O sol e a lua

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Em meados do século XIX, em algum lugar entre a Inglaterra, o paraíso e o inferno

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Em meados do século XIX, em algum lugar entre a Inglaterra, o paraíso e o inferno.

Oliver

As viagens até Aubrey Hall, como sempre são extremamente cansativas, mas nada que se compare ao percurso até Richmond. Alongo meus braços e meu pescoço, depois de passar intermináveis quatro horas enclausurado dentro de uma carruagem apertada.

Estamos eu, Amanda, — minha irmã gêmea — seu marido, — nosso antigo cavalariço e meu amigo Andrew— e minhas pequenas sobrinhas, Lily, Emma e Diana.

Confesso que me arrependi um pouco de escolher vir no mesmo veículo que eles. Não é nada fácil viajar com três crianças pequenas, quatro se contar Andrew e suas gracinhas. Da próxima vez, definitivamente não vou ouvir o apelo de minha irmã.
A amo demais, mas não suportaria outra experiência como essa.

Já tive inúmeras aventuras em viagens por todo o mundo. Conheço praticamente a Europa inteira, parte do continente africano e até mesmo as Américas, tanto do norte quanto do sul. E posso garantir que dar a volta no globo terrestre, seria menos exaustivo.

Em outra ocasião, ouço minha intuição e venho com meus pais e Frederick para visitar minhas irmãs do meio, Penelope e Georgiana.

Georgie se apaixonou por um coroinha de nossa cidade natal, que depois de algum tempo se tornou padre. Ele viveu durante muitos anos em prol do clero e dedicou toda a sua vida aos estudos e à igreja. Porém, seu coração sempre pertenceu à minha irmã.

Após dez anos em que esteve em um internato que poderia facilmente ser confundido com o inferno, Peter voltou e eu soube no mesmo instante, que não conseguiriam ficar longe um do outro. Felizmente, meu palpite estava certo. Desde então, suas vidas nunca mais foram as mesmas.

O pai de Peet era um monstro, mas recebeu o fim que merecia. O que não contávamos é que Sarah Clifford, sua mãe, apareceria do nada porque reconheceu o colar do filho perdido, Peter, no pescoço de Georgie.

Junto à novidade, dois tipos nos foram apresentados. Dante, irmão de Peter, barão de Richmond, e Henry, atual noivo de minha irmã, Penelope.

Pen sempre foi muito obstinada e tenho grande admiração por ela, mas nem em mil anos imaginaria que se envolveria justo com aquele tipo.

Ela se mudou para Richmond a fim de explorar novos horizontes, acompanhar Georgie durante a gravidez e dar continuidade aos estudos, buscando avançar em sua carreira como escultora.

Só não contávamos que a bendita estava prestes a fazer a maior burrice de todas. Irá se casar com o homem errado. Quem tivesse olhos podia ver que seu coração sempre pertenceu a Dante, e quando recebemos o convite para esse noivado, mal acreditamos!

O que raios essa garota tem na cabeça?

De toda forma, não tenho muita perícia sobre o amor, então minha opinião não vale nada para aquela criatura. Conhecendo seu gênio, poderia lhe aconselhar e ela me mandaria plantar batatas.
Então não abri meu bico. Afinal, Penelope é uma moça crescida com seus vinte e três anos, e sabe muito bem o que faz!

Meu anjo da guardaOnde histórias criam vida. Descubra agora