𝗦𝘁𝗿𝗮𝘆 𝗞𝗶𝗱𝘀 | 𝗢𝗻𝗲𝗦𝗵𝗼𝘁𝘀 | 𝗕𝘅𝗕

🦄MINCHAN

🦄Gênero: Angts, tragédia, fluff | ALERTA DE: morte de personagem, Minho! Assassino

🦄Shipp: Minho X Chan

🦄Título: Until Death Do Us Part

🦄Sinopse: Minho e Chan estavam destinados a ser estrelas no céu um do outro, mas as escolhas de Minho o afastaram da luz que ele mais amava. 

Sentado diante das ondas do oceano enquanto elas se deslizavam lentamente para a areia, foi o último ato de calmaria que Minho permitiu a si mesmo.

A cada respiração que dava, ele sentia a brisa do mar acariciando sua pele e penteando seu cabelo, lavando os erros do passado que ele não conseguia perdoar. A cada onda que se chocava contra a areia aos seus pés, Minho sabia que não adiantava fugir da pessoa que ele estava destinado a ser.

Este foi o caminho que ele escolheu para si mesmo, e nem mesmo os raios da lua refletidos no mar poderiam negar a frieza que habitava seus olhos castanhos e doces, agora cheios de lágrimas de arrependimento. Ele finalmente permitiu que seu olhar se encontrasse com a pessoa ao seu lado, com as pernas cruzadas e os dedos desenhando padrões na areia.

Bang Chan tinha estrelas nos olhos, mais do que o próprio céu noturno que se estendia acima deles. Isso era algo que Minho nunca poderia esquecer. Ele podia ver a forma como os olhos de Chan brilhavam a cada linha que ele desenhava na areia, talvez soletrando seu próprio nome, ou — agora que ele tinha uma visão melhor — o nome do gato de Minho.

— Soonie? — Minho perguntou, quebrando o silêncio.

Os dois estavam sentados em seu silêncio confortável usual há cerca de vinte minutos, com o único som ao seu redor sendo o das ondas. A praia estava vazia, exceto por eles dois, já que estava bem passado da meia-noite, se aproximando da uma da manhã. Era uma das suas noites semanais de encontro, uma que não tinham tido em alguns meses, e Minho sabia que Chan também sentia isso.

Nenhum dos dois conseguia lembrar a última vez que haviam saído em um encontro real, apesar de se verem todas as noites quando voltavam do trabalho. Chan encontrava consolo nos braços de Minho quando se deitava e adormecia no que Minho só podia esperar que fosse um lindo mundo de sonhos. Mas Minho...Minho olhava para o teto, tentando fazer seu coração acompanhar o ritmo da respiração de Chan. Se havia algo errado entre eles, Chan já tinha percebido, mas não dizia uma palavra.

— Ele é meu gato favorito — Chan disse, terminando de escrever o nome de Soonie na areia com o dedo indicador. — Mas não conta para os outros dois, tá?

— Eu não vou — Minho sorriu. Sua voz era mais suave do que o vento que beijava sua bochecha, mas ele estava com medo. Sabia que a corda bamba em que andava ia se romper a qualquer momento, e não queria pensar no que aconteceria depois.

Minho desviou o olhar de Chan, deixando seus olhos se perderem na vastidão do oceano negro à sua frente. Qualquer coisa, menos o amor de sua vida.

Quando conheceu Chan, ele não achava que daria seu coração inteiro a ele. Era um dia quente de verão, em que tudo parecia pequeno porque o calor era insuportável. Nem o maldito ar-condicionado conseguia espantar a umidade do ar, e Minho tinha decidido sentar do lado de fora, implorando por qualquer tipo de vento que passasse para refrescá-lo.

Ele não sabia que o vento viria na forma de uma pessoa.

Minho passou dois anos apenas se entregando ao vento, deixando-o engolir toda a sua existência lentamente...e então, de uma vez. Chan estava em todos os lugares por onde ele ia, porque Chan se tornara uma parte dele que ele queria carregar para sempre. Mas o para sempre era feito para as memórias, não para as pessoas. Então, Minho deixou os padrões da respiração de Chan preencherem seus ouvidos pela última vez, abafando o som das ondas e da brisa do mar. Chan agora o olhava, com a expectativa evidente em seus olhos estrelados, embora as estrelas começassem a apagar.