Capítulo XX

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_______________________________________8 de dezembro de 1993

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8 de dezembro de 1993.

Hoje, as coisas pareceram tomar uma virada irreversível. Cada momento que passo tentando ignorar a realidade, mais ela se impõe. O que está acontecendo comigo? O que minha magia está tentando me dizer?

Eu, Selene Dolohov, uma Dolohov, a única Herdeira de uma linhagem purista e cruel, tenho a minha magia ligada a uma nascida-trouxa. Hermione Granger. Como posso aceitar isso? Como posso permitir que algo tão profundamente errado, algo tão impossível, seja verdade? Cada pensamento a respeito me dilacera por dentro. Tento negar, tento desconsiderar, mas minha magia me diz o contrário, ela grita e se mistura com os meus próprios sentimentos. Não é uma simples curiosidade, não é só uma atração passageira. É algo que não consigo controlar, e isso me apavora.

Os sinais estão lá. Eu sinto a conexão, a atração irresistível. Como se a própria essência da magia tivesse escolhido Hermione, e eu não tivesse voz nem vez para questionar isso. Como se eu estivesse sendo forçada a caminhar por um caminho que nunca escolhi. Minha mãe... se soubesse... eu seria destruída. Eles jamais aceitariam uma companheira que não tivesse sangue puro. Eles me destruiriam.

E o que dizer sobre Hermione? O que ela sentiria ao saber disso? Ela é inocente, é brilhante, tem um futuro grandioso à sua frente, mas a magia... a magia parece querer que ela seja minha. Como posso ignorar isso? Como posso me afastar disso, quando minha própria magia a reconhece como minha? Mas, ao mesmo tempo, eu tenho medo. Medo do que isso pode significar para nós duas. Para ela, principalmente. Isso destruiria a vida dela.

Eu tentei afastar a ideia, tentei me convencer de que tudo isso era apenas um erro, uma confusão. E o que é que minha mãe diria se soubesse? O que ela faria se descobrisse que sua filha está ligando-se a uma nascida-trouxa? Eu não posso permitir isso. Não posso. Hermione é tão pura, tão honesta em sua magia, que isso faz com que minha própria natureza, que foi moldada pelo ódio e pela tradição, se contorça. Não sei se sou digna dela, mas a magia não parece dar outra escolha. Não posso ser fraca. Preciso ser forte.

Mesmo quando me vejo pensando nela, eu sinto uma dor na alma, como se estivesse sendo puxada para algo que não posso controlar. Queria poder odiá-la. Queria poder afastá-la de mim. Mas a verdade é que... talvez eu precise dela. E isso é o que me mata.

Mas não posso permitir que isso aconteça. Não posso permitir que minha magia, minha vida, e minha alma sejam controladas por isso. Eu tomarei o controle. Eu tomarei o controle do meu destino, mesmo que isso signifique abandonar tudo o que conheço. Não vou ceder.

E o mais cruel de tudo... é que sei que, no fundo, a magia nunca cede. Ela se impõe, como uma corrente que não podemos quebrar. E, por mais que eu tente resistir, sei que esse vínculo... essa ligação com Hermione, vai me destruir ou me salvar. Não sei o que será.

mávres kardiés | Hermione GrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora