Capítulo XV

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_______________________________________10 de outubro de 1993

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10 de outubro de 1993.

Como posso descrever algo tão intangível quanto os sentimentos que me arrebatam quando estou ao lado dela? Hermione Granger... apenas pensar no nome dela faz meu coração disparar em uma combinação estranha de euforia e melancolia. Ela é tudo o que eu sempre temi e, ao mesmo tempo, tudo o que eu mais desejo.

O mundo em que nasci, as expectativas, os olhares que sempre me lembram quem eu devo ser – tudo isso parece se dissolver quando nossos olhares se cruzam. Hermione me vê de um jeito que ninguém mais vê. Ela enxerga através das máscaras e defesas que ergui para me proteger. E, de alguma forma, essa vulnerabilidade não me assusta... ao menos não quando estou com ela.

Hermione possui uma força quase assustadora, mas também uma bondade que não combina com a escuridão do mundo ao qual pertencemos. Essa combinação me desarma, quebra minhas defesas e me faz querer ser alguém melhor. Mas ao mesmo tempo, a sensação de que estou traindo tudo o que aprendi, todos os que confiam em mim, é inegável. Hermione representa a esperança e, ironicamente, a ruína dos planos da minha família. A minha ruína.

E é por isso que sinto medo. Porque eu sei que, se eu me entregar a esse sentimento, não há volta. Ela jamais poderia saber o que sinto, porque isso destruiria o pouco que construí para sobreviver neste mundo. Mas também sei que, ao não lhe contar, estou me condenando a um tipo de vazio que me corroerá lentamente. Hermione é minha luz e, mesmo sabendo que ela jamais poderia entender a escuridão dentro de mim, eu me encontro desejando apenas... estar perto dela.

Como pode um sentimento ser tão errado e tão certo ao mesmo tempo? Eu não sei mais o que fazer.

Selene B. Dolohov

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— NÃO! — berrou Harry, avançando e colocando-se entre Pettigrew e as varinhas erguidas de Lupin e Black.

— Vocês não podem matá-lo — disse, a respiração acelerada. — Não podem.— falou tentando achar um motivo em sua mente.

Black e Lupin o olharam, surpresos, e Selene deu um passo para trás se escorando em uma parede, cruzando os braços, com os olhos fixos em Pettigrew. A Dolohov parecia a única dos jovens a pensar nas possibilidades de deixar aquele verme vivo.

— Harry, esse verme é a razão por que você não tem pais — rosnou Black, a voz repleta de rancor. — Ele teria assistido você morrer sem piscar, tudo para salvar a própria pele.

— Eu sei — ofegou Harry. — Mas vamos levá-lo ao castelo. Deixem que os dementadores façam justiça. Ele pode ir para Azkaban... Não o matem.— Murmurou.

mávres kardiés | Hermione GrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora