Quebra de confiança

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ALERTA DE GATILHO: violência física e psicológica

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ALERTA DE GATILHO: violência física e psicológica.

Oliver

Depois de inventar uma desculpa para sairmos da minha casa permitindo a fuga de Dell, Victor despediu-se de seu assistente e juntos fomos para a casa de Penelope e Dante.

Agora mais calmo, podia vestir meu fraque novamente.
Amaldiçoei minha sorte de Victor estar ali no momento em que Delilah chegou e amaldiçoei a mim mesmo por ter feito o convite. Deveria ter deixado que ele se virasse e encontrasse algum outro lugar, se trocasse em qualquer outro canto. Talvez dentro da carruagem, entre os arbustos, até debaixo da ponte, mas que não atrapalhasse o nosso momento.

Sentir os lábios delicados de Delilah nos meus, reacendeu ainda mais os sentimentos que tenho por ela.
A forma com que seu corpo reagia ao meu toque, seu gosto, a sua beleza, tudo formava o conjunto perfeito para fazer com que eu fosse capaz de cometer uma loucura.

Mal posso acreditar que a toquei onde mais queria. Fecho os olhos e lembro como abocanhei seu mamilo rígido levemente rosado, bem debaixo das fuças de seu noivo. Meu amigo.

Bem, de repente não tão amigo assim...

Pois se Delilah quisesse, arruinaria a nossa amizade rapidinho.
Só precisaria me pedir que o abandonaria sem pestanejar, a carregaria do altar mesmo e a levaria para bem longe daqui.

Que se danem os bons costumes.
Que se dane a lealdade que me resta por ele.
Se é que me resta, já que eu estava me atracando deliciosamente à sua noiva bem no dia de seu casamento.

Aaahh! Se ele não estivesse lá, com certeza perderia o controle da situação e faria loucuras com aquela mulher. Não sobraria fio de cabelo arrumado, não sobraria uma peça de roupa, pois todas estariam jogadas no chão do meu quarto, enquanto estivéssemos nos afogando em prazer na minha cama.

Oooi... Oliver? — Dante acena com a mão na minha frente, tentando me trazer de volta para a realidade. Muito provavelmente estava com uma cara de paisagem ou até mesmo de malícia ao fantasiar as maiores obscenidades com Delilah.

— Hum? — Respondo friamente enquanto ergo as sobrancelhas.

— Em quê está pensando da vida? Está com uma cara tão...

— Shh! — O interrompo, levando o dedo até minha boca, como se pedisse silêncio. — Fale baixo! Não quero que Victor escute. — Olho na direção dele, que toma um chá tranquilamente com sua postura impecável, sentado no sofá de minha irmã e de Dante.

— Se ele soubesse o quanto maculamos esse sofá ontem à noite, nem encostaria ali — comenta, fazendo meu estômago se revirar, enquanto traga o seu cigarro.

Meu anjo da guardaOnde histórias criam vida. Descubra agora