(História 5) Em meio ao brilho da aristocracia francesa, Delilah Montgomery vive um casamento sombrio com um conde violento, enquanto o peso das expectativas sociais sufoca seus verdadeiros anseios. Quando Oliver Crane, o carismático herdeiro de um...
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ALERTA DE GATILHO: Este capítulo contém conteúdo sensível relacionado a abuso sexual, violência física e emocional. Recomendo cautela ao prosseguir. __________________
Delilah
A noite passada foi um verdadeiro tormento.
Quando Victor ordenou que eu tirasse as roupas, mal tive forças para fazê-lo. Impacientemente, ele veio em minha direção e, sem qualquer cuidado, arrancou a camisola de algodão do meu corpo, deixando-me totalmente exposta.
Senti-me violada. Suja. O nojo que senti de mim mesma, ao ter suas mãos sobre meu corpo foi avassalador.
Tentei ao máximo seguir os conselhos de Margareth: Fique quieta. Não resista.
Mas a cada centímetro que sua mão avançava, meu corpo se retorcia, recusando-se a seu toque áspero. E à medida que eu resistia, Victor se tornava cada vez mais intolerante e bruto, forçando-me a permanecer sob seu controle.
Amanheci dolorida, sentindo um ardor ao realizar minhas necessidades fisiológicas. Agradeço mentalmente por não precisar dividir a mesma cama com ele, já que tenho meu próprio quarto no castelo. Esse é o único consolo que me resta em meio à minha agonia.
Coloco um pé na água, e o outro em seguida, arqueando-me devido à temperatura fria. Aos poucos, me acostumo e mergulho até o pescoço. Margareth me disse que o melhor seria tomar um banho frio, já que a água morna poderia intensificar a ardência nas minhas partes íntimas.
Ela preparou a banheira com óleos essenciais e ervas secas que flutuam na superfície da água, com o intuito de acalmar minha pele.
— Como a senhora está se sentindo, milady? — Margareth pergunta, fitando-me com olhos cheios de compaixão.
Os sentimentos que carrego no peito são tão intensos e conflitantes que não consigo sequer abrir a boca para responder. Apenas a encaro com os olhos enevoados e comprimo os lábios em um sorriso trêmulo, tentando esconder a tempestade dentro de mim.
Balanço a cabeça de forma tão sutil que poderia parecer apenas um tremor de frio, esperando que ela não fizesse perguntas para as quais eu não tivesse respostas.
Ela assente, cabisbaixa, respeitando meu silêncio.
Volto os olhos para baixo e encaro as marcas da brutalidade de Victor. Roxas e esverdeadas, as manchas se espalham pela parte interna das minhas coxas, resultado da força com que ele me manteve de pernas abertas. Marcas semelhantes cobrem meus punhos, onde ele os segurou com violência, impedindo qualquer tentativa de defesa.
Margareth tem as pálpebras pesadas, a indignação é evidente, embora ela tente disfarçar. Cada vez que olha para as marcas, seu pescoço fica vermelho, e seus olhos se enchem de lágrimas.
— Eu sinto muito, milady.
Apesar de tudo, nunca me fiz de vítima, e não seria agora que começaria. Assinto, inspirando fundo, tentando reunir o pouco de dignidade que ainda resta dentro de mim.