Brincadeira do destino

8 2 13
                                    

Oliver

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Oliver

Permaneci petrificado, mas tudo o que eu queria era sumir dali o quanto antes. Meu coração retumbava dentro do peito. Os olhos ardiam ao perceber meus sonhos desmoronarem diante deles.
Me senti impotente, com raiva... Um sentimento angustiante sufocou minha garganta, a voz não saia por mais que tentasse.

Encarei Delilah, encarei Victor, tentei ao máximo absorver o impacto do que estava acontecendo mantendo meus pés firmes no lugar.
Era inevitável, meus punhos cerraram instantaneamente, minha mandíbula ficou tensa, só Deus sabe como eu me senti por dentro ao ver meu amigo se aproximar do meu amor.

— Oliver? Eu que te pergunto. O que faz aqui?

Victor me questionou de volta. Por um momento esqueci como se pronunciava qualquer palavra, mantendo meus lábios selados como uma sepultura para evitar de proferir os xingamentos terríveis que passavam pela minha mente.

Penelope arranhou a garganta ao perceber o quanto eu estava desconfortável — Lorde Belfrey...

— Kingsley. — Ele a corrigiu.

— Kingsley, — Pen desconcertada piscou repetidamente engolindo em seco. — Lorde Kingsley, este é meu irmão, Oliver Crane.

Victor abriu um sorriso — Eu conheço o Oliver, mas não sabia que era seu irmão, lady Clifford.

Ele chegou mais perto, me deu um abraço apertado enquanto sem jeito, dei alguns tapinhas em suas costas e mantive uma expressão de desconforto evidente no rosto.

— Vo-vocês se conhecem? — Delilah arregalou seus olhos em choque, perplexa com sua revelação.

— É claro que nos conhecemos. Oliver e eu somos grandes amigos. Parceiros de negócios de longa data.

Não diria longa data, conheci Victor à apenas um ano e meio atrás.
Um amigo meu, seu irmão Leonard, era meu colega de classe na universidade de Paris. Estudávamos finanças e economia, pois como herdaria o título do meu pai e suas posses, queria garantir que suas terras e investimentos fossem bem administrados.

Acabei pegando gosto pela coisa, me tornei um investidor imobiliário de sucesso e prestígio na alta sociedade. Com essa profissão, conheci muitos lugares pelo mundo e muitas pessoas importantes também. Dentre elas, Victor, que procurava por um investidor para o seu novo restaurante de comida italiana e me encontrou sobre a indicação de Leonard.

Era um investimento alto, mas nada que eu não pudesse lidar. O valor inicial empregado no projeto era de duzentas libras esterlinas, levando em consideração todo o luxo e ingredientes caros, me parecia um valor justo. Exceto pelos pequenos contratempos que tivemos com o decorrer das obras.
Tive que desembolsar algumas libras a mais mesmo à distância, mas agora, o empreendimento estava praticamente concluído, finalmente colheria os frutos do meu trabalho e teria o lucro almejado.

Meu anjo da guardaOnde histórias criam vida. Descubra agora