Capítulo VIII

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_______________________________________7 de outubro de 1993

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7 de outubro de 1993.

Enquanto observo tudo ao meu redor, percebo com clareza a beleza singular das folhas verdes que gradualmente se transformam em deslumbrantes tons vibrantes de dourado e vermelho. Essa transição natural é acompanhada pela intensificação da escuridão nas samambaias e urzes ao meu redor.

A mudança das estações é sempre um espetáculo fascinante, onde cada detalhe traz consigo uma nova interpretação da beleza da vida. A aproximação da neve, por sua vez, evoca uma sensação de transição e renovação, como se a natureza estivesse se preparando para um novo ciclo. No entanto, em meio a essa transformação contínua, sinto-me envolto em um mundo cinzento, como se todas as outras estações fossem efêmeras e destituídas de cor e significado.

Este estado de percepção pode ser amplificado pelo fato de que, no dia 16 deste mês, eu celebro meu aniversário, um momento que frequentemente provoca profundas reflexões sobre o tempo que passa e o que ele representa em nossa existência.

Às vezes, questiono se essa melancolia que me envolve está intimamente relacionada à minha própria introspecção ou se, de alguma forma, estou beirando à loucura. É um dilema existencial que me leva a entregar-me lentamente a uma apatia profunda e envolvente. Assim, a dualidade entre a beleza externa da natureza e a luta interna pela compreensão de minha própria realidade torna-se um tema central e recorrente em minha reflexão sobre as estações. Cada estação, com suas nuances e significados, oferece uma nova fase de entendimento, não apenas do mundo ao meu redor, mas também do que reside dentro de mim mesmo.

Selene B. Dolohov

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Os olhos azuis-escuros de Selene examinavam cada canto da sala de aula, enquanto analisava com atenção os rostos de seus colegas de classe. Ela se sentia como uma intrusa, como se estivesse assistindo a um espetáculo de arrogância protagonizado por aqueles que deveriam compartilhar de sua posição. A Dolohov observava de longe.

Ela sentiu um anseio profundo e esmagador que a consumia, desejando ardentemente estar em sua cama, aconchegada sob as cobertas quentes e imersa nas páginas de um bom livro. Contudo, a dura realidade a mantinha prisioneira naquele espaço, onde Draco Malfoy e seu grupo se destacavam por sua ausência de sensibilidade e seu comportamento medíocre, cada vez mais insuportável.

Era profundamente desolador para Selene observar sua casa, Sonserina, sendo representada por indivíduos que se comportavam de maneira tão desprezível e desonrosa, desvirtuando os princípios que a fundamentavam. O orgulho que deveria brotar do legado de sua casa estava manchado pela arrogância daqueles que se equivocavam, acreditando erradamente que a verdadeira superioridade consistia em menosprezar e humilhar os outros.

mávres kardiés | Hermione GrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora