capítulo XVIII

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_______________________________________12 De outubro de 1993

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12 De outubro de 1993.

Sinto-me estranhamente desorientada quando penso em Hermione Granger. A dissonância é perturbadora, quase insuportável, mas não consigo evitá-la. Desde que fui ensinada sobre os inimigos da nossa causa, sobre aqueles que representam o lado da Luz, Hermione deveria ser apenas mais uma figura a desprezar. Mas quando a observo, tudo se desfaz.

Ela me fascina. Eu nunca quis admitir isso, nem para mim mesma. Seu intelecto brilhante, sua força inabalável… Há algo naquele fogo, naquela convicção, que faz meu coração se acelerar de um jeito que não deveria. Hermione defende aquilo em que acredita com tanta paixão que me deixa desarmada, me faz sentir coisas que jurei nunca experimentar.

Mas logo em seguida vem a culpa. Sou uma Dolohov. Meu nome carrega o peso de um legado, uma linhagem de bruxos leais às trevas. O que minha família pensaria se soubessem que, mesmo por um momento, eu vi beleza naquilo que deveríamos destruir? Esses sentimentos são uma traição, uma falha. Como posso permitir que alguém como ela entre em meus pensamentos, invada meu coração, quando sei que nossos caminhos jamais deveriam se cruzar de verdade?

E, no entanto, não consigo controlar. Há uma parte de mim, bem pequena, que deseja mais. Que se pergunta como seria tocar aquela paixão de perto, entender por que Hermione é tão poderosa em suas crenças. É um segredo meu, essa batalha interna entre o que eu deveria ser e o que talvez, só talvez, meu coração esteja tentando me mostrar. Odeio me sentir vulnerável, mas é exatamente isso que ela faz comigo, mesmo sem perceber.

E talvez, no fundo, o que mais me aterroriza seja perceber que não quero que isso acabe.

Selene B. Dolohov
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Selene estava confusa e se sentindo sobrecarregada agora. Sua mente trabalhava em puro frenesi, com mil coisas diferentes. Ela apenas queria descansar a mente, de alguma forma.

— Vamos ter que mudar de lugar — disse Harry, concentrando-se. — Temos que conseguir ver o Salgueiro Lutador, ou não saberemos o que está acontecendo — falou Potter, começando a andar.

— Ok — concordou Hermione.
Selene segurou a corda de Bicuço com mais firmeza antes de seguir para Harry, ainda imersa em pensamentos, tentando se distrair.

— Mas temos que ficar onde ninguém possa nos ver, Harry. Lembre-se... — murmurou Hermione.

Os três saíram pela orla da floresta, enquanto a noite escurecia tudo ao redor, até conseguirem se esconder atrás de um grupo de árvores, entre as quais podiam avistar o salgueiro.

mávres kardiés | Hermione GrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora