porquê. — Ele nos olha com um ar de julgamento e o encaro com uma expressão severa. Fred arranha a garganta, voltando ao ponto principal da notícia. — Georgie já está em trabalho de parto, Oliver.
A ideia do parto sempre me assustou, até porque minha mãe morreu enquanto dava a luz à mim e Amanda. Porém, com o tempo fui me acostumando conforme minhas sobrinhas foram nascendo. — Onde ela está?
— Continuam todos na mansão Clifford no segundo andar. Irmão, — Ele toca meu ombro enquanto caminho para fora do gazebo. — você não tem ideia do caos que virou aquela festa... A coisa ficou feia. — Seus olhos arregalados e suas sobrancelhas erguidas deixam claro que realmente estamos com problemas. Coisa que minhas irmãs adoram me trazer.
Olho para Delilah, que parece totalmente perdida.
— Senhorita Montgomery, eu preciso ir ver o que está acontecendo. — Pauso ao fitar seus olhos brilhantes à luz do luar e da chama que queima nas lanternas. — Mas pretendo continuar de onde paramos em outra oportunidade.
Ela pisca algumas vezes ao ouvir minhas palavras atrevidas e entreabre os lábios na intenção de responder, mas é interrompida.
— A coisa é séria! — Frederick gesticula com os braços. — Vocês vão ter tempo para se atracarem depois... Agora vamos!
Comprimo meu maxilar, visivelmente irritado. Juro que se esse garoto nos interromper mais uma vez, sou capaz de matá-lo com minhas próprias mãos!
— Ele tem razão. Agora, precisamos dar prioridade à Georgie. — Ela afirma, e por fim, assinto com a cabeça.
— Eu vou entender perfeitamente se não quiser nos acompanhar. Sei que não vai ser nada fácil voltar até lá e encará-los novamente.
— Nada disso importa. Eu vou ficar com a minha amiga. Ela precisa de todo o apoio nesse momento.
Uma leve curva se forma em meus lábios, pois a lealdade dela à sua amiga é admirável, mesmo diante de uma situação tão desfavorável quanto a que se encontra.
— Pessoal? — Frederick nos chama mais uma vez, pois já estou me perdendo de novo em sua beleza.
— Certo, vamos! — Caminho à passos largos saindo do gazebo, e Delilah vem logo atrás. Noto que a passarela de pedras terminou. Em seu lugar, pisamos no gramado e na terra fofa. Viro meus olhos na direção de Delilah e percebo sua dificuldade com os saltos. Volto oferecendo meu braço para que ela se apoie, num gesto natural de cavalheirismo.