I N C Ó G N I T A - Conto

Capítulo treze

não sei porque essa fonte está imensa, e só pra avisar que tem sorteio de livro tchutchuco no instagram. beijos. 

— Aguarda aqui um pouquinho, bebês. Dá pra mim, seuRG e CPF, amor.

João Pedro nos levou até uma sala dentro doaeroporto. Não fomos comprar passagens, nem fazer check-in. Bem se sentoucomportado no sofá ao meu lado, e Dillan sentadinho agora sem sua focinheira,também se manteve quietinho só aguardando seu dono reaparecer pela porta ondeentrara. A sala luxuosa era premium, tinha cafeteirasmodernas, frigobar, geladeira com refrigerantes, salgadinhos, uma cadeira demassagem, dois notebooks na mesa, e uma TV enorme na parede á nossa frente.Pelo jeito, qualquer emergência antes de um voo, o funcionário especial tinharefúgio. O diferente é que nem por ali, e nem pelo nosso trajeto, haviam placassinalizando o que era aquele escritório enorme. Pego uma revista na mesinha ao lado, mas quase nãotenho tempo de folheá-la. O rapaz cheio dos mistérios retorna da porta enormecom alguns papéis e documentos nas mãos, os nossos, e pelo jeito outros novos. — Segura esse papel pro tio, um minuto, Bem... nãoperde, senão tu volta pra tua mãe. —Ele vai poder viajar conosco sem problema? A Alineescreveu uma autorização de próprio punho? —Não. Ele tem um tio que pode levá-lo sempre paraonde o tio quiser, e quando quiser, porque o tio dele tem o perfil validadopelos peritos mais geniais do universo, e foi declarado não ser um psicopatasequestrador de criancinhas. Nunca me barrariam e nem me fariam perguntas comcriança alguma. — cochicha me mostrando um sorriso lindíssimo de quase zombaria,enquanto voltava meu RG de volta pra carteira. — Se um dia eu realmente engravidar, você podepegar meus bebês e sumir com eles, eu vou passar na farmácia, não vou dar meusfilhos pra você.— Tudo bem, isso aqui você guarda, futura não mamãedos meus filhos. O documento que me oferece, como um CPF recémimpresso em papel moeda, tinha a logo da Interpol, minha foto do RG original eeu nem estava tão bonita assim, meu nome completo, RG e CPF, minhanaturalidade, e... "meu novo código de RID", leio "RID ITIF-AE5b" e me lembrode ter lido em sua carteira "ITIF-AE5" na parte de "Registro identificador". — O que significa esse documento? Só posso viajarcom você se eu tiver isso? O que significa RID?— Não necessariamente precisa, mas ter consigo essacarteira bonita, te inclui em uma lista de pessoas que é bom pra saúde deles,proteger e dar prioridade. Isso é um registro internacional de dependente. —Sou sua dependente? —Você é. Gosta de como isso soa? —Não sei, talvez eu precise de muita terapia. Cadê odo Bem? —Bem é meu bebê, mas não é meu filho, ele não tem.Quando estiver pronta, nós podemos ir. Já digeriu esse documento? — ainda dejoelhos me encarando, o engraçadinho sorri e aguarda. — Não se preocupe, éprovisório, tendo em vista que é só minha nova namorada, não significa muitacoisa, não ainda. Por hoje só vai se sentir uma rainha poderosa quando ver quevamos emitir passagens executivas somente com esse seu RID. Só porque não souum técnico de informática de qualquer botequim. — sorri levemente debochado.

— Como assim? Não vai aparecer a forma de pagamento?

— Enquanto eu for agente não.

— Se eu... — ele ri confirmando. — vir do nada querendo ir pra Suíça...!?

— Pode emitir as tais passagens, colocando esse número na seleção ID. Suíça estará te aguardando no ato, no voo mais próximo.

— Baby, eu tô passada, chocada!

— É, sabe porquê?

— Porque sou especial? — gargalha tentando manter sua risada bonita baixa.