Capítulo XIII

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_______________________________________9 de outubro de 1993

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9 de outubro de 1993.

É estranho e inquietante o que sinto. Como explicar esse fervor que nasce dentro de mim, crescendo como um veneno doce cada vez que vejo a Granger? Sei o que esperam de mim — minha família, meu próprio legado — e sei que ela representa tudo o que me ensinaram a desprezar, mas há algo nela que me prende. Algo que me encanta.

Hermione tem uma luz que quase cega, uma força que não consigo ignorar. Mesmo quando estamos em lados opostos em qualquer sala, sinto sua presença como se ela estivesse ao meu lado, como se ela conseguisse ver através das camadas que construí para proteger meus segredos, meus medos, tudo o que não quero mostrar. Talvez seja isso que me assusta. Eu a encaro e sinto um abismo em mim, algo que grita que ela verá cada falha e ainda assim, talvez, me aceite.

Mas então vem a realidade. A linhagem, a minha própria história. Meu avô me alertou, minha mãe insiste em me lembrar do “nosso lugar” e do perigo de me distrair. E ela é uma distração de um tipo perigoso. Hermione é... uma lembrança de algo que eu quero, mas nunca deveria almejar. Cada conversa que trocamos me coloca à beira de um precipício. E eu gostaria de pular.

Sinto uma fúria dentro de mim, não dela, mas de mim mesma, por permitir que ela me afete assim. É errado. Tudo dentro de mim diz que é errado, mas o erro nunca pareceu tão certo. O que sinto por ela é como um pecado. Um pecado que não me arrependo de ter.

Selene B. Dolohov

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A tensão crescia no ar. Harry, Rony, Hermione e Selene estavam, imersos nas palavras pesadas de Lupin e Black. Cada revelação parecia mais inquietante que a anterior, e o silêncio se tornava ensurdecedor à medida que as implicações das ações de Pedro se desenrolavam. Hermione, ainda intrigada com o que Selene sussurrara momentos antes, lançou um olhar carregado de questionamentos para a Sonserina, que mantinha os olhos fixos, observando cada detalhe com uma calma calculada.

Selene era um enigma, uma presença que despertava em Hermione uma curiosidade intensa, misturada a uma ansiedade e expectativa palpáveis. E mesmo naquele situação Hermione ainda se sentia atraída por isso. Era como se cada palavra que sairia da boca de Selene prometesse a revelação de um segredo profundo, algo que poderia mudar o curso da própria amizade deles. Por ora, no entanto, Hermione se via incapaz de mergulhar nessa nova dinâmica; precisava encontrar um espaço dentro de si para processar a dura verdade que acabara de descobrir sobre Pedro e sua traição irreparável.
Enquanto Lupin prosseguia com sua explicação, um turbilhão de pensamentos invadia a mente de Hermione.

A ideia de que Pedro realmente era um servo de Voldemort, que havia traído os Potter, deixou um gosto amargo na boca dela. Todas as narrativas que sempre cercaram o passado de Sirius, envolvendo traição e dor, começavam a se desfazer, revelando um labirinto de complexidades emocionais que desafiavam sua compreensão e lealdade.

mávres kardiés | Hermione GrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora