Capítulo XXI

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_______________________________________7 de junho de 1994

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7 de junho de 1994

A cada dia que passa, a tensão dentro de mim cresce, como uma tempestade prestes a desabar. Eu sabia que seria difícil - impossível, até -, mas não imaginava que o conflito seria tão intenso. Muitas coisas ecoam em minha mente ao mesmo tempo, como um feitiço inquebrável que me prende em uma realidade que eu jamais quis aceitar.

Hermione Granger. A bruxa que virou meu mundo de cabeça para baixo. Eu deveria estar do lado da minha família, seguindo a tradição, a lealdade às Trevas que foi imposta a mim desde o momento em que nasci. E, no entanto, ela... ela me faz questionar tudo o que conheço. Seu olhar, sua coragem, sua bondade... Tudo nela me atrai, mas ao mesmo tempo, me repele. Como posso querer algo que vai contra tudo o que sou? Como posso querer alguém que está tão distante de mim? Minha lealdade, minha lealdade à minha família, aos meus ancestrais... isso não pode ser destruído por uma única pessoa, não pode.

Hermione não sabe. Ela não entende o que estou vivendo. Eu vejo em seus olhos a curiosidade e o cuidado, mas ela não sabe o peso que carrego. Ela não sabe da família que me moldou, das sombras em que fui criada, das expectativas que tenho que carregar como um fardo. Ela jamais entenderia.

E, ainda assim, eu a desejo. Não posso negar isso. Cada vez que nossos olhares se cruzam em Hogwarts, cada vez que fico perto dela, meu coração acelera, e a lógica desaparece. Mas, se eu ceder a isso, o que acontecerá com mim mesma? O que acontecerá com ela?

A minha mãe, cheia de ambições e sombras, sempre me alertou sobre fraquezas. "Em um mundo como o nosso, se você se permitir sentir demais, será destruída." E agora, aqui estou eu, com um coração cheio de emoções que não consigo controlar, que não posso controlar.

Eu decidir me afastar, mas o que aconteceria se eu não o fizesse? Talvez, no fim, seja o próprio destino que me está guiando para essa encruzilhada.

O que devo fazer?

Selene B. Dolohov
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Selene despertou com um sobressalto, ofegante, como se tivesse corrido uma longa distância. Seu corpo estava coberto por uma camada fina de suor, e o coração batia em um ritmo frenético, ecoando nos ouvidos. Ela se sentou devagar, sentindo o peso do despertar repentino, e percebeu que o Anel de Herdeiro, em seu dedo indicador, estava mais quente que o normal, como se fosse feito de metal em brasa. Uma sensação de queimação intensa emanava do anel, irradiando pelo seu dedo e pela mão. Ela ergueu a mão, observando o artefato com uma mistura de medo e fascínio, enquanto o girava de leve - um hábito que desenvolvera para se acalmar. Mas desta vez, o gesto não trazia consolo algum.

mávres kardiés | Hermione GrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora