— Não. Não mesmo!!!
— Shh, para! — abraço uma Jackie animada e feliz por me ver de novo. Vini não estava no hospital, e por isso mesmo combinamos um encontro no bar, mais tarde.
— Não paro, nunca... me fala... isso aqui... meu Deus, Au!!! Sheila, vem aqui... — ela agarra uma colega que acabara de me dar um beijo de 'boas vindas' e já se retirava. — Não vai não, olha isso aqui... — a palhaça puxa minha mão direita e faz a colega fingir um infarto.
— Isso é de verdade???
— E você acha que essa mulher ganha joia falsa??? Nosso investigador ao lado está ganhando muito bem!!!
— Para com isso. — ela ri tentando não gargalhar. — É sim, é de verdade. Meio que estou noiva.
— Meio, doutora Montes???
— É, não... eu estou mesmo. — ri comigo. — Tô muito feliz.
— Foi pedida em Salvador! Num restaurante chique na beira da Baía! Num jantar luxuoso!
— Desculpe, Sheila. Doutora Jackeline está muito animada por me ver desencalhar, que está me usando para se exibir. — elas riem.
— Tudo bem. Com uma pedra desse tamanho, e ainda tendo sido dada por quem deu, é a doutora quem deveria estar fazendo isso! Você tem uma boa amiga ao seu lado, feliz de verdade por você! Parabéns, doutora, felicidades!!! A doutora merecia um momento como esse, depois de tudo o que passou, principalmente. Parabéns!
— Obrigada!
— Parabéns. — resmungo quando a enfermeira novinha se retira. — Agora todo o hospital vai saber.
— Mas era isso que eu queria. Aquele mané vai zerar a fila de vadiazinhas no pé dele. — rio com seu comentário.
— Até parece. Isso as vezes só aumenta mais a vontade de algumas delas. Mas estou feliz. Só passei aqui pra isso mesmo. Bom... vou te deixar trabalhar, vou fazer uns dez minutos na minha sala, preciso organizar alguns docs.
— Salles liberou você? Achei que só ia passar aqui pra me dar um beijo, e tomar um café com o novo benzinho, contar as novidades...
— É, eu tenho algumas novidades. — incluindo a de que vamos fugir feito adolescentes para bem longe daqui. — Incluindo um babado com o meu cunhadinho esquisito, o irmão dele. E babado esse, que não deve sair do nosso grupinho da quinta série...
— Está tudo bem? O que aconteceu?
— Aconteceu de um tudo se quiser saber, minha amiga... — suspiro. — Mas... vamos beber mais tarde. Vini vai nos encontrar lá, e eu conto pros dois ao mesmo tempo. Um babado atrás do outro. Deixe-me ir. A gente se vê mais tarde. Ah... e a... nova "chefinha", por onde ela anda? — sorri negando.
— Por que raios tu não gosta daquela garota?
— Tirando eu, ela é a única calcinha que ele deixou chegar perto dele. Algo nela me incomoda. Eu não sei.
— É ciúme dele??? Achei que poderia ser um monte de coisa, incluindo a energia de falsa que ela tem.
— Eu não sei, sinceramente não sei porque não gosto dela. Sem querer fazer tipo, eu geralmente gosto de todo mundo que respira, mas ela... eu não sei.
— Em falar em "gostar de todo mundo até de quem 'não deveria'', você soube!? Seu paciente bandido ainda está ruim. Vini que sabe melhor, a fofoca, eu não procurei saber, peguei trauma dele, ele ganhou apelido de paciente azarado; enfim... voltou pra UTI, e ninguém sabe o que ele tem. Estava melhorando, mas teve sepse, enfim... rumores bem do vagabundo dizem que... ele não é... ahn, eu nem devia ter tocado nesse assunto...
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I N C Ó G N I T A - Conto
Historia Cortasem sinopse de propósito. Por enquanto ♡ adicione o livro em sua biblioteca. Quanto mais interação, vocês já sabem, mais atualizações ;)