Capítulo XXIII

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_______________________________________8 de junho de 1994

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8 de junho de 1994.

Eu não sei o que fazer com isso.

Desde o último dia de aula, tentei me afastar de Hermione, tentando me convencer de que era a melhor coisa para nós duas. O vínculo que a magia criou entre nós é... inquietante. Eu não pedi por isso. A sensação de que estamos conectadas, de uma maneira que nem posso descrever, me faz sentir como se meu coração estivesse sendo puxado para ela, mas ao mesmo tempo eu tento lutar contra essa sensação. Hermione... Ela é tão pura, tão cheia de vida, enquanto eu... sou uma Dolohov. Eu carrego as sombras da minha família, eu carrego um destino que eu não sinto que é meu, e eu não mereço esse tipo de felicidade. Mas, por mais que eu me esforce para negar, ela está em cada pensamento, em cada passo que dou.

E agora, aqui estamos, na Copa Mundial de Quadribol, e ela está tão perto. Ela está sorrindo, tão animada com o jogo, tão feliz perto dos seus amigos e eu mal consigo desviar o olhar. A conexão que sentir ao vê-la mesmo que por um breve momento foi... foi indescritível, eu sentir a magia dela reagir a minha mesmo a distância, sempre que ela está perto eu me perco. Eu sabia que o vínculo de companheiras não seria algo simples de se lidar, mas isso? Isso é demais. Hermione e eu, ligadas por algo, além da simples magia. Como posso continuar ignorando isso? Como posso continuar a me afastar, quando cada vez que a vejo, o mundo ao meu redor se dissolve?

Sinto-me dividida. Parte de mim quer correr até ela, dizer-lhe o que está no meu coração, mas outra parte, a parte mais medrosa, quer fugir, se esconder e negar tudo. Eu sou uma Dolohov, e os Dolohov não têm direito a esse tipo de... amor. Não.. eu tenho um futuro planejado e que não pode ser mudando.. um membro Sonserina não vive.. ele sobrevive e é isso que Estou tentando fazer.

Eu me sinto mais distante de mim mesma do que nunca.

Selene B. Dolohov
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Selene caminhava ao lado de Theodoro, seu corpo projetado como um arco, rigidamente à espera de um disparo. Cada passo ecoava dentro dela, vibrando em uma frequência solitária e angustiante. O calor da mão dele, firmemente posicionada em seu pulso, permanecia como um lembrete incômodo, uma âncora que ela não pedira, mas que a mantinha de pé em meio a um mar de turbulência interna. Theo, sempre leal e carinhoso, era uma constante em sua vida, mas mesmo ele parecia incapaz de tocar as camadas mais profundas da tempestade que rugia dentro dela.
Quando ele finalmente parou em uma clareira afastada, Selene soltou um suspiro profundo, sentindo uma pontada de alívio misturada com ansiedade.

Theo virou-se em sua direção, seus olhos escuros sondando cada centímetro de seu rosto, banhados em um manto de preocupação.

— Fique aqui um momento. Vou garantir que ninguém nos seguiu. — disse Theo, com sua voz baixa e firme, preenchida por uma preocupação que ressoava como um eco em seu íntimo. O Nott queria saber se seu pai ou sua tia mandaram os elfos domésticos os observarem e se o fizeram o Jovem iria os mandar de voltar para a mansão. Selene assentiu em silêncio, observando-o desaparecer por entre as árvores, a ansiedade pulsando nas suas veias.

mávres kardiés | Hermione GrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora